domingo, 24 de dezembro de 2017

DICIONÁRIO ALENTEJANO


Por cá no Alentejo,
Temos o nosso Latim;
A alcunha é Anexim;
Cesto Grande é Cabanejo;
Chamam Chato o Percevejo.

A gorjeta é Melhadura;
A diarreia é Sultura;
Ás fezes Inquietações;
Mas que lindas expressões;
Vindas de Jente Pura!

Grande Jantarada é Pancão;
Caramelo é água Gelada;
Ponte em barro é Azada;
E zebre é Oxidação!


Mulher de mau porte  é Zorra; 
Fêmea estéril  é Machorra;
Neste meu Vocabolário,
Eu a ler ao Contrário;
Isto é que vai uma Porra!

Morrinha é Empedemia;
E sima é Fixação;
Desastre, acidente de Viação;
Chapa é Rádiografia;
Catarrál é Pneumonia;
Deitar fora é Aventar;
E Cagaço é medo a Fartar!
Retoiças são Brincadeiras;
E chamam cabras ás Freiras;
Mas que dialeto Invulgar!

Ao vádio chamam Gandulo;
Girólmo é o Jerónimo;
Um gajo é homem Anónimo;
Estar cheio, é um Cagulo.
Ao inchaço chamam Matulo;
Borrega é uma Bolha;
O Banco de madeira é Ganapé;
Cega rega é  a Cigarra;
Mas que pernuncia Bizarra!
Parece mentira Até.

Velhacas são pessoas Más;
E Trongas mulheres da Vida;
Multa é Murta toda a vida
Sontordia, foi há Tempos;
Chamam sofazes  aos sofás
E Cova a uma grande Vale
Monquita ao corrimento Nasal;
Ó Áik abalar à pressa;
Para mim não há mais conversa;
É um dicionário Especial.

Tropeço ao banco de Cortiça
Os Trastes é a mobilia
Á lagarta chamam Rosquilha
Mela e Boba à Perguiça
Chamam quadra á Cavalariça
Aoa calos chamam Ginetes
Fazer caretas são Munetes
Aqui e em todo o lado
Eu cá fico Admirado
Chamarem ás meias suquétes.

Abuinha é Borboleta
Impar é gemer de dor
Fora daqui diz-se Andor
Masturbação é Punheta.
Á mulher trigueira é preta
Mofina é ser igoísta
Quem protesta é Comunista
Mas não crio nessa versão
Testó, é para afastar o Cão
Que ricas palavras à Vista.

Árencu é Pirilampo
Miutera é ponte de Pau
Pano de azeitona é Laráu
Tubarões são Cogomelos do campo
Entrementes é entretanto
Camam coito á Coutada
Muitos cães é uma Canzuáda
Mas que léxico tão bonito
Se vou sair, eu me Quito
Mas volto, não tarda nada.

Cama no chão é Camastralho
Concha de buzio é Buzino
Ao saco chamam Moquino
Copa é roupa de Agasalho.
Chamam chinas ao Cascalho
E ás beatas Baronas
Os amendoins são Ervelhanas
Crepa é caspa a Cair
Como é tão bom ouvir
Estas expessões Alentejanas.

Escariote é ser Fugidio
O armazém é um Casão
Cisco é resto do Carvão
Esconfique é Desconfio.
Tudo o que é arisco é Gentio
Ao orvalho chamam Margia
Ao lamaçal é Enxóvia
As carraças são Carrapatos
São estes os meus relatos
Que fiz em v ersos num dia.

Tráita, é ter certo Costume
Buzio é estar embaciado
Borcalho é Mal-educado
Luminária é um grande Lume.
Ao suco chamam Cerume.
Um Larila é um maricas 
Os tataranhos são Riscas
E Zarolho é quem vê mal
Neste canto de Portugal
Às fendas chamam Taliscas.

Boca do corpo é vagina
Regemento é período pós parto
Chamam sardão ao Lagarto 
E quinita á Joaqina.
Coisa ruim é Malina
Lostras são manchas na Pele
Um baraço é um Cordel
Mais que muitos é muita Gente
Brinhol é Fartura Quente 
Na boc a do Ti Manel.

Por fim, direi que é Bizarro
Às nádegas chamarem Nalgas
E ás mulheres ricas Fidalgas
E quarta ao pucaro de Barro.
Chamam Murrão à cinza do Cigarro
E á mascara é ujma caraça
Muito barulho é Arruaça
E ás faulhas Castelhanos
Estes vocábolos Alentejanos
Digam lá se não tém graça.

Ditas estas palavrinhas
Muitas mais há para dizer
Não quero nenguém aborrecer
Com as minhas ladainhas.
Eu apenas segui as linhas
Do dialeto regional
Porem não quero deixar mal
Todos so Aletejanos
E os meus queridos conterrâneos
Do Concelho do Alandroal
(do professor Joaquim)
dcb


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

domingo, 11 de junho de 2017

HISTÓRIA LINGUÍSTICA


     As línguas que foram faladas na Europa durante o período pré-histórico é controversa. A maioria dos estudiosos acreditam que uma ou mais línguas não indo-europeias foram proferidas, antes da introdução do Proto-Indo-Europeu, quer no período Neolitico ou Bronze. Uma hipótese substrato Vasconico para a Europa Ocidental, com influência de uma língua Semítidica, tem sido postulada, mas regeitaram. Kalevi Wiik sugeriu que fino-úgricas linguas podem ter sido faladas em todo o território do norte da Europa no final do último máximo  glaciar. Esta hipótese foi regeitada pela linguística tradicional.
     Uma minoria de estudiosos Têm dlgumasefendido uma maior profundidade de tempo do proto-indo-europeu na Europa. Um grupo de estudiosos liderado por Mario Alinei considera que o indo-europeu foi falado na Europa desde o último Máximo glacial, na teoria da continuidade paleolítica. Jonathan Adams e Marcel  Otte tem um ponto de vista ligeiramente diferentes, sugerindo que a expansão indo-europeia, imediatamente  após o Dryas recente.
     O Proto-Indo-Europeu acredita-se que teve origem na maioria das línguas praticadas na Europa, no período histórico. No entanto, sabe-se que um número de línguas não indo-europeias foram faladas na parte proto-histórico da Europa pré-histórica. No norte da Europa há um grupo separado de línguas  urálicas que foram consideradas a ser faladas na região desde os tempos pré-históricos.
     Donald Ringe rejeita todas estas propostas especificas acima mencionadas pela razão dos resultados geograficos da línguagem em áreas  (tribais), sociedades pré-estatais, como a América do Norte antes da colonização europeia, o que torna uma Europa neolitica dominada por apenas algumas pocas familias de línguas extremamente implausiveis, até mesmo impossível. Ele argumentaque, antes da propagação das familías indo-europeias e Urálicas, a  Europa deve ter sido um lugar de grande deversidade linguística.
dcb.

domingo, 4 de junho de 2017

IDADE DO FERRO


     A Idade do Ferro, refere-se aos período de 700 anos antes de Cristo e 218 anos antes de Cristo, quando se iníciou a industria metalurgica do Ferro, metal com vantagens face ao bronze, dada a maior dureza e abundância de jazidas. Caratcteriza-se pela utilização do ferro como metal,  a utilização foi importada do oriente através da imigração de tribos indo-europeias (celtas), que a partir do ano 1200 antes de Cristo começaram a chegar à Europa Ocidental, e, o seu período alcança até á época Romana. 
     A  idade do ferro na Península Ibérica tem dois focos: a influencia da cultura de Halistatt do nordeste e a colonização Feníncia do Sul. A expansão dos povos indo-europeus (celtas).
     Desde os finais do século VIII antes de Cristo, a cultura dos Campos de Urnas do nordeste da Península começa a incorporar a metalugia do ferro e, por fim, elementos da cultura de Halistatt. Neste período verifica-se uma clara expansão orientada para montante do rio Ebro, chegando à Rioja e a Alava, com algumas ramificações nos montes do sistema ibérico, que podem ter sido o prelúdio da formação dos Celtibéros.
     Neste período há uma visível diferênciação social com testemunhos da existência de chefias e uma elite de cavaleiros. Destas estações no Ebro e do Sistema Ibérico, a cultura Celta expandiu-se ma Meseta Central e na costa  Atlântica, em vários agrupamentos.
- O agrupamento de Bernorio-Miraveche (a norte das regiões de Burgos e Palencia, que influenciaria os povos do extremo norte.
- O grupo do Douro, provável precursor dos Vaccei.
- A cultura dos Cogotas II, provável percursor dos Vetões, dedicada à pastorícia e que gradualmente se expandiria para sul, até à Estremadura.
- A cultura castreja lusitana, no centro de Portugal, precursora dos Lusitanos.
- A cultura castreja do norte de Portugal e da Galiza, relacionada com a anterior, mas com um caracter próprio bem vincado devido à forte persistência do bronze atlântico.
     Todos este grupos indo-europeu tem elementos em comum, como a cerâmica e o armamento. A partir  de cerca do ano 600 antes de Cristo a cultura do campo das urnas é substituida pela cultura Ibera, num processo que só terminaria no século IV antes de Cristo. A separação física dos Celtas Ibéricos dos seus semelhantes continentais faria com que os Celtas da Península Ibérica nunca recebessem  a influência da Cultura de La Téne.

INFLUÊNCIA  FENÍCIA 
Os fenícios, gregos e cartagineses, todos colonizaram partes da Península Ibérica, estabelecendo postos comerciais. No século X antes de Cristo estabeleceram-se  os primeiros contactos fenícios na Ibéria, ao longo da costa medeterrânica, com a emergência dee diversas cidades e povoados no litural sul.
     Os fenícios fundaram a colónia de Gadir (actual Cádis), proximo de Tartessos, o que fez desta a mais antiga cidade com uma ocupação contínua da Europa ocidental, tradicionalmente datada de 1104 anos antes de Cristo. Ao longo de séculos os fenícios fizeram da cidade o posto comercial, deixando uma vasta herança de artefactos, como notáveis sacófagos. ao contrário do que por vezes se afirma , não há registo de colónias fenícias a oeste do Algarve (nomeadamente em Tavira), embora possam ter havido viagens de exploração fenícia, e a influência que estes tiveram no território do actual Portugal foi feita a partir de trocas comerciais e culturais com Tartessos.
     No século IX antes de Cristo os fenícios da cidade-estado de Tiro (Libano) fundaram  Cartago. Neste século os fenícios teriam uma grande influência na Península com a introduçãoda metalurgia e o uso do ferro, da roda de oleiro, a produção de azeite e vinho. Foram também responsáveis pelas primeiras formas de escrita Ibéricas, influênciram a religião e aceleraram o desenvolvimento urbano.      Há contudo falta de provas da fundação fenícia de Lisboa em 1300 antes de Cristo. sob o nome  de Alis Ubo (Porto Seguro), embora neste período datem assentamentos em Olissipona com claras influências mediterrânicas.
     Houve uma forte influência e presença fenícia  na cidade de Balsa (atual Tavira) no século VIII antes de Cristo, que seria violentamente destruida no século VI. Com o declinar da colonização fenícia na costa medeterrânica muitas das colónia foram abandonadas, sendo substituídos pelo domínio da poderosa Cartago.
dcb  
     

sexta-feira, 2 de junho de 2017

IDADE DO BRONZE


     A idade do Bronze, aconteceu entre 1800 anos antes de Cristo e 700 anos antes de Cristo, foi o período no qual ocorreu o desenvolvimento desta liga metálica, resultante da mistura de cobre com estanho, permitindo o fabrico de ferramentas capazes de substituir os artefactos em Pedra. A data da adopção do bronse variava segundo as diferentes culturas.
     O centro tecnológico da idade do Bronze na Penísula Ibérica foi no sudoeste  a partir do ano 1800 antes de Cristo. Aí nas regiões de Almeria, Granada e Múrcia, a Cultura  de Los Lillares, foi substituida pela de El Argar, com o aparecimento gradual de ferramentas de bronze e de povoados fortificados de grande dimensão. Afirma-se o poder político acima dos clãs e famílias primordiais, e muda bruscamente a organização social, nascendo uma vida urbana mais proxima da actual.
     Deste centro a tecnologia do bronze estendeu-se a outras regiões, contribuindo o substrato onde viria a desenvolver-se a cultura Ibérica e mais tarde os Tertessos. A rede de relações e comunicações criada por estes povos entre si viria a permanecer quase intacta até à chegadas dos romanos à Península. Além de El Argar, algumas das mais notáveis culturas do bronze inícial da península são:
- O Bronze de Levante, na região de Valênça, com povoados menores mas uma intensa interação com os vizinhos de El Argar.
- O Bronze ibérico do Sudoeste, no sul de Portugal e na Estremadura espanhola, assinalado pela presença de adagas de Bronze, expandindo-se para norte, que veio a substituir a cultura megalitica existente na mesma região durante o calcolitico caracteriza-se pelos túmulos individuais em cistas acompanhados por uma adaga de bronze.
- As culturas de pastoreio de Cogotas! são unificadas pela primeira vez,  como testemunha a cerâmica troncocónica caracteristica. Algumas áreas , como a civilização de Vila Nova mantiveram-se isoladas da expansão da tecnologia de bronze, permanecendo tecnicamente no Calcolitico por séculos.
     No bronze intermédio, o norte de Portugal e a Galiza, regiões possuidoras das maiores reservas de estanho da Europa, indispensável  á fabricação de bronze, tornaram-se um centro mineiro aderindo então á tecnologia do bronze, como o testemunham os seus machados em bronze característicos do Grupo Montelavar.
     No bronze final, cerca  de 1300 anos antes de Cristo deram-se várias  e grandes modanças na Penísula. A cultura calcolitica de Via Nova desaparece, possivelmente devido ao açoreamento do canal que ligava a cidade de Zambujal ao mar. A cultura unificada de El Argar também desaparece, restando diversas cidades fortificadas dispersas.
     Os primeiros  celtas, da Cultura doas Campos de Urnas surgem  a partir de noroeste , conquistando toda a Catalunha e algumas áreas vizinhas. O vale de Guadalquibir assiste ao nascimento da sua primeira cultura diferenciada que poderá estar relacionada com os miticos Tartessos.
     As culturas do bronze do ocidente da penísula mostram alguma interação, não só entre si, mas também com culturas atlânticas distantes, no que foi chamada a idade do bronze atlântica. Este complexo cultural, compreendido no período entre 1300 antes de Cristo e 700 antes de Cristo, aproximadamente, incluía diferentes culturas ibéricas das Ilhas Britânicas e do Atlântico Francês.
     Foi marcada em especial pelas trocas culturais e económicas das culturas locais sobreviventes que acabaram por ser absorvidas pelos Indo-Europeus da idade do Ferro, marioritáriamente Celtas. Os seus principais centros aparentam  ser Portugal , Andaluzia, Tartessos, Galiza e Grã Bertanha. Os seus contactos comerciaisestendiam-se até a locais como a Dinamarca e o Mediterrâneo.
dcb 

quinta-feira, 1 de junho de 2017

CALCOLÍTICO, IDADE DO COBRE


O Calcolítico ou idade do Cobre entre 3000 anos antes de Cristo e 1900 anos antes de Cristo, marca o início da metalurgia. Esta fase caracteriza-se pelo aumento da complexidade e extratificação sociais, bem como, no caso ibérico, pelo aparecimento das primeiras civilizações e de extensas redes de troca e comércio que vão do Norte de África até ao Mar Báltico, como relevo para as Ilhas Britânicas.
No sodeste Ibérico afloram os chapeus de ferro, formações geológicas ricas em cobre, ouro e prata, facilmente exploráveis por uma tecnologia metalúrgica primitiva. Estes metais começaram estão a ser minerados e trabalhados, embora fossem demasiado macios para substituir a maioriadas ferramentas de pedra.
     A data convencional para o início do Calcolitico Ibérico é o Terceiro milénio antes de Cristo. Nos séculos que se seguiram, particularmente no sul da Penísula, bens metálicos, geralmente com fins decorativos e rituais, tornaram-se cada vez mais comuns.

     Este é igulmente o período de grande expansão do Megalitismo, com as práticas funerárias associadas, que se expande ao longo das regiões Atlânticas e pelo sul da Península e também pelo resto da europa atlântica. Em contraste, a maioria das regiões do interior penínsular e do medeterrâneo permaneceram refractárias a este fenómeno.
     Outro fenómeno do início da idade do Cobre é o desenvolvimento de monumentos  funerários do tipo tolo e cavernas artificíais, que se encontram no sul ibérico, desde o estuário do Tejo até Almeria no sul de Espanha e oa sudoeste Francês. Todos estes fenómenos se inscrevem na que foi a grande linha de demarcação cultural e démica (em menor grau) ibérica em geral e portuguesa em particular mais medeterrânica a sul e leste, mais europeia continental a norte e oeste.

     Por volte de 2600 anos antes de Cristo, começaram a aparecer comunidades urbanas, mais uma vez marcadamente no sul do território. As mais importantes de toda a Ibéria  foram a de Los Millares, no dudeste espanhol  a de Zambujal, pertencendo à cultura de Vila Nova de São Pedro, em Portugal, podendo já ser chamadas civilizações, ainda que lhes falte a componente escrita.

A partir do 2150 antes de Cristo, dá-se uma importante transformação cultural e, em parte populacional na Ibéria calcolitica, com o aparecimento da cultura do Vaso Campaniforme, com origem no Castro do Zambujal, talçvez mesmo proto-indo-europeia, que se associará ao complexo populacional e cultural do megalitismo. Esta cultura demonstra tendências de regionalização, com diferentes estilos produzidos em várias regiões, sendo os mais importantes o tipo Palmela em Portugal, testemunhado pelas Grutas da Quinta do Anjo, e os tipos Continental e Almeriano em Espanha.
     Dentro de exemplos tipicos desta idade do Cobre espalhados por inúmeras povoações por todo o sudoeste Ibérico destacam-se em Portugal na Àrea Metropolitana de Lisboa, entre outros:
O Povoado Fortificado de Leceia, no Concelho de Oeiras, Freguesia de Barcarena:
O Povoado Fortificado de Vila Nova de S. Pedro no Concelho da Azambuja;
A Necrópole de Carenque no Concelho da Amadora;
E Freiria no Concelho de Cascais. 

terça-feira, 30 de maio de 2017

NEOLITICO NA PENÍNSULA IBÉRICA



     A chamada Revoluçao Neolitica entre 7000 antes de Cristo e 3000 antes de Cristo, com a passagem do Homem de simples recolector para a agricultura, levou as populações a fixar-se definitivamente, tendo por base uma económia produtora e proporcionando um maior controle das fontes de alimentação.
     Embora a Península tenha desenvolvido tardiamente a agricultura, o Neolitico trouxe mudanças  à paísagem humana da Penísula Ibérica a partir de há 7000 anos, com o desenvolvimento da agricultura e o início da cultura megalitica da Europa, que viria a espalhar-se por grande parte da Europa Ocidental e parte do Norte de Àfrica. Um dos centros mais antigos desta cultura monomental foi Portugal.
     Persistem numerosos registos, como dólmens, antas, cromeleques e menerais, como Cromeleque dos Almendres, um monumento megalítico situado na Freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe, concelho de Évora, Distrito de Évora. Trata-se do monumento megalitico mais importante de toda a Península Ibérica, não só devido à sua dimensão, mas também , devido ao seu estado de conservação. É também considerado um dos mais importantes da Europa.

     Na primeira fase do Neolitico, 7000 antes de Cristo, desenvolveu-se ainda na Penísula a cultura da cerâmica cardial, caracterizada pela sua decoração impressa com conchas de berbigão (cardium edule). Desta cultura encontram-se jazídas na Catalunha, Levante e Andaluzia. Nelas há mostras de práticas agrícolas.
     Este é igualmente o período em que se assiste à expansão por via marítima, a partir do leste mediterrânico, da cultura da cerâmica cardial, associada igualmente  aos processos migratórios.
     Note-se que, com algumas exceções localizadas, os dados arqueológicos demonstam que este processo foi essencialmente de aculturação das populações europeias, mais do que de migração em massa. Mesmo assim, a Cultura da Cerâmica Cardial terá tido um papel de relevo no lento desenvolvimento das primeiras culturas Neoliticas das regiões Atlânticas, embora com maior impacto direto nas zonas do leste ibérico onde apresenta uma distribuição medeterrânica, particularmente na Catalunha, Valência, Vale do Ebro e nas Baleares. De facto, os monumentos megaliticos europeus estão frequentemente acompanhados de restos arquiológicos de cerâmica e outros artefactos provenientes desta cultura.
     Também a pintura levantina e a arte esquemática na Penísula Ibérica, que evoluiria nos tempos seguintes são caracteristicas do neolitico penínsular. Estava localizada em abrigos rochosos das serras interiores e que representa cenas de grupos, com muito dinamismo e figuras humanas  estilizadas, reflexo de um maior grau de abstração e esquematização.
dcb  

segunda-feira, 29 de maio de 2017

MESOLÍTICO NA PENÍSULA IBÉRICA


     O Mesolítico (pedra intermediária) é um período intermediário entre o Paleolitico e o Neolitico presente (ou pelo menos com uma duração razoável), apenas em algumas regiões do mundo.
     As regiões que sofreram maiores efeitos das glaciações tiveram Mesoliticos mais evidentes. Na Penísula Ibérica, menos afetada pelas glaciações, não se fez sentir com intensidade.

     O final do Paleolitico dá lugar ao aparecimento da cultura Aziliense na zona pirenaica, com a extensão da zona cantábrica da Penísula Ibérica, cultura de transição sem grandes novidades e que continua com as antigas técnicas paleoliticas. 
     Maior importância adquirem os concheiros portugueses das margens do Tejo, como os Concheiros de Muge onde está assente uma população que vai evoluindo lentamente e na qual aparecem já muitos elementos raciais mistos.
     Os principais jazigos são Cabeço da Amoreira, Cova da Onça e Fonte do Padre Pedro. A este ciclo cultural pertencem também as oficias de trabalho manual de silex, ao ar livre, que existem na região tarraconense.
dcb 

domingo, 28 de maio de 2017

CONTINUAÇÃO DO PALEÓLITICO DA PENÍSULA IBÉRICA


     Há cerca de 200 000 anos, durante o paleolítico inferior, os neandertais chegaram à penísula, por volta  do ano 70 000 antes de Cristo, no paleolitico Médio, iniciou-se a última glaciação e a cultura mousteriana neandertal estabeleceu-se, a cerca de 35000 anos antes de Cristo, durante o paleolitico superior, a cultura neandertal  Châtelperroniana vinda do sul de França estendeu-se ao norte da Penísula Ibérica. 
     Esta cultura perdurou  até 28000 antes de Cristo, quando o homem do neandertal  se extinguiu, sendo o seu último refúgio o território do actual Portugal. O homo sapiens continuaria a ocupar a península ao longo dos períodos Mesolitico e Neolitico.
     Foi sobretudo no Paleolitico Superior que se desenvolveram as primeiras expressões artísticas em solo português devido a um rigoroso período de glaciação que se verificou nesta época.
     Em 1994, foi achado em Portugal o maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje: Há 20 000 anos, o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do vale do Côa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal, os Sítios  de arte  rupestre do Vale do Côa  situam-se ao longo das margens  do rio Côa, sobretudo  no municipio de Vila Nova de Foz Côa.
     Formam uma rara concentração de arte rupestre composta por gravuras em pedra datadas do Paleolitico Superior (22000 - 10000 antes de Cristo), constituindo o mais antigo registo de actividade humana de gravação existente no mundo.
     Entre os achados mais importantes está a gruta de Altamira, na Cantábria (Espanha), na qual se conserva um dos comjuntos pictóricos mais importantes de toda a Prá-História. Pertence  aos chamados períodos Magdaleniano, entre 16 500 e 14 000 anos atrás e o Solutreano de 18 500 anos  atrás, dentro do Paleolitico Superior, o seu estilo artistico constitui a denominada escola franco-cantábrica, de que faz parte a notável gruta de Lascaux, caractrizada pelo realismo das figuras representadas.
     À parte destes existem outros locais onde a arte das cavernas e ao ar livre se destacam, concentrando-se, na sua maioria, na Estremadura, mais precisamente na Penìsula de Lisboa, tais como a gruta do Escoural, Montemor o Novo, Mazouco. Temática da pintura foca sobretudo episódios do dia-a-dia, como por exemplo uma caçada ou uma batalha com uma tribo inimiga. As gravuras são muito simples, zoomorficas e monocromáticas. Durante este período não existem quaisquer vestígios arquitectónicos devido à natureza nómadadas tribos. 

sábado, 27 de maio de 2017

PALEOLITICO NA PENÍSULA IBÉRICA


     Há cerca de 1,2 milhões de anos antes de Cristo, a Penísula era ocupada por homenideos data do paleolítico, registando-se diversos vestígios em Portugal e Espanha. Muitos dos vestígios pré-históricos mais bem preservados estão na região de Atapuerca, em Espanha, rica em grutas calcárias que preservaram os registos de um milhão de anos de evolução humana.
     Entre estes locais está a cave de Gran Dolina onde se encontraram  seis ossadas de hominídeos datados  de 780 000 a 1,2 milhões de anos, estando entre os mais antigos da Europa. Os peritos debatem  se estes pertencerão às espécies Homo erectus, Homo heidelbergnsis, ou uma nova espécie, do Homo antecessor. Na Gran Dolina encontrou-se também prova do uso de ferramentas e de fogo, Também em Atapuerca, está a estação de Sima de los Huesos, onde se encontraram os vestígios  de 30 hominideos datados de há cerca de 400 000 anos, possivelmente de Homo heidelbergensis e possivelmente  os antecessores de neandertais. Sem vestígios de habitação, exceto de um machado, o que  sugere que este poderá ter sido um monumento funerários, o que seria o primeiro exemplo encontrado entre os hominideos.
     Existem provas de uma vasta ocupação pelo Homo Neanderthalnsis desde 200 000 anos antes de Cristo. O homo sapiens terá entrado na penísula posteriormente no fim do paleolitico. Durante  algum tempo neandertais e o homem moderno (homo sapiens) coexitiram, até à extição do primeiro, sendo que o seu último refugio do homem do neandertal foi o território do actual Portugal.
Continua:

sexta-feira, 26 de maio de 2017

PRÉ-HISTÓRIA DA PENÍNSULA IBÉRICA



     A pré-história da penísula ibérica, iníciou-se com a chegada dos primeiros hominídeos à penísula há cerca de1,2 milhões de anos e durou até ao início das guerras Púnicas, quando o território entrou no domínio da história escrita. Neste período alguns dos marcos notáveis são:
- Ter sido o último reduto do homem de Neandertal, antes da sua extição.
- Registar alguns dos mais impressionantes exemplos da arte paleolitica.
- Acolher as mais antigas civilizações da Europa ocidental.
     Sendo um apetecivel território a que afluiram  vários povos, pelo posição estratégica e as muitas riquezas minerais.
     No estudo da pré-história existe  um problema fundamental que dificulta toda a investigação  a estabelecer  uma cronologia exata, principalmente nas datas referentes aos primeiros habitantes e a sua procedência, em relação com a ética relacionada com os diferentes tipos pré-históricos e a sua localização.
     O caracter penísular, limitado pelo Atlântico a oeste e pela barreira natural  dos Pirenéus criou um isolamento em relação à restante Europa Continental, que em algumas ocasiões contribuiu para originar uma relativa separação entre a evolução da penísula Ibérica e da restante Europa.
     A localização geográfica constituiu porém uma ponte que une a Europa ao Norte de Africa, formando uma conexão entre os Continentes africano e europeu. Outro condicionador foi a influência dupla do mar, com a ligação tanto ao oceano Atlântico como ao mar Medeterraneo.
     No interior a ação dos rios, mais caudalosos que actualmente, produziu planícies  fluviais que proporcionaram um ambiente favorável para o homem. Também está provado que existiu uma actividade vulcânica, sobretudo nas zonas da actual provícia de Ciudad Real e de Gerunda.
     O clima deixou de mudar à medida que se desenrolaram alternadamente as quatro eras glaciais e as eras interglaciais. Apesar das glaciações terem sido diferentes entre si, em geral pode dizer-se que na Meseta havia um clima mais extremo e chuvoso que agora. comparável ao existente na Polónia ou na Russia atuai. A costa cantábrica era muito mais humidade e fria , semelhante ao actual norte da Escócia, e a população da Andaluzia gozaria de um clima mais frio que o do sul da França. Durante os períodos interglaciais, este último seria o clima da costa cantábrica, enquanto Andaluzia seria muito ensolarado e a região levantina teria um clima semi-árido.
     Levando emconta que a maior  actividade dos habitantes da Ibéria consistia  na caça, cabe aqui mencionar as mudanças que a fauna ibérica teve com as mudanças climáticas. Nos períodos glaciais os animais caractristicos foram o mamute, o rinoceronte peludo e a rena, espécies vindas do centro e norte da Europa que buscavam um clima relativamente ameno da penísula. Durante os períodos interglaciais, o elefante meridional, o elefante antigo e o rinoceronte de Merk foram os animais mais comuns. Indiferentes a todas a mudanças climáticas, também havia outros animais  como ursos, lobos, cavalos , bisontes, javalis e cabras.
     Todos estes fenómenos geraram  uma variedade cltural de vida e de mentalidades que explicam a diversidade permanente do território Penísular.
dcb

segunda-feira, 22 de maio de 2017

O PRIMEIRO POVO A HABITAR A IBÉRIA


Os IBEROS, foram o primeiro povo que habitaou as regiões do Sul e do Leste da Península Ibérica na Antiguidade e no que diz respeito à sua origem existem três versões.
     Segundo a primeira teoria, os Iberos são os habitantes originais da Europa Ocidental e os criadores da grande cultura megalitica que teve início em Portugal. Segudo outra teoria, os Iberos são de origém Ibéria caucasiana e construiram ópidos muito semelhantes às mesmas construções encontradas na Escócia, a forma de tecer e colorir cobertores de lâ grossa era a mesma em regiões do Cáucaso, no sul de Portugal (Alentejo) e na Escócia, no fim do VI milénio antes de Cristo, tendo-se espalhado pela Penísula Ibérica, nFrança, Grã-Bretanha, Irlanda e Dinamarca, até meados do II milénio antes de Cristo.
     Esta teoria apoia-se em evidências arqueológicas genéticas e linguísticas. No caso de esta teoria ser verídica, o Iberos foram o mesmo povo dominado pelos Caltas no I milénio antes de Cristo na Irlanda, Grã-Bretanha e França. 
     Quando as primeiras migrações celtas chegaram  ao ocidente europeu, os iberos já estavam estabelecidos há alguns milénios,  principalmente no leste da Penísula Ibérica, uma região onde eles lutavam ferozmente contra a dominação romana. A migração e o nomadismo eram muito comuns naquele tempo. Contra  os romanos a aliança entre Iberos e Celtas formou-se mais forte.
     A  eciclópedia Britânica define os ingleses como descendentes dos Iberos e dos Celtas. Contudo, estes povos eram culturalmente diferentes, embora a reça fosse a mesma.
     Por outro lado, uma terceira teoria sugereque eles são originários do Norte de África, a região da qual provavelmente emigraram no séculoVI antes de Cristo, para a Penísula Ibérica à qual deram o nome, desde que ocupara uma faixa de terra entre Andaluzia e Languedoc na França. Foram parceiros comerciais dos Feníncios,  os quais fundaram dentro do território dos Iberos, várias colónias comerciais, tais como Cadis, Eivíssia e Empúrias. Foram assimilados pelos Celtas no século I antes de Cristo, formando o povo conhecido como Celtiberos.
     As ondas de emigração de povos Célticos desde o século VIII até ao século VI antes de Cristo, entraram em massa no noroeste  e centro da atual Espanha, e também em Portugal e Galiza, mas deixaram  intactos os povos indígenas da idade do Bronze Ibérica no Sul e leste da penísula.
     Geógrafos gregos deram-lhe o nome de Ibéria, provavelmente devido ao rio Ebro (Iberus) e todas a tribos ali instaladas na costa sudeste, mas, no tempo do historiador grego Heródoto (500 antes de Cristo), este era aplicado a todos os povos entre os rios  Ebro e Tinto Hulba, que provavelmente estavam linguisticamente vinculados e cuja cultura era distinta dos povos do norte e do oeste. No entanto, havia áreas intermédias entre os povos Célticos e Iberos, tais como as tribos Celtiberas do noroeste da Meseta Central e na Catalunha e em Argão.
     Das tribos iberas mencionadas pelos autores clássicos, os Bastetanos eram territorialmente os mais importantes e ocupavam  a região de Almeiria e as zonas montanhosas da região de Granada. As tribos a oeste dos Bastetanos eram normalmente agrupadas como "Tartessos", um nome derivado  da Tartéssia que os gregos davam à região.
     Os Turdestanos do Vale do Rio Guadalquivir eram os mais poderosos deste grupo. Em relação à sua cultura, as tribos do noroeste  e da costa valenciana eram muito influenciadas pelas colónias gregas de Emporium (a moderna Ampúrias) e, na região de Alicante, a influência provinha das colónias fenícias de Malaca, Sexi, Almunécar e Abdera (Adra), que depois passaram para os cartagineses.
     Na costa leste, as tribos Iberas parecem ter estado agrupadas em cidades-estado independentes. No sul surgiram monarquias, e o tesouro de El Carambolo, perto de Sevilha parece ter estado na origem da lenda  de Tartessos. Em santuários religiosos encontraram-se estatuetas de bronze e terracota, especialmente nas regiões montanhosas. Há uma grande variedade de cerâmica de diversos estilos ibéricos.
     Jé foi encontrada cerâmica ibérica no sul de França, na Sardanha, Secília e Africa; e eram frequentesas importações gregas, tais como o busto da esplendida  e Celebre Dama de Elche, que viveu no século IV antes de Cristo. Foi encontrado um busto com caracteristicas demonstrativas da forte  influência classica grega. A económia ibérica detinha uma agricultura rica, exploração mineira intensa e metalurgia desenvolvida.
     A língua ibérica era uma língua não Indo-europeia, que continuou a ser falada durante a ocupação romana. Ao longo da costa leste , utilizava-se uma escrita ibérica, um sistema de vinte e oito sílabas e caracteres alfabéticos, alguns derivados  dos sistemas fenício e grego, mas de origem desconhecida. Ainda sobrevivem muitas inscrições desta escrita, mas poucas palavras são compreendidas, exceto alguns nomes de locais e cidades do século III que foram encontradas em moedas.
     Os Iberos conservaram a sua escrita durante a conquista romana, quando começou  a utilizar o alfabeto latino. Ainda que inicialmente se pensasse que a línguas basca era descendente da Ibera, hoje em dia sabe-se que estas ertam línguas separadas.
dcb 

O POETA

O PETA


Ser poeta é ser forasteiro
Por viver nos caminhos da mente
Trabalhando as palavras como um carpinteiro
Modificando as letras tão somente.

Ser poeta é estar sempre presente
Por vezes em sentido figurado
Mas que compreende plenamente
Tudo o que algures se terá passado.

Ser poeta é tratar tudo de igual forma
Alheio aos pensamentos de cada um
Nem tampouco pensa se terá reforma
Ou se por essa época ainda haverá algum.

Ser poeta é ser criança
Sorrir, gritar sem ter maldade
Confiar no futuro com esperança
Crescer e olhar-se com humildade.

Ser poeta é ver o mundo com amor
Como perfeito deveria ser
Não olhar o semelhante com dor
E tratá-lo com bem querer.
dcb

LARGO D. AFONSO HENRIQUES

O ONTEM

O ONTEM

Eu fui o ontem!
Hoje não sei se sou
Não gosto que me apontem
A não ser aquele que me criou.

Cuja fisionomia eu não conheço
E como ele não há outro igual
Também não sei se sou o que pareço
Que é a coisa mais natural.

Ele conhece os meus defeitos
E também a minha virtude
Também sabe os seus efeitos
E os que tinha na juventude.

Diz-se que era um menino dócil
Junto de um velho muito sabido
Que me ensinou o mais ignóbil
E a perceber como era dirigido.

E tudo em mim foi guardado
Em forma de aprendizagem
Que o tempo me foi ensinando
E guardado como sendo uma garagem!...
dcb

FORTALEZA DE S. MIGUEL EM ANGOLA

ELEÇÃO DE MISSE PORTUGAL



A coroação da Misse Portugal em Angola

O BOM PASTOR

O BOM PASTOR

Sacerdote por Cristo eleito,
De virtudes e graças ordenado,
É do mestre o retrato perfeito,
E pelo supremo poder foi exaltado...

Sol da terra ao mundo deu lugar,
Sacerdote em Cristo Jesus,
Pelo seu caminho há fé ele deu lugar,
Que com seu poder nossas almas conduz...

És o nosso verdadeiro caminho,
Que conduz nossas almas aos céus,
Quem não te ouve segue sozinho,
Que o escuta fala com Deus...

Bom pastor por Deus escolhido,
Para os homens da culpa salvar,
Traz às almas o Jesus escondido,
Sobre o pão consagrado no altar...

És o sol que nos guia,
Na vida com um sorriso celeste,
Bem visto és a benção que alumia,
Aos que te seguem a eles te ofereceste...

Trouxeste ao mundo a paz,
Destes ao mundo uma lição,
Ensinaste tudo como se faz,
E amaste-nos de todo o coração...
dcb

O que disse São Paulo

A Unidade na Adversidade: Eu prisioneiro no Senhor, peço que vos comporteis de modo digno na vocação que recebestes. Sede humildes, amáveis, pacientes e suportai-vos uns aos outros no amor. Mantendo entre vós laços de paz, para poderem conservar a unidade de Espírito.

A meditação é essencial, nos afazeres do dia a dia.

dcb

EXAME DOS TRATADOS DE PROTECTORADO, CELEBRADOS ENTRE PORTUGAL E OS REPRESENTANTES DE CABINDA


     Um exame especial dos tratados de Chinfuma (1883) e Chicamba (1884) seria inútil porque esses tratados são retomados e desenvolvidos pelo de Simulambuco.

     a) Quais os compromissos que, no mínimo, parece terem sido assumidos por Portugal no Tratado de Simulambuco?

     O tratado é precedido dum  «requerimento» que alude à elaboração de uma doutrina europeia sobre a matéria, numa velada referência à Conferência de Berlim, que nessa altura está em sessão mas ainda não publicou a sua Acta final. Nesse requerimento, «os Príncipes, Governadores e Notáveis de Cabinda» .

sexta-feira, 19 de maio de 2017

CONTINUAÇÃO DE QUEM FOI MARQUÊS DE pOMBAL


o objectivo era apurar as causas da decadência da Universidade de Coimbra. Menos de um ano depois a Junta apresenta as conclusões responsáveis, os Jesuitas em 1771 a seis de Janeiro : à saída do Paço, a carruagem do Marquês é apedrejada, a 12 de Agosto de 1772, procede-se á reforma da Universidade  de Coimbra, dotada dee novos estatutos. Em 25 de Maio de 1773, o Marquês de Pmbal promulga a Lei que extingue as diferenças entre cristãos novos e velhos. Em 1774, é criada a Fundação de Vila Real de Santo António. Em 6 de Junho de 1775, é inaugurada a estatua equestre de D. José I, em 1776 D. José adoeçe e em 29 de Novembro a Rainha D. Mariana Vitória assume a regência. O Marquês é impedido de entrar na Câmara Real. Em 24 de Fevereiro morre D. José I e D. Maria I ocupa o trono. O Marquês de Pombal é dimitido do seu cargo e desterrado em 1778, dada a ordem para o Julgamento de Sebastião José em 1781 O Marquês é condenado, segundo a declaração da Rainha mas dada a sua idade e estado de saúde é poupado a cumprir pena efectiva. Esta benevolencia deprime e humilha o estadista e acelera a chegada do seu fim em 1782, na noite de 11 de Maio, com 82 anos morre. O corpo foi levado para a Igreja  do Convento de Santo António de Pombal.
     Em 1856/7, o Marchal Saldanha, neto do Marquês por via materna translada para Lisboa os restos mortais e são depositados na ermida das Mercês onde Sebastião José fora baptizado, em 1917, na rotunda começa a ser erguido o monumento ao Marquês de Pombal e em 1923, os restos mortais são transladados para a Igreja da Memória em Lisboa onde se encontram, 1934 é inaugurado o monumento na Rotunda em Lisboa, Rotunda que passou a chamar-se Marquês de Pombal.
dcb 

terça-feira, 16 de maio de 2017

QUEM FOI MARQUÊS DE POMBAL

Sebastião José de Carvalho e Melo, era filho de Manuel de Carvalho e Ataíde, capitão de cavelaria e fidalgo da Casa Real e de Teresa Luísa de Mendonça de Melo, filha de João de Almeida e Melo, senhor dos morgadios dos Olivais e de Souto do Rei. É baptizado a 6 de Junho na Igreja da Freguesia das Mercês em 1713, seu tio, o arcipreste Paulo de Carvalho e Ataíde, lega-lhe a Quinta da Gramela em 1717 - Em casa do tio, em Soure (Coimbra), onde Sebastião José vivia, reúne a Academia dos Ilustrados, turtúlia onde se discutem temas científicos e filosóficos, em 1719, frequentou o primeiro ano do curso de Leis na Universidade de Coimbra, alistando-se depois no Exército como cadete, em 1720 no dia 21 de Março, morre seu pai em 1723. No dia 16 de Janeiro, casa com Teresa de Noronha e Bourbon Mendonça e Almada. Em 1733 é admitido na Real Academia da História Portugesa. Em 2 de Outubro de 1738, é nomeado Enviado Especial, Ministro Plenipotenciário à Corte de Londres em 27 de Março de 1739, Morre Teresa de Noronha e em 1740na defesa de Goa, morre José Joaquim de Carvalho, irmão mais novo de Sebastião José, em 21 de Dezembro de 1743, regressa a Lisboa e em 14 de Setembro de 1744, rece instruções para que Sebastião José fosse enviado Especial como Ministro Plenipotenciário à Corte de Viena.
     Chega a Viena em 1745 a 17 dee Julho e em 13 de Dezembro casa em segundas nupcias  com a condessa Maria Leonor Ernestina Daun, resultando dessa união cinco filhos, em 1747 é nomeado o seu sucessor em Londres, em Dezembro de 1749 D. João V adoece gravemente e Sebastião José é convocado em Viena para integrar o novo governo de Lisboa.
     Em 31 de Julho de 1750 morre D. João V, sucedendo-lhe D. José I, como novo Rei que nomeia Sebastião José como Ministro dos Negócios Estrangeiros. Em  10 de Agosto de 1751, da-se um incêndio no Hospital de Todos os Santos. Então por sua iniciativa é criado o Banco Real em 1 de Novembro de 1755 ocorre então o terremoto extremamente forte em Lisboa com repercuções por todo o País.
     Em 31 de Agosto de 1756, Sebastião José deixa a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra  para ocupar  a do Reino, onde tem maior poder. O Estabelecimento de uma Companhia  Geral de Agricultura das Vinhas do Alto Douro, em 23 de Fevereiro dee 1757, ouve um Motim no Porto que contestava a Criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, no dia 3 de Setembro de 1758, existiu um atentado contra D. José I, quando regressava numa carruagem  ao Palácio. Muitas pessoas são presas entre elas alguns membros da família Távora: entre elas o duque de Aveiro o Conde Atouguia, bem como alguns Jesuítas, acusados de cumplicidade. Em 12 de Janeiro de 1759, os presos são sentenciados  e condenados pelos crimes de lesa-majestade, traição , rebelião, contra o rei e contra o Estado. Execução  do Duque de Aveiro e dos marqueses de  Távora. Em 15 de Julho. Sebastião José recebe o titulo de Conde de Oeiras em 21 de Julho, é extinta a Universidade de Évora, com o incio das reformas Pombalinas do Ensenio, Louis Michel van  Loo e Claud Joseph Vernet, dois famosos pintores da época, retratam o estadista. Em 12 de Fevereiro de 1761, por decisão  de Sebastião José , é proíbida a escrevatura. Em 1766 Paulo de Carvalho, seu irmão e nomeado Inquisidor da corte  e em 1768 é criada a Real Mesa Censória, em 18 de Setembro de 1770 Sebastião José recebe o titulo de 1º Marquês de Pombal. Em Dezembro é criada a junta de Previdência Literária que tem como objectivo apurar as causas da decadência da Universidade de Coimbra.
CONTINUA....  

terça-feira, 9 de maio de 2017

HISTÓRIA DE MACAU

A hist´ria de Macau tem pelo menos 6 000 anos. Ela é muito rica e diversificada porque Macau, desde  a chegada dos portugueses no século XVI, foi sempre uma importante porta de acesso para a entrada da civilização ocidental na China. contactando com a civilização chinesa e vice-versa. Este pequeno pedaço de terra proporcionou uma importante plantaforma para o intercâmbio de culturas ocidentais e orientais. Este intenso intercâmbio moldaram uma identidade própria para Macau.

     Assim, Macau foi povoado por pescadores e camponeses chineses, quando os portugueses ali se estabeleceram em 1557, nesta localidade, ocupando gradulmente Macau, rapidamente trouxeram prosperidade a este pequeno pedaço de terra que se localiza junto à foz do Rio da Pérolas, tornando-a numa grande cidade comercial. Macau é considerado o primeiro entreposto comercial europeu em solo chinês. E  tinha um grande valor, comercial a nível estratégico, para os portugueses, porque era um importante ponto de comércio entre a China e a Europa e Japão.

     Depois de ter sido atacado várias vezes por outras potências  europeias, nomeadamente pelos holandeses, esta cidade atingiu o seu auge  durante os finais  do século XVI e incío  do século XVII. Mas , durante o século XIX, Macau começou a entrar rapidamente em diclínio por causa do estabelecimento de Hon-Kong pelos Ingleses. Esta nova colónia britânica cedo se tornou no porto ocidental  mais importante da China. Mesmo assim, Macau, em 1865, construiu o primeiro farol do mar do sul da China, o Farol  da Guia. Só em 1887 é que a China reconheceu oficialmente a soberania  e a ocupação perpétua portuguesa sobre Macau, através do Tratado de Amizade e Comércio Sino-Português.

     Em 1901, o Governo de Macau, querendo criar  a sua própria moeda oficial, autorizou  o Banco Nacional Ultramarino (BNU) e emitir notas  com a denominação de patacas. As primeiras notas impressas começaram a entrar em circulação em 1906 e 1907. A partir de 1995, o Banco da China passou também a ser resp+onsável pela emissão de notas.

     Esta colónia portuguesa não foi invadida pelas tropas japonesas, evitando assim os grandes horrores da segunda Guerra Mundial. Após a implantação da República Popular da China em 1949, esta cidade experimentou alguns incidentes e motins provocados pelos chineses residentes pró-comunistas que queriam reunir Macau à China. Estes incidentes, principalmente  o motim 1-2-3, levantado pelos residentes chineses pró-comunistas de Macau no dia 3 de Dezembro de 1966, forçou Portugal a renunciar  à sua ocupação pertétua  sobre Macau. Em 1987, após intensas negociações entre Portugal e a República Popular da China a através da Declaração Conjunta  Sino-Portuguesa sobre a Questão de Macau, os doi Países concordaram que Macau iria passar de novo à soberania chinesa no dia 20 de Dezembro de 1999, tornando-se numa Região Administrativa Especial. Macau, além de ser o primeiro entreposto europeu na China, foi também  aúltima colónia europeia na China. 

terça-feira, 4 de abril de 2017

ASSIM SE ESCRVE PORTUGAL

                             SE CAMÕES FOSSE VIVO  DESCREVERIA ASSIM :  PORTUGAL =
                                 País , Onde, Roubar, Tirar, Usurpar, Gamar  e  Aldrabar, é  Legal !!!

As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo o que lhes dá na real gana
Nos seus poleiros engalanados,
Olvidam-se do quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!

                      II

E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas
Desprexam quem de fome  vai choraqndo!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!

                     III

Falam da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.

                      IV

E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modoa que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já tém no seu gene
A besta horrivel do poder perene!!!.

(Luis vaz  sem tostões