A Idade do Ferro, refere-se aos período de 700 anos antes de Cristo e 218 anos antes de Cristo, quando se iníciou a industria metalurgica do Ferro, metal com vantagens face ao bronze, dada a maior dureza e abundância de jazidas. Caratcteriza-se pela utilização do ferro como metal, a utilização foi importada do oriente através da imigração de tribos indo-europeias (celtas), que a partir do ano 1200 antes de Cristo começaram a chegar à Europa Ocidental, e, o seu período alcança até á época Romana.
A idade do ferro na Península Ibérica tem dois focos: a influencia da cultura de Halistatt do nordeste e a colonização Feníncia do Sul. A expansão dos povos indo-europeus (celtas).
Desde os finais do século VIII antes de Cristo, a cultura dos Campos de Urnas do nordeste da Península começa a incorporar a metalugia do ferro e, por fim, elementos da cultura de Halistatt. Neste período verifica-se uma clara expansão orientada para montante do rio Ebro, chegando à Rioja e a Alava, com algumas ramificações nos montes do sistema ibérico, que podem ter sido o prelúdio da formação dos Celtibéros.
Neste período há uma visível diferênciação social com testemunhos da existência de chefias e uma elite de cavaleiros. Destas estações no Ebro e do Sistema Ibérico, a cultura Celta expandiu-se ma Meseta Central e na costa Atlântica, em vários agrupamentos.
- O agrupamento de Bernorio-Miraveche (a norte das regiões de Burgos e Palencia, que influenciaria os povos do extremo norte.
- O grupo do Douro, provável precursor dos Vaccei.
- A cultura dos Cogotas II, provável percursor dos Vetões, dedicada à pastorícia e que gradualmente se expandiria para sul, até à Estremadura.
- A cultura castreja lusitana, no centro de Portugal, precursora dos Lusitanos.
- A cultura castreja do norte de Portugal e da Galiza, relacionada com a anterior, mas com um caracter próprio bem vincado devido à forte persistência do bronze atlântico.
Todos este grupos indo-europeu tem elementos em comum, como a cerâmica e o armamento. A partir de cerca do ano 600 antes de Cristo a cultura do campo das urnas é substituida pela cultura Ibera, num processo que só terminaria no século IV antes de Cristo. A separação física dos Celtas Ibéricos dos seus semelhantes continentais faria com que os Celtas da Península Ibérica nunca recebessem a influência da Cultura de La Téne.
INFLUÊNCIA FENÍCIA
Os fenícios, gregos e cartagineses, todos colonizaram partes da Península Ibérica, estabelecendo postos comerciais. No século X antes de Cristo estabeleceram-se os primeiros contactos fenícios na Ibéria, ao longo da costa medeterrânica, com a emergência dee diversas cidades e povoados no litural sul.
Os fenícios fundaram a colónia de Gadir (actual Cádis), proximo de Tartessos, o que fez desta a mais antiga cidade com uma ocupação contínua da Europa ocidental, tradicionalmente datada de 1104 anos antes de Cristo. Ao longo de séculos os fenícios fizeram da cidade o posto comercial, deixando uma vasta herança de artefactos, como notáveis sacófagos. ao contrário do que por vezes se afirma , não há registo de colónias fenícias a oeste do Algarve (nomeadamente em Tavira), embora possam ter havido viagens de exploração fenícia, e a influência que estes tiveram no território do actual Portugal foi feita a partir de trocas comerciais e culturais com Tartessos.
No século IX antes de Cristo os fenícios da cidade-estado de Tiro (Libano) fundaram Cartago. Neste século os fenícios teriam uma grande influência na Península com a introduçãoda metalurgia e o uso do ferro, da roda de oleiro, a produção de azeite e vinho. Foram também responsáveis pelas primeiras formas de escrita Ibéricas, influênciram a religião e aceleraram o desenvolvimento urbano. Há contudo falta de provas da fundação fenícia de Lisboa em 1300 antes de Cristo. sob o nome de Alis Ubo (Porto Seguro), embora neste período datem assentamentos em Olissipona com claras influências mediterrânicas.
Houve uma forte influência e presença fenícia na cidade de Balsa (atual Tavira) no século VIII antes de Cristo, que seria violentamente destruida no século VI. Com o declinar da colonização fenícia na costa medeterrânica muitas das colónia foram abandonadas, sendo substituídos pelo domínio da poderosa Cartago.
dcb
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