quinta-feira, 1 de junho de 2017

CALCOLÍTICO, IDADE DO COBRE


O Calcolítico ou idade do Cobre entre 3000 anos antes de Cristo e 1900 anos antes de Cristo, marca o início da metalurgia. Esta fase caracteriza-se pelo aumento da complexidade e extratificação sociais, bem como, no caso ibérico, pelo aparecimento das primeiras civilizações e de extensas redes de troca e comércio que vão do Norte de África até ao Mar Báltico, como relevo para as Ilhas Britânicas.
No sodeste Ibérico afloram os chapeus de ferro, formações geológicas ricas em cobre, ouro e prata, facilmente exploráveis por uma tecnologia metalúrgica primitiva. Estes metais começaram estão a ser minerados e trabalhados, embora fossem demasiado macios para substituir a maioriadas ferramentas de pedra.
     A data convencional para o início do Calcolitico Ibérico é o Terceiro milénio antes de Cristo. Nos séculos que se seguiram, particularmente no sul da Penísula, bens metálicos, geralmente com fins decorativos e rituais, tornaram-se cada vez mais comuns.

     Este é igulmente o período de grande expansão do Megalitismo, com as práticas funerárias associadas, que se expande ao longo das regiões Atlânticas e pelo sul da Península e também pelo resto da europa atlântica. Em contraste, a maioria das regiões do interior penínsular e do medeterrâneo permaneceram refractárias a este fenómeno.
     Outro fenómeno do início da idade do Cobre é o desenvolvimento de monumentos  funerários do tipo tolo e cavernas artificíais, que se encontram no sul ibérico, desde o estuário do Tejo até Almeria no sul de Espanha e oa sudoeste Francês. Todos estes fenómenos se inscrevem na que foi a grande linha de demarcação cultural e démica (em menor grau) ibérica em geral e portuguesa em particular mais medeterrânica a sul e leste, mais europeia continental a norte e oeste.

     Por volte de 2600 anos antes de Cristo, começaram a aparecer comunidades urbanas, mais uma vez marcadamente no sul do território. As mais importantes de toda a Ibéria  foram a de Los Millares, no dudeste espanhol  a de Zambujal, pertencendo à cultura de Vila Nova de São Pedro, em Portugal, podendo já ser chamadas civilizações, ainda que lhes falte a componente escrita.

A partir do 2150 antes de Cristo, dá-se uma importante transformação cultural e, em parte populacional na Ibéria calcolitica, com o aparecimento da cultura do Vaso Campaniforme, com origem no Castro do Zambujal, talçvez mesmo proto-indo-europeia, que se associará ao complexo populacional e cultural do megalitismo. Esta cultura demonstra tendências de regionalização, com diferentes estilos produzidos em várias regiões, sendo os mais importantes o tipo Palmela em Portugal, testemunhado pelas Grutas da Quinta do Anjo, e os tipos Continental e Almeriano em Espanha.
     Dentro de exemplos tipicos desta idade do Cobre espalhados por inúmeras povoações por todo o sudoeste Ibérico destacam-se em Portugal na Àrea Metropolitana de Lisboa, entre outros:
O Povoado Fortificado de Leceia, no Concelho de Oeiras, Freguesia de Barcarena:
O Povoado Fortificado de Vila Nova de S. Pedro no Concelho da Azambuja;
A Necrópole de Carenque no Concelho da Amadora;
E Freiria no Concelho de Cascais. 

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