segunda-feira, 25 de maio de 2015

OS LUSITANOS

  
DESCRIÇÃO  LINGUÍSTICA:

     As inscrições lusitanas (escritas em alfabeto latino) mostram uma língua celtóide facilmente traduzível e interpretável, já que conserva em maior  grau a sua semelhança com o celta comum. A conservação do p-inicial em algumas inscrições lusitanas, faz  com que muitos autores não considerem  o lusitano como uma língua celta mas celtóide. O celta  comum perde o p-indoeuropeu inicial. Por exemplo: "porc/om" em lusitano seria dito "orc/os" em outras línguas celtas como o celtibero, goidélico ou gaulês.

     Para estes autores, o lusitano mais do que  uma língua descendente do celta comum, seria uma língua aparentada ao celta comum, ou seja, uma variante separada do celta mas com muita relação a ele. O alfabeto latino, o sistema de escrita utilizado nas inscrições já era usado na península Ibérica pelos povos  que habitavam junto ao mar,  segundo informação de Artemidoro, no princípio do século I antes de Cristo, época em que visitou a Península Ibérica.

GUERREIRO  LUSITANO

     Os guerreiros ibéricos são citados como tropas mercenárias na batalha de Himera em 480 antes de Cristo. A dada altura os mercenários  ibéricos aparecem como mercenários nos principais  confrontos bélicos do mediterrâneo, tornando-se num dos pilares  dos exércitos do mediterrâneo central. 
     
     Estão presentes na batalha de Selinute, Agriento, Gela e Calamina, surgem em outros conflitos na segunda guerra grego-púnica, Secília, Siracusa, Grecia, Atenas, estão presentes na defesa de Esparta na batalha de Krimios, na primeira guerra púnica, e com os púnicos no norte de África. Tito Livio (218 BC) descreve os Lusitanos pela primeira vez  como mercenários ao serviço dos cartagineses na guerra contra os romanos.

     Os lusitanos foram considerados pelos historiadores, como sendo hábeis na luta de guerrelheiros. Eram indivíduos  jovens  na plenitude da sua força e agilidade e selecionados entre os mais fortes. Neles recai a defesa da comunidade quando está ameaçada. A preparação militar dos jovens guerreiros tinha lugar nas montanhas em lugares específicos.

     "Em tempo de guerra eles marcham observando tempo e medida; e cantam hinos (paeans) quando estão prontos para investir sobre o inimigo" batendo nos escudos à maneira ibérica.

     Pela indicação de Tito Livio, (cento e trinta e quatro estandartes num num exército de doze mil quinhentos e quarenta guerreiros), cada estandarte deveria guiar unidades de cerca de noventa guerreiros lusitanos unidades semelhante à centúria romana ou apenas divisões por tribos como faziam os Iberos.

     Armas utilizadas pelo exercito lusitano Armamento ofensivo usado na luta corpo a corpo: punhal de fio recto e antenas atrofiadas ou afalcatado. espada, falcada, lança de ponta de bronze, Labrys machado de dupla Lâmina que aparece em moedas romanas da lusitânia não parece que era usado pelos lusitanos mas pelos cantabros.

     Armamento ofensivo de arremesso: dardos farpados de ferro lança de arremesso, todo de ferro. 
(CONTINUA):

  

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