sábado, 30 de maio de 2015

A DEFINIÇÃO DOS INDO-EUROPEUS


DEFINIÇÃO

     Os Indo-europeus são um conjunto de povos ou um suposto grupo étnico da Europa e da Ásia que falam línguas indo-europeias: O termo indo-europeu porde aplicar-se a ; os pro-indo-europeus, falantes e uma hipotética  língua proto-indo-europeia.

     Os falantes de línguas indo-europeias da idade do Bronze (3º a 2º milénio antes de Cristo) que ainda não se tinham separado em familias diferentes, nomeadamente os dialectos Centum e Satem (falantes de línguas precedentes do proto-indo-iraniano, proto-grego, proto-itálico, proto-celta, proto-germânico, proto-balto-eslavo, etc.

     Normalmente o termo não se refere a falantes de línguas indo-europeias em tempos históricos, embora isso possa acontecer; os linguistas usualmente designam estes especificamente como anatílios, tocarianos, arianos (iranianos, indo-arianos), gregos, celtas, itálicos, germânicos, bálticos, eslávicos, arménios, albaneses (ou subdivisões destes grupos).

     É de notar que a classificação como indo-europeu refere-se apenas a matérias linguísticas, e não necessáriamente a etnias ou culturas.
     Na atualidade as línguas indo-europeis são as línguas mais faladas do mundo, sendo que das onze línguas com maior  número de falantes, oito são indo-europeias: espanhol, inglês, hindi, português, bengali, russo, punjabi e alemão. Os povos da Europa, América, India e Ociania tem origem indo-europeias. 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

OS LUSITANOS


CULTO  RELIGIOSO

     Praticavam sacrifícios humanos e quando o sacerdote feria o prisioneiro no ventre, faziam-se vaticínios segundo a maneira como a vítima caía. Sacrificavam  a Ares, deus da guerra, não só prisioneiros, como igualmente cavalos e bodes. Os santuários eram erigidos nas massas rochosas de locais com certo domínio da paísagem, à beira de cursos de água ou junto a montes.

     Praticavam exercícios  de ginástica como o pugilato e corridas, simulacros de combates a pé ou a cavalo: bailavam em danças de roda, homens e mulheres de mãos dadas, ao som de flautas e cornetas; eram tipicamente monogâmicos usavam barcos feitos de couro, ou de um tronco de árvore.

     As lutas dos Lusitanos contra os romanos começaram  em 193 antes de Cristo. Em 150 antes de Cristo o pretor Sérvio Galba, após ter infligido grandes punições aos lusitanos, aceitou um acordo de paz com a condição de entregarem as armas, aproveitando depois para os chacinar. Isto fez lavrar ainda mais a revolta e durante oito anos, os romanos sofreram pesadas baixas.

     Esta luta só acabou com o assassínio traiçoeiro de Viriato por três  companheiros tentados pelo ouro romano. Mas a luta não parou e para tentar acabá-la mandou Roma à Península o consul Décimo Júnio Bruto, que fortificou Olisipo, estabeleceu a base de operações em Méron próximo de Santarém, e marchou para o Norte, matando e destruindo tudo o que encontrou até à margem do Rio Lima. Mas nem assim Roma conseguiu a submissão total e o domínio do norte da Lusitânia só foi conseguido com a tomada de Numância, na Celtibéria que apoiava os castros de Noroeste.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

OS LUSITANOS


SOCIEDADE

     A sociedade lusitana essencialmente guerreira denotava a presença de uma hierarquia social em que o guerreiro ocupava uma importante posição. Era uma sociedade aristocrática em que a  maior parte da riqueza estava nas mãos  de um grupo reduzido de pessoas. A presença de joias e de armas nos túmulos indica a presença de uma elite guerreira. A organização da família lusitana revela uma estrutura gentílica da sua sociedade, a qual era referida nas fontes epigráficas com a designação de gentes ou gentiliates.

     Os lusitanos encontrava-se unidos entre si por laços de sangue ou parentesco e não pelo território ocupado. O tipo de governo era a chefia militar, em que o líder era eleito em assembleia popular escolhido entre aqueles que se distinguiam pela coragem, valor, capacidade de liderança e vitórias obtidas em tempo de guerra. Os autores gregos referiam-se a estes chefes militares como hegoumenos, isto é, lider, chefe e os romanos dux. No entanto o nome de regnator , rei, e principe, também foram referidos. O hospitium, em que adoptavam-se estranhos na comunidade, é também considerado um costume dos lusitanos.

     Apiano revela a existência de uma propriedade comunitária, que para além de terras incluía cavalos, produtos agrículas e diversos outros bens comunitários incluindo um tesouro público do qual fala Diodoro esta propriedade comunitária deveria de coexistir a par da propriedade privada. Os lusitanos eram um povo autonomo, (grego: avtovóuwv), com leis próprias.

     Os lusitanos tinham o hábito de frequentar salas onde iam untar o corpo duas vezes ao dia, tomavam banhos de vapor em balneários decorados com gravuras em baixo relevo, lançando água sobre pedras ao rubro, e tomavam em seguida um banho frio.

     As refeições em que os Lusitanos se juntavam  apenas  uma vez  por dia tinham lugar numa sala onde eles se sentavam em bancos móveis encostados à volta das paredes da sala. A disposição dos bancos em que se sentavam obedecia a uma hierarquia que colocava na frente os de mais idade e seguiam uma ordem consoante a posição social.

     O alimento mais característico era o pão de bolota ou glande de carvalho; bebiam leite de cabra e cerveja de cevada, reservando o vinho para as festas com uma produção desde a época pré-romana a caça, pesca, produção de gado bovino e equino, a produção  de mel e lã assim  como o trigo a cevada o linho e a mineração eram atividades referênciadas. O custo de vida era muito barata, no século II antes de Cristo, os produtos de pesca ovinos, caprinos  e agriculas abundantes e as peças de caça eram dadas de graça a quem comprava alguns destes produtos.

     O escambo era usado nas regiões do interior onde também  usavam peças cortadas de prata batida como dinheiro. Os homens vestiam-se de preto e usavam capas simples e as mulheres capas  compridas e vestidos de cores vivas. O homens usavam os cabelos  compridos, como as mulheres, mas que prendiam à volta da testa quando combatiam.
(CONTINUA)  

terça-feira, 26 de maio de 2015

OS LUSITANOS


ARMAMENTO  DEFENSIVO:

     Caetra: é um pequeno escudo  de dois pés de diâmetro que se manejava com a mão esquerda, era feita de madeira, couro, nervos traçados, bronze ou ferro, ficava suspenso por correias que eram manejadas habilmente para se defenderem dos dardos.  Era decorado com o desenho de um labirinto, que se supõe ter sido um símbolo ou emblema étnico de reconhecimento entre os lusitanos conta de malha era feita de pequenas argolas de ferro entrelaçadas, era pesada, e usada apenas por alguns guerreiros, provavelmente os líderes.

     Couraça de linho, era o tipo de protecção mais usada, era mais leve e adaptada ao clima que as cotas de malha, e provavelmente mais barata, elmos eram de couro, de nervos traçados ou de metal e parecidos com os dos celtiberos do tipo montefortino, elmos de três cimeiras (penas) de cor púrpura, polainas eram feitas de couro para proteger as pernas.

     Os guerreiros lusitanos realizavam  competições entre si, em que tomava parte a cavalaria e a infantaria, e competiam no boxe, corrida, faziam combates de grupo e combates entre esquadras.
     A sua maneira de combater, segundo Júlio César,  por ser inesperada e desconhecida dos legionários,  desorganizava completamente as  fileiras romanas. Estrabão reconhecia que os lusitanos lutavam como peltastas, e eram organizados e eficie ntes a posicionarem-se na linha de batalha ou a movimentarem-se concertadamente para posições estratégicas.

ESTRUTURA  DOS  POVOADOS

     As casas de pedra tinham forma redonda ou rectangular, eram cobertas de palha, e ficavam  situadas no alto de morros ou colinas, agrupando-se em aldeias, os castros citados pelos historiadores antigos.

     As casas eram dispostas ordenadamente e formavam uma espécie de bairros organisados por famílias e subdivididos em diversos núclios habitacionais que se distribuíam em torno de um pátio de acordo com a sua função e que incluiam cozinha com lareiras e forno, local de armazenagem de géneros, zonas de dormida, recinto para guarda de animais.

     Nos castros destacava-se um grande edifício de planta circular, para reuniões do conselho comunitário, com bancos ao redor. Havia ainda os balneários públicos para banhos frios e de vapor. A decoração das casas, em relevo e gravura, era feita com motivos geométricos, em forma de corda, de espinha, com círculos encadeados ou sinais espiralados, tríscelos e tetrascelos, cruciformes e serpentiformes.

     As ruas eram calcetadas com pedras regulares. Os grandes castros tinham muralhas defensivas feitas de grandes pedras, chegando a alcançar um quilómetro de perímetro.

     Os instrumentos musicais incluíam a flauta e a trombeta,  com que acompanhavam  seus coros e danças, de que os romanos nos deixaram algumas descrições. Os locais de culto funerários são sempre de grande interesse para os arqueólogos que se encontram por todo o território da antiga Lusitânia. Do período paleolitico conhecem-se cemitérios onde os corpos estavam dispostos com restos de alimentos, utencilios e armas; do megalitico abundam os dólmas, conhecidos em Portugal como antas, ou mamoas - porque os montículos de terra que se acumularam sobre eles, criaram essa forma arredondada.   

segunda-feira, 25 de maio de 2015

OS LUSITANOS

  
DESCRIÇÃO  LINGUÍSTICA:

     As inscrições lusitanas (escritas em alfabeto latino) mostram uma língua celtóide facilmente traduzível e interpretável, já que conserva em maior  grau a sua semelhança com o celta comum. A conservação do p-inicial em algumas inscrições lusitanas, faz  com que muitos autores não considerem  o lusitano como uma língua celta mas celtóide. O celta  comum perde o p-indoeuropeu inicial. Por exemplo: "porc/om" em lusitano seria dito "orc/os" em outras línguas celtas como o celtibero, goidélico ou gaulês.

     Para estes autores, o lusitano mais do que  uma língua descendente do celta comum, seria uma língua aparentada ao celta comum, ou seja, uma variante separada do celta mas com muita relação a ele. O alfabeto latino, o sistema de escrita utilizado nas inscrições já era usado na península Ibérica pelos povos  que habitavam junto ao mar,  segundo informação de Artemidoro, no princípio do século I antes de Cristo, época em que visitou a Península Ibérica.

GUERREIRO  LUSITANO

     Os guerreiros ibéricos são citados como tropas mercenárias na batalha de Himera em 480 antes de Cristo. A dada altura os mercenários  ibéricos aparecem como mercenários nos principais  confrontos bélicos do mediterrâneo, tornando-se num dos pilares  dos exércitos do mediterrâneo central. 
     
     Estão presentes na batalha de Selinute, Agriento, Gela e Calamina, surgem em outros conflitos na segunda guerra grego-púnica, Secília, Siracusa, Grecia, Atenas, estão presentes na defesa de Esparta na batalha de Krimios, na primeira guerra púnica, e com os púnicos no norte de África. Tito Livio (218 BC) descreve os Lusitanos pela primeira vez  como mercenários ao serviço dos cartagineses na guerra contra os romanos.

     Os lusitanos foram considerados pelos historiadores, como sendo hábeis na luta de guerrelheiros. Eram indivíduos  jovens  na plenitude da sua força e agilidade e selecionados entre os mais fortes. Neles recai a defesa da comunidade quando está ameaçada. A preparação militar dos jovens guerreiros tinha lugar nas montanhas em lugares específicos.

     "Em tempo de guerra eles marcham observando tempo e medida; e cantam hinos (paeans) quando estão prontos para investir sobre o inimigo" batendo nos escudos à maneira ibérica.

     Pela indicação de Tito Livio, (cento e trinta e quatro estandartes num num exército de doze mil quinhentos e quarenta guerreiros), cada estandarte deveria guiar unidades de cerca de noventa guerreiros lusitanos unidades semelhante à centúria romana ou apenas divisões por tribos como faziam os Iberos.

     Armas utilizadas pelo exercito lusitano Armamento ofensivo usado na luta corpo a corpo: punhal de fio recto e antenas atrofiadas ou afalcatado. espada, falcada, lança de ponta de bronze, Labrys machado de dupla Lâmina que aparece em moedas romanas da lusitânia não parece que era usado pelos lusitanos mas pelos cantabros.

     Armamento ofensivo de arremesso: dardos farpados de ferro lança de arremesso, todo de ferro. 
(CONTINUA):

  

domingo, 24 de maio de 2015

OS LUSITANOS


TRIBOS

Igaeditani
Lancienses Oppidani
Tapori
Coilarni ou Colarni
Lancienses Transcudani
Aravi
Meidubrigenses
Arabrigenses
Paesures

LÍNGUA E ESCRITA

     As principais inscrições foram feitas em território português em Lomas de Moledo e Cabeço das Fráguas; a outra inscrição procede de Arroyo de Cáceres (Estremadura, Espanha) no território dos vetões. Como exemplo segue-se a inscrição de Cabeço das Fráguas do século III depois de Cristo:

«OILAM TREBOPALA  INDI  PORCOM  LAEBO  COMMALAM  ICCONA  LOIM  INNA  OILAM  VSSEAM  TREBARVNE  INDI  TAVROM  IFADEM [...]  REVE  TRE  [...]»

     Esta inscrição Traduz-se habitualmente como : "[é sacrificada] uma ovelha a Trebopala, e em porco a Laebo, oferenda a Iccona  Luminosa, uma ovelha de um ano a Trebaruna e um touro semental a Reve  Tre [baruna (?)]".

    

sábado, 23 de maio de 2015

OS LUSITÂNOS


O CONJUNTO  DO  DENOMINADO  POVO  LUSITÂNO

     Os lusitanos constítuiam um conjunto de povos de origem indo-europeia, habitando a porção oeste da Península Ibérica (hoje grande parte de Portugal.
     A figura mais notável entre os lusitanos foi Viriato, um dos seus líderes no combate aos romanos. Outros lideres conhecidos eram Punicus, Caesarus, Caucenus, Curius, Apuleius, Connoba e Tantalus. Os lusitanos são considerados, por antropólogos e historiadores, como um povo sem história por não terem deixado  registos nativos antes da conquista romana. As informações sobre os lusitanos é nos transmitida através dos relatos dos autores gregos e romanos da antiguidade o que por vezes causa diversos problemas ou conflitos na interpretação dos seus textos.

ORIGEM

     Os antepassados dos lusitanos compunham um mosaico de diferentes tribos que habitaram Portugal desde o Neolítico. Não se sabe ao certo a origem destas tribos, mas é provável que fossem oriundas dos alpes suíços ou mesmo nativos de Portugal. Miscigenaram-se parcialmente com os invasores celtas, dando origem aos lusitanos.

     Entre as numerosas tribos que habitavam  a Península Ibérica quando chegaram os romanos, encontrava-se, na parte ocidental, a dos lusitani, considerada por alguns autores a maior das tribos ibéricas, com a qual durante muitos anos lutaram os romanos.

ETNIA SEGUNDO OS AUTORES DA ANTIGUIDADE

     Os escritores da antiguidade identificaram duas etnias na península ibérica, a ibéria e a celta, qualificavam os seus habitantes como sendo iberos ou celtas ou uma mistura das duas etnias. No entanto o conceito de ibero podia ser usado num sentido geral, isto é num sentido geográfico, referindo-se ao conjunto dos seus habitantes, ou num sentido restrito a um conjunto de tribos com a mesma etnia, ou mesmo podia variar consuante o conceito da época.

     Diodoro considerava os lusitanos um povo celta "Os que são chamados de lusitanos são os mais valentes de todos os cimbros". Estrabão diferenciava os lusitanos das tribos ibérias. Viriato foi referido como líder dos celtiberos. Os Lusitanos também eram chamados de Belitanos, segundo Artemidoro. Entre os autores modernos não existe consenso, são considerados iberos, lígures ou celtas.

OS POVOS DA LUSITÂNIA


           CONCORRENTES  E  TRIBUTÁRIOS  POVOS  DA  PONTE  DE  ALCÂNTARA

                                                                        LUSITANOS

Igaeditanenses -      
                                |  Túrdulos 
Lancienses
O ppidani               |   Vetões

Tálures                   |   Túrdulos


Interamnienses      |    Vacceus

    Colami                |    Túrdulos

Lancienses              |     Vetões
Transcudani
                                 |     Túrdulos
Meidubricenses      |
                                 |     Túrdulos
Arabrigenses          |
                                 |      Túrdulos
Banienses                
                                 |       Paesures
Paesures|

quinta-feira, 21 de maio de 2015

OS POVOS DA LUSITÂNIA


     Meidúbrica ou Meidóbrica, se não era o cabeço dp Vouga, de ruínas romanas, era a estância profusamente arqueológica de  Ul, com Vale de Cambra a seu lado,  bairros de Oliveira de Azeméis, a cujo concelho pertencem, e de que são urbanamente precursores. Plínio informou: "Meidubricenses, qui plumbaril".

     São aqui, entre Vouga e Antuã as mais  importantes minas de chumbo de Portugal, como da Lusitânia. Uma via romana da Idanha, sinalada com colunas miliárias, ou legionárias, passava por Viseu e atingia o Alto das Talhardas, sobre o mar, no curso terminal do Vouga,  e daí se dividia em ramos sobre a região do chumbo. Era a mais notável via da ponte de Alcântara.

     Aos Meidubricenses (oitavo povo) em ordem, que ocuparia o distrito de Aveiro, até mesmo a partir de Coimbra,  segue-se o povo dos Artabricenses, se bem lemos o termo. Estes são os Artabros ou Arotrebas, de Ptolomeu, que circundavam a baia do seu nome no noroeste de Calecia. O recanto noroeste da Lusitânia, chegado à foz do Douro, era ocupado pelo mesmo povo, que outrossim, ocuparia a margem setentrional do rio, inclusa a cidade do Porto.

     Segue-se o confinante povo dos Banienses, já não Lusitano, pois que pertencia à margem direita do rio Douro e por ela se estendia ao longo do rio, ocupando, designadamente, o território de Baião, e bem assim o da arqueológica e religiosa Panóias, ao pé de Vila Real; como o da mineira Torre de Moncorvo com sua serra de Reboredo.

     Em inscrição de Moncorvo se alude  à Civitas Baniensium que nós relacionamos com a designação regional de Baião, limitada a sul pelo Douro e a oeste pelo Tâmega.

     Na margem esquerda do rio Douro, em confinação com os Banienses e com os Tálures de Viseu e a leste com os Áravos de Marialva, habitavam os Pésures, último povo da ponte de Alcântara.       
                                   

quarta-feira, 20 de maio de 2015

OS POVOS DA LUSITÂNIA


     A colónia Norba  Caesariana, cujo esteio territorial era, sem dúvida a Igueditania, ou seja a vasta comarca conhecida por Civitas Igaeditanorum tinha por centro a extinta cidade que agora se chama Idenha-a-Velha, e estendia-se sobre a outra margem do rio Tejo, em direcção ao sueste, envolvendo as tributárias Castra Caecília e Castra Júlia, respectivamente Cáceres e Trujillo.

     Os Lancienses Oppidanos, com inclusão dos Oceleses (Oqueleses), da cidade de Ocelum (Castelo Branco?) limitavam por oeste, noroeste e norte, o povo dos Igaeditanos. Sua capital, Lancia Oppidana, achava-se no alcarial romano da Serra d'Opa, ao pé do Santuário da Senhora da Póvoa e não distante do castro de Sortelha Velha.

     Os Tálures, a noroeste dos Lancienses centravam-se em Talábrica (Viseu).
Os Interamnienses, habitantes do Interamnium (terra de entre os rios), ocupavam parte parte do espaço de entre Távora e Côa que, nesta região,  são os dois principais afluentes da margem esquerda do Douro. Pertenciam ao Interamnium as Localidades actuais de Terranho, Moreira do Rei, Trancoso, Aldeia Velha, etc.

     A cidade Interamnium corresponderá provavelmente a Moreira, não obstante o Terranho e aTorre do Terranho lhe deterem o nome.
     Entre os Ástures, a norte do rio Douro, havia, segundo Ptolomeu, duas cidades denominadas Interamnium, uma delas cognominada Flavium.

     Os Interamnienses lusitanos, omissos em Ptolomeu mas citados na ponte de Alcântara e em inscrições da Idanha, confrontavam a leste com os Colami, povo da margem direita do Côa, antiga Cola.

     A cidade Colarnum,  estaria aí por Vilar Maior, no concelho do Sabugal. O topónimo "Vilar" aplica-se na acepção de alcarial, o mesmo que ruínas. geralmente romanas. Os Colarnos são o quinto povo da inscrição de Alcântara.

     Os Lancienses cognominados Transcudanos (sexto povo) ocupariam a aba setentrional da Serra da Estrela que seria, por esse tempo a Serra de Cuba, a originar a distinção de Transcudanos.

     Logo os Áravos, sétimo povo da ponte, confrontavam com Interamnienses e Colarnos. Eram centrados em Marialva (concelho de Meda) na margem esquerda  do Côa. As ruínas romanas de Marialva são as mais notáveis do distrito da Guarda, como as da Idenha-a-aVelha as mais notáveis do  distrito de Castelo Branco, como as de Viseu as do seu próprio distrito, como  as de  UI e Vale de Cambra as mais notáveis do distrito de Aveiro. Eram grandes cidades.

     A Civitas Aravorum (cidade dos Áravos) consagra um monumento, e talvez um templo, a Júpiter Óptimo Máximo em Marialva Jaz depositado no museu da Guarda.
     Temos depois os Meidubricenses, no litoral  lusitano dos Túrdulos Velhos.

terça-feira, 19 de maio de 2015

OS POVOS DA LUSITÂNIA


AS GRANDES VIAS DA LUSITÂNIA

     A Lusitânia era limitada a norte pelo rio Douro, a leste pela actual fronteira de Leão, a sul pelo rio Tejo até ao Oceano Atlântico.

     À parte oriental estendiam-se os Vetões, que foram incluídos na Província. A estes Vetões pertenciam no entanto, os Lancienses Oppidanos, com a sua séde Lancia Oppidana, ocupantes de uma boa parte da Lusitânia restrita. São eles o segundo povo do rol, sendo igaeditanos o primeiro.

     Os lancienses, quer de Lancia Oppidana (Serra d'Opa), quer de Ocellum (Castelo Branco ?), estes também chamados Lancienses, que davam  a norte e a oeste dos igaeditanos,  até ao cimo da Estrela. Do outro lado, a dar sobre o Mondego, estendia-se o povo dos Lancienses Transcudanos e, para além do Mondego, os Tálores, que melhor escreveriamos Tálures, usando a desinência usual verificável em Astures, Pérsures, etc.

     A capital dos Tálures era Talabrica (Viseu). Não antecipemos, porém. Norba Caesariana, da gens Quirina, centrada em Idenha, estendia-se para sul e sueste até à ponte de Alcântara, e ainda para além da ponte, sobre Cáceres e Trujillo que entre os romanos, foram respectivamente Castra Caecilia (Castri Célices ou simplesmente Castris) e Castro Júlia, duas cidades tributárias da colónia Norbense.

     A metrópole da colónia era, evidentemente, Idenha (Civitas Igaeditanorum), imediatamente a norte do rio Tejo.

     Cáceres figura no itinerário de Antonino Pio debaixo da forma Castris Célices, na via militar de Emerita à legio VII Gemina (Leão) com passagem do Tejo em Garrovillas onde, próximo, devemos situar Turmulos; e com passagem por Galisteo (ao pé de Plasência) onde verificamos as ruinas romanas de Rusticiana. Logo adiante, Banhos de Montemayor, junto a Bejar, onde teria existido a lusitana Capara. Depois Salamanca, Zamora, Leão.

     A via de Mérida a Leão transpunha longitudinalmente o país dos Vetões de que Ptolomeu falava.  

segunda-feira, 18 de maio de 2015

HISTÓRIA DOS POVOS GERMÂNICOS


HISTÓRIA DOS POVOS BÁRBAROS

     Os povos bárbaros eram de origem germânica e habitavam as regiões norte  e nordeste da Europa e nordeste da Ásia, na época do Império Romano. Viveram em relativa harmonia com os romanos até os séculos IV e V da nossa era. Chegaram até a realizar trocas e comércio com os romanos, através das fronteiras. Muitos germânicos eram contratados para integrarem o poderoso exército romano.

     Os romanos usavam a palavra "bárbaros" para todos aqueles que habitavam fora das fronteiras do império e que não falavam a língua oficial dos romanos: o latim. A convivência pacifica entre esses povos e os romanos durou  até o século IV, quando uma horda de hunos pressionou os outros povos bárbaros nas fronteiras do Império Romano. Neste século e no seguinte, o  que se viu foi uma invasão, muitas vezes violenta, que acabou por derrubar o Império Romano do Ocidente. Além da chegada dos hunos, podemos citar como outros motivos que ocasionaram a invasão  dos bárbaros: a busca de riquezas, de solos férteis e de climas agradáveis.

PRINCIPAIS POVOS BÁRBAROS

     Alanos: originários do nordeste do Cáucaso. Entraram no Império Romano entre os séculos IV e V Ocuparam a região da Hispânia e o norte da África.
   Saxões: Originários do norte da atual Almanha e leste da Holanda. Penetraram e colonizaram as ilhas Britânicas no século V.
     Francos: estabeleceram-se na região da atual França e fundaram o Reino Franco (veja exemplo de obra de arte abaixo).
     
Lombardos: invadiram a região norte da Penísula Itálica.
Anglos e Saxões: penetraram e instalaram-se no território da atual Inglaterra.
Burgúndios: Estabeleceram-se no sudoeste de França.
Visigodos: instalaram-se na região da Gália, Itália e Peninsula Ibérica (veja exemplo abaixo da arte vesigótica).
Suevos: invadiram e habitaram a Peninsula Ibérica.
Vândalos: estabeleceram-se no norte da África e na Penísula Ibérica.
Ostrogodos; invadiram a região da atual Itália.
ARTE - Vesigótica: exemplo da arquitetura bárbara na Peninsula  Ibérica.

  ECÓNOMIA, ARTE, POLÍTICA,  E CULTURA DOS BARBAROS GERMÂNICOS
     A maioria destes povos organizavam-se em aldeias rurais, compostas por habitações rústicas feitas de barro e galhos de árvores. Praticavam o cultivo de cereais como, por exemplo, o trigo, o feijão, a cevada e a ervilha. Criavam gado para obter o couro, a carne e o leite. Dedicavam-se também ás guerras como forma de saquear riquezas e alimentos. Nos momentos de batalhas importantes, escolhiam um guerreiro valente e forte e faziam dele o seu lider militar.

     Praticavam uma religião poleteísta, pois adoravam deuses representantes das forças da natureza. Odin era a principal divindade e representava a força do vento e a guerra. Para estes povos havia uma vida após a morte, onde os bravos guerreiros mortos em batalhas poderiam desfrutar de um paraíso. A mistura da cultura germânica com a romana formou grande parte da cultura medieval, pois muitos habitos e aspectos politicos, artisticos e económicos permaneceram durante toda a Idade Média.

OS HUNOS

     Dentr os povos bárbaros, os hunos foram os mais violentos e ávidos por guerras e pilhagens. Eram nómades (não tinham habitação fixa e viviam  a percorrer campos e florestas) e excelentes criadores de cavalos. Como não construiam casas, viviam em suas carroças e também em barracas que armavam nos caminhos que percorriam. A principal fonte de renda dos hunos era a pratica do saque aos povos dominados. Quando chegavam a uma região, espalhavam o medo, pois eram extremamente violentos e cruéis com os inimigos. O principal lider deste povo foi Átila, o lider huno responsável por diversas conquistas em guerras e batalhas. 
   

domingo, 17 de maio de 2015

CIVILIZAÇÃO CELTA


HISTÓRIA DOS CELTAS

     História, religião, sociedade, colonização da região da Inglaterra, cultura, druidas, os belgas, as armas e o artesanato.

     Na época em que o Império Romano invadiu e conquistou a ilha da Grã-Bretanha, o povo celta era o povo que habitava esta região. Chegaram na região vindos de diversas regiões da Europa, entre os séculos II e III antes de Cristo.

     Era um povo formado por indivíduos fortes e altos. Dedicavam-se muito à arte  da guerra, embora também desenvolvido muito o aspecto artístico, principalmente o artesanato. Conheciam  técnicas agrículas desenvolvidas para a época como, por exemplo,  o arado com rodas. Fabricavam jóias, armaduras, espadas e outros tipos de armas, utilizando metais. Fabricavam carros de guerra desenvolvidos, que chegavam  a provocar medo nos inimigos.

     Possuíam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam  em vários deuses. Faziam  rituais religiosos ao ar livre. No calendário celta havia diversas festas místicas como, por exemplo, o Imbolc (em homenagem á deusa Brigida). Esta festa marcava o início da época do plantio das sementes. As cerimónias e os rituais ficavam  sob a responsabilidade dos drídas, o sacerdote dos celtas.

     Os belgas foram  a última tribo de celtas que chegou na região da Britânia. Os belgas estabeleceram-se na área onde hoje a Inglaterra. Foram habitar nas florestas e nas clareiras da região, ao contrario dos outros povos celtas que preferiram morar nas regiões montanhosas.

     O prícepe belga mais conhecido deste período foi Cimbelino. Com a sua capacidade de conquistas, tornou-se senhor de quase toda a região sudeste da Iglaterra. Fundou nesta área a cidade de Camulodunum, próxima da cidade inglesa de
Colchester.

CIVILIZAÇÃO ETRUSCA


HISTÓRIA

     Os etruscos eram um povo que habitava a antiga Etrúria, região situada a oeste dos Montes Apeninos e do rio Tibre. Este povo dominou a região central da Itália durante  os séculos VI e VII antes de Cristo. Era formado por doze cidades independentes, sendo as mais importantes Volterra, Cortona, Fiesole e Chiusi.

     Em 283, os etruscos foram dominados e submetidos ao controle dos romanos, perdendo várias características culturais.

CULTURA ETRUSCA

     Muitas informações sobre a civilização etrusca foram obtidas por historiadores e arquiólogos que descobriram diversos túmulos ao norte de Roma. A partir da análise  dos artefactos e túmulos, chegou-se  a várias revalações importantes:

Os etruscos possuíam uma sociedade aristocrática; As mulheres etruscas desfrutavam  de uma vida emancipada; Faziam objetos (vasos, esculturas e efeites) em terracota com grande habilidade; Dominavam as técnicas de fazer  objetos em bronze e metal; Eram habilidosos na arte da orivesaria (fabricação de jóias); Na arquitetura, destaca-se as construções de templos, necrópoles e pontes. Usavam a pedra e o barro como base  das construções.

ECONOMIA

     Os etruscos basearam a sua economia em actividades ligadas à agricultura e ao comércio, principalmente, de jóias, artesanato e diversos produtos de metal.

RELIGIÃO

     A religião etrusca era politeísta, pois acreditavam na existância de vários deuses. Era forte a influencia da mitologia grega, sendo  que as três divindades etruscas mais importantes eram Uni, Tinia e Menrfa. Estes deuses eram cultuados em templos. Eram  comuns também as adivinhações e as profecias realizadas pelos sacerdotes etruscos (arúspices). Vários elementos etruscos foram incorporados pela religião romana.

CORIOSIDADE

     A escrita etrusca ainda é um grande enigma para os pesquisadores desta civilização, pois não foi decifrada. Quando  isto acontecer, os diversos registros poderão revelar novos aspectos da história e cultura dos etruscos.

sábado, 16 de maio de 2015

IMPÉRIO PERSA


QUEM FORAM 

     Os persas formaram uma importante civilização na antiguidade original, ocupando a região da Pérsia (actualmente Irão, Iraque e Turquia). Este povo dedicou-se às actividades comerciais, fazendo do comércio a principal fonte de desenvolvimento económico.

O PODER NO IMPÉRIO PERSA

     A politica no estado persa era toda dominada e feita pelo imperador (rei), soberano absoluto que mandava e controlava tudo e todos. O rei era considerado uma espécie de deus  na Terra, desta forma, o poder era considerado de direito divino.

CIRO, O GRANDE IMPERADOR PERSA

     Ciro, o Grande, foi um dos mais importantes imperadores dos medos e persas. Durante o seu reinado (560 antes de Cristo - 529 antes de Cristo), os persas dominaram  e conquistaram  vários territórios, quase sempre através de guerras. No ano de 539 antes de Cristo, conquistou a Babilónia, ampliando o Império persa de Helesponto até ás fronteiras da actual Índia. Outros imperadores persas de destaque: Xerxes I, e Dario, o Grande.

RELIGIÃO PERSA

     A religião persa era dualista (existência do bem e do mal) e tinha o nome de Zonoastrismo ou Masdeísmo. Esta religião foi criada em homenagem a Zoroastro ou Zaratrusta, o grande profeta e lider espiritual que criou a relifião.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

HISTÓRIA DO EGIPTO ANTIGO


ECONOMIA

     A economia egípcia  era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os  egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artezanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos ou diques).

RELIGIÃO NO ANTIGO EGIPTO: a vida após a morte

     A relegião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos  da vida. Cada cidade possuia o seu deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.

MUNIFICAÇÃO

     Como acreditavam na vida após a morte, munificavam os cadáveres do faraós colocando-os em pirâmides, como o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria defenida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus de morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também era considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as caracteristicas que apresentavam: chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos rios e pântanos) serpente (poder de ataque),  águia (capacidade  de voar), escaravelho (ligado a ressurreição).

CIVILIZAÇÃO

     A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram  conhecimentos importantes na área da matemática, usados na co0nstrução de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de munificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.

ARQUITETURA EGÍPCIA

     No campo da arquitetura podemos destacar a construção de templos, palácios e pirâmides. Estas construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós. Grande parte delas eram erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão de obra escrava. As pirâmides e a esfinge de Gizé são as construções mais conhecidas do Egito Antigo.

ACONTECEU NA HISTÓRIA DO EGITO:

     Por volta de 3100 antes de Cristo, o faraó Menés I fundada a Primeira Dinastia egípcia  ao unificar as diversas culturas do Nilo (Alto e Baixo Egito).
Por volta de 2500 antes de Cristo, os egípcios começam a usar os papiros para produzir registos de diversas naturezas.
Por volta de 1580 antes de Cristo, começa a ser escrito o livro dos Mortos (escritos religiosos e misticos) em papiros. Eram colocados junto às múmias nos sarcófagos, que ficavam dentro das pirâmides.
No século XIV, o faraó Aquenáton (Amenófis IV) e sua esposa Nefertiti abandonam o poleteismo e implantam o monoteísmo, através da adoração de um único deus: Aton. Porém, o politeísmo voltou após a morte deste faraó.

CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA


HISTÓRIA DO ANTIGO EGIPTO

     Religião poleteísta, economia, sociedade, pirâmides, faraós, cultura e ciência dos egípcios, escrita hieroglifica, Rio Nilo, história da África, desenvolvimento cientifico, cultura e arte, resumo.
     A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (nas margens do rio Nilo) entre 3200 antes de Cristo (unificando o norte e o sul) a 32 antes de Cristo (até ao domínio Romano).

A IMPORTÂNCIA DO RIO NILO

     Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.

A SOCIEDADE EGÍPCIA

     A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade.

     Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e geralmente, eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam pelo seu trabalho, apenas água e comida.

ESCRITA DO ANTIGO EGIPTO

     A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de idéias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas principais de escrita: a escrita demótica (mais simplificada e usada para assuntos do cotidiano) e a hieroglifica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As peredes internas  das pirâmides era repletas de textos que falavam  sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado pairo, que era  produzido a partir de uma planta do mesmo nome, também era utilizado para registar os textos.

     Os hieróglifos egípcios foram decifrados na primeira metade do século XIX pelo línguista e egiptólogo francês Champollion, através da Pedra de Roseta.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

IMPÉRIO HITITA


INTRODUÇÃO

     Os hititas, foi um povo Indo-europeu, viveram na região da atual Turquia, entre os anos  de 1600 e 1200 antes de Cristo. Este povo era originário da região do Cáucaso. A capital do reino hitita era a cidade de Hatusssa.

ECONOMIA

     Os hititas desenvolveram uma civilização baseada na agricultura,  comércio, mineração (principalmente de ferro) e atesanato. Estas eram as atividades principais da economia hitita.

CULTURA

     No aspecto cultural podemos destacar a escrita hitita, baseada em representações pictográficas (desenhos). Além desta escrita hieroglifica, os hititas também possuiam um tipo de escrita cuniforme.

     Assim  como vários povos da antiguidade, os hititas seguiam o politeísmo (acreditavam em várias divindades). Os deuses hititas estavam relacionados aos diversos aspetos da natureza (vento, àgua, chuva, terra, etc).

CONQUISTA E FIM DO IMPÉRIO

     Os hititas eram guerreiros e chegaram a fazer várias conquistas militares. A principal arma dos hititas eram os carros de guerra com capacidade para três guerreiros. Dominaram a região da Babilóia, o Egipto (através da famosa Batalha de Kadesh) e até a Síria. Chegaram, portanto, a construir um considerável império. Porém, por volta de 1200 antes de Cristo, os hititas foram dominados pelos Aqueus.

terça-feira, 12 de maio de 2015

CIVILIZAÇÃO SUMÉRIA


LEGADO  SUMÉRIO

     Foram uma das primeiras civilizações conhecidas. A eles são atribuídas a invenção escrita e da roda, há 6 000 anos atrás.
     Além das contribuições citadas acima, em artes, literatura, ciências e mais, na área militar, desenvolveram os carros de combate puxados por cavalos, porque já conheciam a róda, usavam lanças dardos e armaduras feitas de bronze, arco e flecha.

     Aprenderam a arte de dominar a água dos rios, criando diques e barragens, canalizavam a água para as lavouras.
     Infelizmente pouco sobrou de sua arquitetura mas, os ziguartes são uma bela demonstração do que podem ter sido suas cidades. A sua contribuição nas leis dos povos antigos que incorporaram estas, nas suas culturas é notável. Assim como a idéia do Deus único invisivel que era religião de alguns grupos Sumários, entre os outros vários tipos de religiões existentes na época.

     Dentro das ligações externas há um link para o Museu da Universidade da Pensilvânia onde se pode ter a respeito das escavações do Cemitério Real de Ur. Lá foram descobertos em 1920, os  túmulos de reis e rainhas da cidade de Ur, que ficou famosa por ser citada na Biblia como a cidade natal de Abrãao. As tumbas são do período de 2600-2500 antes de Cristo que foi a ápice da cultura Suméria.

                                        TAÇA DE OURO  usada em 2600-2400 antes de Cristo
 

CIVILIZAÇÃO SUMÉRIA


RELIGIÃO

     Os Sumérios eram politeístas e, segundo eles, o universo teve origem da seguinte maneira:
No início, existia o mar primordial que "luarua" produziu a montanha cósmica composta do céu (An) e da terra (Ki) que consumaram o ato sexual. Nasceu então, o deus do ar Enlil, que separou o céu da terra, levando esta consigo. 

     Uma nova união entre Enlil e sua mãe com uma relação incestuosa, produziu o homem, os animais, as plantas e a civilização. Os deuses Sumérios tinham a forma humana, mas eram imortais e possuiam  poderes sobrenaturais. Eram seres invisíveis que a tudo governavam.

     An era o deus do céu; Ki era a deusa da terra; Enlil, o deus do ar e Enki o deus da água. Além desses podemos citar Nanna deus lua, Utu o deus sol e Inanna a rainha dos céus e rainha do amor e da guerra.

     Os deuses manifestavam-se através de sonhos e dos oráculos. Parece que o povo Sumério acreditava em alguma espécie de existência após a morte, porque foram encontradas oferendas nos túmulos.

     Cientistas pesquisadores, encontraram indicios  de que grupos Sumérios tinham religião própria e acreditavam no Deus único invisivel, e não acreditavam em vida após a morte, sendo copiados e imitidos por outros povos que tiveram coontácto com eles neste tipo de crença e assimilaram esse tipo de religião.

DECLÍNIO DA CIVILIZAÇÃO DE SUMER

     As cidades-estado viviam em lutas constantes entre si e isso gerou crises graves em seus governos com o enfraquecimento de todas, económica e militarmente.

     A Suméria não era como o Egipto, onde havia um forte poder central. Na Suméria, as cidades-estado mais importantes, que eram governadas por lideres chamados ensis, controlavam o exército e o abastecimento de água, os rios Tigre e Eufrates assim como os seus afluentes eram vistos como estratégicos e portanto de interesse militar.

     Por causa das lutas e falta de união entre as cidades, o povo Sumério ficou sempre muito vulnerável, e o povo Acádio aproveitou-se para dominar a baixa Mesopotâmia.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

TABUA DE CONTRATO ESCRITO


CIVILIZAÇÃO SUMÉRIA


AS  CIÊNCIAS

     Pelo facto de a região ter sido habitada por grandes culturas e haver uma ligação e às vezes, continuidade entre elas, vamos citar apenas algumas invenções creditadas aos Sumérios.
     Esse povo criou um sistema completo de medidas de capacidade, superfície e peso. Eles inventaram o sistema sexagesimal, usado com a numeração decimal. Possuíam réguas graqduadas e tábuas de cálculo. Dividiam o dia em 24 horas iguais.

     Talvez o sistema de astronomia se tenha organizado na Suméria, porque eles reconheciam  três paralelos principais: equatorial ou caminho das estrelas de Anu; tropicais, caminhos de Enlil (Câncer) e de  Ea (Capricórnio).

     Acredita-se que também a medicina era bem desenvolvida, há documentos que mencionam cirurgias, além disso eles preparavam drogas medicinais.

LITERATURA E DIREITO

     Na Suméria havia um sistema de ensino frequentado por escribas. Eles compunham e copiavam obras de interesse histórico, hinos religiosos, contos,  códigos de leis, fábulas, poesia e outros.

     A criação mais famosa e interessante desse povo é a Epopeia de Gilgamesh, mas também se pode citar os mitos de Tamuz e da deusa Nana Ishtar e do pastor Etana.
     Pela quantidade de tabuinhas ou tabletes encontradas, parece que os Sumérios tinham uma grande atividade literária e uma rica literatura.

     Essas tabuinhas eram feitas de argila. sobre as quais se escrevia com estiletes em forma de cunha, depois ela era endurecida ao sol ou em fornos. Além dessas tábuas, foram encontradas estelas e cilindros gravados, que eram usados como selos.

     No campo do Direito, foram encontradas tabuinhas com todo o tipo de ordem jurídica, contratos, testamentos, recibos, etc. . Em épocas anteriores ao famoso Hamurabi, já havia na Suméria, Códigos de Leis bastante avançados. O divórcio era admitido, o adultério considerado delito e admitia-se a adoção. As leis penais eram bem menos violentas do que as vigentes  noutros locais, da época.

CIVILIZAÇÃO SUMÉRIA


AS  ARTES

     Entre os Sumérios assim como entre os Egípcios, as artes foram inspiradas pela região. Os templos foram basicamente o traço principal da arquitetura sumeriana. Os ziguartes (torres em degraus) foram construídos para que o deus habitasse com o seu povo. Em Ur, o deus-lua, Nanna, era o patrono, ainda hoje as ruínas de seu  zinguarte se elevam a uns vinte metros de altura. A seus pés havia um templo para a deusa Nigal, esposa do deus-lua, um entreposto, talvez uma palácio e tumbas reais.

     Infelismente, as construções Sumérias, feitas de tijolo cru ou cozido, não se conservaram e foram destruidas pelo tempo.

     Hoje, as ruínas de Uruk atestam que havia na Suméria cidade com grandes edíficios mas, dela são conhecidas apenas as edificações centrais, não se sabe o seu tamanho e nem o número de habitantes.

     Outras manifestações artisticas foram as estátuas e o mobiliário refinado encontrado nos túmulos. As estatuas mais antigas são de cerca de 2400 antes de Cristo. No Museu do Louvre existe um conjunto de estátuas e fragmentos delas, inclusive algumas feitas de pedra negra. Desta pedra, não se conhece a fonte, uma inscrição na estátua do rei Manishtusu, diz, que ele trouxe a pedra negra de uma campanha vitoriosa das montanhas do outro lado do mar inferior.

     Os Sumérios trabalhavam  o ouro, o cobre, o bronze e a prata. A arte da marcetaria nasceu na metade do 3º. Milénio, na Suméria. Esses mosaicos eram feitos de pedras coloridas e preciosas, como o lápis-lázuli e a cornalina (ambas originárias da Índia). O povo Sumério também usava o nácar das conchas encontradas no Golfo Pérsico, do Mar Vermelho e até do Mediterrâneo. Até hoje se encontra, nas portas das mesquitas de peregrinação, rorários de cornalina e nácar de conchas do oceano Indico e madeira de sândalo importado do Extremo Oriente.

domingo, 10 de maio de 2015

CIVILIZAÇÃO SUMÉRIA


     Depois dele podemos citar Urukagina, Lugalzaggesi e finalmente Sargão, o Grande. Sargão reuniu a Sumária e a metade seten como sábio, guerreiro, trional da Mesopotâmia núma única nação. 
     Após a morte de Sargão, temos o seu neto Naram-Sin, ainda governando até a invasão dos gutianos. Sob os gutianos aparece apenas um governante sumériano, de Lagash, que foi Gudea. Depois de um século de opressão, surge novamente um libertador, Utuhegal, em Uruk. Ele foi deposto por Ur-Nammu da cidade de Ur.

     Este foi um rei usurpador, mas forte e capaz e ficou famoso como o primeiro legislador da História, ele morreu em batalha. Seu filho Shulgi passou então a reinar e foi registrado, construtor de templos, diplomata e patrono das artes. Durante o seu longo reinado, a Suméria voltou a ser um grande Império.

     Quando o quinto e último rei da dinastia de Ur-Nammu, subiu ao trono em Ur, o Império já estava ameaçado. Esse rei, Ibbi-Sin foi abandonado pelos seus generáis e o poder foi dividido. Por volta do ano 2000 antes de Cristo os elamitas voltaram a atacar, destruiram Ur e prenderam o rei. A queda de Ur assinalou o fim da Suméria.

     A agricultura era a base da economia do país,a cevada sua principal cultura. Além dela, havia o cultivo de cebola, nabo e tâmaras. Criavam animais, fabricavam queijo e manteiga. A pesca também era importante, tanto nos canais, como no Golfo Pérsico.

     Nos mercados havia o comércio de cereais, frutas, licores e vinhos, tecidos e outros. O Comércio com outros locais era feito sempre em caravanas por causa dos perigos nos caminhos. Navegando pelos rios Tigre e Eufrates, eles comerciavam com a costa mediterrânea e no Golfo Persico, principalmente armas, feitas de cobre e bronze.

     Todo o tipo de comércio era muito bem documentado, desde que a mercadoria deixava o local de origem até que chegasse ao destinatário. Um exemplo disso é um contrato de transporte de prata, que  Dadaya confiou a Kukkulanum e deveria ser entregue a Enlil-bani, feito em presença de testemunhas citadas. 

sábado, 9 de maio de 2015

CIVILIZAÇÃO SUMÉRIA


     Foi uma fase de lutas sem fim na história da Sumária, reis guerreiros comandando seus exércitos, cidades contra cidades. Entre essas lutas, a Suméria se viu  subjugada pelo domínio estrangeiro, por diversas vezes.

     O primeiro rei ou lugal a estabelecer controle sobre a totalidade da Suméria foi Etana da cidade de Kish (suas ruínas ficam a 90 Km da atual Bagdá), de acordo com a lista dos Reis Sumerianos. A lista cita Etana como, aquele que estabilizou todas as terras.

     Depois de Etana, temos Meskiaggasher da cidade de Uruk, a lista diz que ele invadiu o mar, galgou as montanhas. Ainda na cidade de Uruk, temos Dumuzi, que foi indicado na Mesopotâmia como o deus da fertilidade.

     Mas, o mais famoso rei de Uruk foi Gilgamesh. Ele é praticamente um mito, seus feitos foram narrados em diversas línguas e talvez tenha sido ele o inspirador da figura de Héracles,  o heroi grego. Não há descobertas conclusivas sobre ele, mas é citado na Lista e documentos atestam sua vitória sobre as cidades de Kish e Ur.

     Depois disso, a Suméria tornou-se vassala doselamitas, povo que habitava o que hoje é o sodoeste do Irã. 
     Só um século depois de Gilgamesh é que os Sumérios voltaram a ser livres. O grande responsável por isso foi Lugalannemundu, rei da cidade de Adab, descrito como aquele que obrigou todas as terras estrangeiras a lhepagarem pesado tributo.

     Nova fase de guerras entre as cidades.
Hegemonia de Lagash sob Eannatum, Subjugador das terras inimigas, terceiro rei da primeira dinastia da cidade. Derrotou Umma, com quem lutava por direitos de irrigação e mandou erguer a Estela dos Abutres entre as duas cidades. Esse é o mais antigo tratado diplomático conhecido, pois ali estão escritos os termos da paz. 

sexta-feira, 8 de maio de 2015

quinta-feira, 7 de maio de 2015

CIVILIZAÇÃO SUMÉRIA



IDIOMA E ESCRITA

     Não se conhece relação entre o idioma Sumério e qualquer outro. O nome Sumária, é derivado do nome babilónico para sul da Babilónia. No seu idioma, os Sumérios denominavam-se por cabeças escuras e chamavam ao seu País terra civilizada.

     Se não foram os Sumérios que inventaram a escrita, porque é a língua mais antiga de que se tem testemunhos gráficos, pelo menos foram eles os responsáveis pela sua difusão.

     Na cidade de Nipur, que fica 150 Km ao sul de Bagdá, foi encontrada uma biblioteca sumeriana inteira. Lá havia mais de 50 000 tabuinhas com inscrições cuneiformes feitas no Terceiro Milénio antes de Cristo e uma biblioteca com 20 000 volumes, que incluem obras sobre direito, ciência, religião.

     O alfabeto sumério só foi decifrado no século 19, o principal dialeto Sumério foi oemergir ou língua principesca, embora outros tipos fossem usados pelas mulheres e pelos eunucos.

LISTA DOS REIS SUMÉRIOS

     Existe um documento, escrito quase mil anos após a morte do rei Etana (3º. Milénio antes de Cristo) que registra o nome da maioria dos govermantes da Suméria. Desta lista também consta o nome de Gilgamesh, herói mitológico, como o quinto rei da primeira dinastia a ter o poder em Uruk, depois do dilúvio.

REIS SUMÉRIOS

     Na região de Sumer, por volta do terceiro milénio, havia pelo menos doze importantes cidades-estado, cada qual murada e com seus deuses e seu rei. As mais conhecidas são Ur, Eridu, Lagash, Uma, Adab, Kish, Sipar, Larak, Nipur, Larsa.

     A realeza surgiu da necessidade de enfrentar o inimigo, ou seja, cada cidade escolhia o homem mais destemido e corajoso para comandá-los. Esse homem era chamado lugal,  que significa grande homem, essa é a palavra Suméria para rei.

     No início a função de lugal era passageira, ele apenas liderava a sua cidade num determinado momento, quando acabasse o conflito, voltava para a vida de cidadão comum. Acontece, que os conflitos foram-se tornando constantes e o lugal passou a ocupar o poder de  maneira permanente e hereditária. Isso ocorreu por volta de 3000 antes de Cristo.

CIVILIZAÇÃO SUMÉRIA


A DESCOBERTA

     No início do século XX, mesmo os grandes estudiosos da região que pesquisavam sa tabuinhas assírias e babilónicas, não conheciam o povo Sumério. Com a publicação, em 1905, da obra do grande assiriólogo francês François Thureau-Dangin, não restou dúvida alguma de que houve de facto uma brilhante civilização no local, que era desconhecida até então, e tomou o nome de Suméria.

     Essa descoberta veio confirmar a influência dessa civilização nos povos que tiveram contacto com eles, nas áreas da escrita, religiões, artes, cultura, ciências, comércio, agricultura, arquitetura, leis e esses povos copiaram o que os Sumérios tinham de melhor, pois foi a mais brilhante civilização da antiguidade.

ORIGENS

     Acredita-se que antes dos Sumérios chegarem, a baixa Mesopotâmia foi ocupada pelos UBAIDAS, um povo que não pertencia ao grupo semita. Para quem tem interesse em pesquisar, esse povo ubaidiano foi muito importante e com certeza foi resposável pelo alicerce da civilização Suméria. O povo conhecido como sumério, veio provavelmente da Anatólia, mas também pode ter vindo da Pérsia e chegou à Mesopotâmia por volta de 3300 antes de Cristo.  Deveriam ser nómades vagando pelo planalto do Irã e pelos Montes Zagros. Fatos mais recentes como utensílios encontrados apontam para a existência deles na área por volta de 20 000 Antes de Cristo.

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

     A área da Mesopotâmia, sendo cercada por cadeias montanhosas ao norte e a oeste, pelo Golfo Pérsico ao sudoeste e pelo deserto da Síria ao sul e a leste, se tornava um local protegido contra a invasão de outros povos. Os rios Tigre e Eufrates tornavam a terra fértil sem depender de chuvas.

     Distribuída em territórios a região de Sumer possuía diversas cidades-estado. As distâncias entre as cidades eram pequenas, separadas por faixas de terras cultivadas. Vamos dizer que a Suméria não era maior do que a Bélgica atual.

 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

JARDINS SUSPENSOS E TORRE BABILÓNICA


CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMIA


LEGADO CULTURAL DA MESOPOTÂMIA

     Divisão do ano de 12 meses e a semana de 7 dias; A divisão do dia em 24 horas; A crença nos horoscopos e os doze signos do zodiaco; O habito de fazer plantio de acordo com as fases da Lua; O circulo de 360 graus; O processo aritmético da multiplicação; O cálculo das qutro operações aritméticas; A extração de raiz quadrada; A algebra; O sistema de numeração sexagesimal, que dividiu e circunferência em 360º e à hora e 60 minutos; A distinção entre planetas e estrelas; A arte de prever eclipses; O primeiro conjunto de leis escritas, o Código de Hamurabi, feito pelos babilónios no século XVIII antes de Cristo.

     No campo literário, o destaque fica para duas obras sumerianas: O mito da criação, que resgata a origem do mundo através do mito de Marduk e a Epopeia de Gilgamesh, que conta a lenda do Dilúvio. Destaca-se também, como grande marco da história do Direito, o  Código de Hamurabi. A descoberta suméria da escrita foi enriquecida com a produção de textos religiosos, históricos e lendas.

     A escrita cuneiforme, criada pelos sumérios, foi utilizada pelos  vários povos mesopotâmicos e adotada por outros povos da Ásia Ocidental. Foi decifrada pelos estudiosos Grotefend e Rawlinson.

     Em linhas gerais, podemos dizer que a forma de produção dominante na Mesopotâmia foi a Asiática, não existindo, portanto a propriedade privada da terra. Os individuos só usufrúiam da terra enquanto membros da comunidade. O rei encarnação do Estado, era o proprietário nominal de todas as terras, o qual dirigia a construção de canais de irrigação que propiciavam as condições para o desenvolvimento da agricultura.

     No plano sociopolitico, esta forma de produção caracterizou-se pelos impérios teocráticos de regadio, organização estatal  altamente centralizada. O poder estatal unificou em suas mãos os poderes político, militar, religioso e económico. A rigida centralização do poder era necessária para o desenvolvimento da agricultura de regadio, através da organização do trabalho nas grandes obras públicas.

     A civilização Mesopotâmica exerceu grande influencia sobre os povos vizinhos, como os persas, que adotaram a escrita cuneiforme e os hebreus, que aproveitaram algumas das suas tradições religiosas, como o mito do dilúvio.

ANTIGOS JARDINS SUSPENSOS NA BABILÓNIA


terça-feira, 5 de maio de 2015

CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMIA


ASPECTOS CULTURAIS

     A cultura na Mesopotâmia era muito rica em razão dos diversos povos que habitavam a região. Mas quase toda a cultura mesopotâmica descendia dos sumérios, incluindo a religião, politeista e antropomórfica,. Sendo politeistas, acreditavam  em vários deuses que representavam, como no Egipto, fenómenos da natureza. Os deuses mesopotâmicos eram  ao mesmo tempo entidades do bem e do mal. Cada cidade tinha seu deus protetor. Entre as principais divindades estavam Marduk, o deus da cidade  da Babilónia e do comércio, Shamash, o sol e a justiça; Anu, o céu; Enlil, o ar, Ea, a água; Ishtar, a deusa do amor e da guerra e Tamus, a vegetação.

     Os sumérios explicavam a origem do mundo através do mito de Marduk e da lenda do Dilúvio, muito semelhante à história biblica da Arca de Noé. Segundo as suas crenças, o deus Marduk criara o céu e a terra, os astros e o homem. Contudo, um dilúvio ameaçara a existência  humana na terra e Marduk ajudou Gilgmesh a sobreviver, advertindo-o do perigo e aconselhando-o a construir uma arca na qual deveria colocar vários animais  e os membros de sua familia. No governo de Hamurabi, o deus Marduk da Babilónia foi adorado por todo o império.

     Os povos mesopotâmicos viam a religião como meio de obter recompensas terrenas, imediatas não acreditando na vida após a morte. Os rituais religiosos, comandados pelos sacerdotes, faziam do templo (zigurate) o centro de toda a religiosidade. Esses templos, às vezes, abrigavam também o celeiro e as oficinas. Neles se conheciam o estoques e se definia o critério de distribuição dos excedentes agriculas tomados aos camponeses.

     Na arquitetura mesopotâmica destacava-se a construção de templos e palácios, como os zinguartes. Pintavam e esculpiam sobre temas religiosos, desportivos e militares. Inventados pelos sumérios, os ziguartes tornaram-se sua marca arquitetónica registrada: eram imensos templos com várias torres retangulares, igualando-se em grandiosidade aos palácios construídos pelos assírios  e caldeus. Mas o uso de arcos também deixou a sua marca na arquitetura desse povo. Como artistas, os sumérios destacaram-se nos trabalhos em metal, na lapidação de pedras preciosas e na escultura.

     Foi, porém, no campo cientifico que os mesopotâmicos alcançaram maior destaque. Através da observação do céu, visando decifrar a vontade dos deuses, os sacerdotes acumularam informações a partir das quais foi elaborado, pouco a pouco, um conhecimento exato dos fenómenos celestes. 

CIDADE DE UR NA BABILÓNIA


CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMIA


ECONOMIA, SOCIEDADE E POLÍTICA

     A principal atividade económica na mesopotâmia era a agricultura, tal como a do egipto, inseria-se no modo de produção asiático. Sendo a atividade agrícula a principal fonte de subsistência na Mesopotâmia, o poder público controlava de perto a construção de mão de obra das populações camponesas, submetidas ao pagamento de impostos ao rei

     A produção agricula era variada, incluindo cevada,  trigo, lentilha, linho, tâmaras e outros produtos. Nos campos criavam-se cabras, carniros r ovelhas para obter carne, leite e lã. Os  bois para puxar os arados e para outros serviços. Com o couro bovino faziam  correias e sapatos, e com o leite de vaca fabricavam coalhadas e queijos finos. Mais tarde,  começaram  a domesticar cavalos para montaria e para a guerra.

     Nas cidades, desenvolveram importante atividade artesanal; tecelagem, cerâmica fabricação de armas, joias, objetos de metal etc. A exelente localização da Mesopotâmia favoreceu o desenvolvimento do comercio. Comerciantes deslocava-se para outras regiões levando produtos fabricados pelos babilónios. Em consequencia, a Babilónia transformou-se num dos mais importantes entrepostos comerciais da antiguidade.  Até o século VI antes de Cristo a cevada e os metais eram utilizados como padrão de valor nas trocas comerciais.

     A sociedade na Mesopotâmia, de forma geral dividia-se e dois grupos principais: classe dominante (governantes, sacerdotes, militares e comerciantes) e classe dominada (camponeses, pequenos artesãos e dois tipos de escravos: de guerra  e por dívida), principalmente às dividas. Com o tempo, o costume de transformar os prisioneiros guerra  e escravos fez aumentar o número de cativos na região. A classe dominante controlava a riqueza económica, as forças politica e militar e o saber.

     A Mesopotâmia foi governada por monarquias teocráticas em que o poder estava concentrado nas mãos do soberano. O rei considerado um representante dos deuses na Terra, capaz de traduzir a vontade divina, detinha os poderes religiosos, militares e políticos.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

MAPA DA MESOPOTÂMIA


CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMIA


OS CALDEUS

     Derrotados os assírios , a Babilónia volta a ser a capital da Mesopotâmia, agora sob o domínio dos caldeus, formando um novo império, conhecido como o Segundo Império Babilónico ou Neo Babilónico.

     Com Nabopalassar, os caldeus, aliados dos Medos, consolidaram a independência da Babilónia, mas foi com seu filho Nabucodonosor que o império caldeu atingiu o seu  apogeu. Foi durante o seu governo que a Síria e a Palestina foram definitivamente conquistadas.

     Com violentas investidas militares, o rei Nabucodonosor ocupou Jerusalém em 586, antes de Cristo e escravizou os judeus. Os hebreus foram transportados como escravos para a Babilónia, episódio relatado na Biblía como o Cativeiro da Babilónia.

     No reinado de Nabucodonosor a cidade da Babilónia tornou-se o maior centro cultural e comercial de todo o Oriente. Foram  construídos palácios, os Jardins Suspensos da Babilónia, considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo e a Torre de Babel. O comércio expandiu-se com o predomínio do comercio caravaneiro que fazia a rota do Medeterrâneo à India.

     A morte de Nabucodonosor marcou o início da decadência do império até que, em 539 antes de Cristo, tropas persas comandadas pelo imperador Ciro I conquistaram a Babilónia, integrando a região ao seu império. A partir de então,a civilização mesopotâmia foi desaparecendo. 

domingo, 3 de maio de 2015

CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMIA


OS  ASSIRIOS

     Os assirios eram um povo que antes de 2500 antes de Cristo, estabeleceram-se no norte da Mesopotâmia, na região de Assur e Ninive. A partir de 883 antes de Cristo, os assírios iniciaram um movimento de expansão territorial.

     Em virtude da baixa produção agrícula (solos pobres), os assírios dedicaram-se aa técnicas de guerra, com um poderoso exército, o primeiro exército organizado do mundo. O segredo da sua eficácia militar era o domínio da tecnologia de ferro na fabricação de armas e ferramentas. A eficiência de seus ataques explica-se também pelos velozes carros de guerra puxados por cavalos. 

     Seu objetivo era saquear os povos conquistados e obrigá-los a pagar tributos. Entre o século VIII e VII antes de Cristo, seus domínios ultrapassaram a Mesopotâmia, abrangendo a Siria, Fenícia, Palestina e Egito. Os responsáveis por essa expansão foram Sargão II Napopulassar, comandante cananeu e povos vizinhos, puseram de pé o império,  Assirio e inaugurou o Segundo Império Babilónico.