terça-feira, 26 de maio de 2015

OS LUSITANOS


ARMAMENTO  DEFENSIVO:

     Caetra: é um pequeno escudo  de dois pés de diâmetro que se manejava com a mão esquerda, era feita de madeira, couro, nervos traçados, bronze ou ferro, ficava suspenso por correias que eram manejadas habilmente para se defenderem dos dardos.  Era decorado com o desenho de um labirinto, que se supõe ter sido um símbolo ou emblema étnico de reconhecimento entre os lusitanos conta de malha era feita de pequenas argolas de ferro entrelaçadas, era pesada, e usada apenas por alguns guerreiros, provavelmente os líderes.

     Couraça de linho, era o tipo de protecção mais usada, era mais leve e adaptada ao clima que as cotas de malha, e provavelmente mais barata, elmos eram de couro, de nervos traçados ou de metal e parecidos com os dos celtiberos do tipo montefortino, elmos de três cimeiras (penas) de cor púrpura, polainas eram feitas de couro para proteger as pernas.

     Os guerreiros lusitanos realizavam  competições entre si, em que tomava parte a cavalaria e a infantaria, e competiam no boxe, corrida, faziam combates de grupo e combates entre esquadras.
     A sua maneira de combater, segundo Júlio César,  por ser inesperada e desconhecida dos legionários,  desorganizava completamente as  fileiras romanas. Estrabão reconhecia que os lusitanos lutavam como peltastas, e eram organizados e eficie ntes a posicionarem-se na linha de batalha ou a movimentarem-se concertadamente para posições estratégicas.

ESTRUTURA  DOS  POVOADOS

     As casas de pedra tinham forma redonda ou rectangular, eram cobertas de palha, e ficavam  situadas no alto de morros ou colinas, agrupando-se em aldeias, os castros citados pelos historiadores antigos.

     As casas eram dispostas ordenadamente e formavam uma espécie de bairros organisados por famílias e subdivididos em diversos núclios habitacionais que se distribuíam em torno de um pátio de acordo com a sua função e que incluiam cozinha com lareiras e forno, local de armazenagem de géneros, zonas de dormida, recinto para guarda de animais.

     Nos castros destacava-se um grande edifício de planta circular, para reuniões do conselho comunitário, com bancos ao redor. Havia ainda os balneários públicos para banhos frios e de vapor. A decoração das casas, em relevo e gravura, era feita com motivos geométricos, em forma de corda, de espinha, com círculos encadeados ou sinais espiralados, tríscelos e tetrascelos, cruciformes e serpentiformes.

     As ruas eram calcetadas com pedras regulares. Os grandes castros tinham muralhas defensivas feitas de grandes pedras, chegando a alcançar um quilómetro de perímetro.

     Os instrumentos musicais incluíam a flauta e a trombeta,  com que acompanhavam  seus coros e danças, de que os romanos nos deixaram algumas descrições. Os locais de culto funerários são sempre de grande interesse para os arqueólogos que se encontram por todo o território da antiga Lusitânia. Do período paleolitico conhecem-se cemitérios onde os corpos estavam dispostos com restos de alimentos, utencilios e armas; do megalitico abundam os dólmas, conhecidos em Portugal como antas, ou mamoas - porque os montículos de terra que se acumularam sobre eles, criaram essa forma arredondada.   

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