quinta-feira, 21 de maio de 2015

OS POVOS DA LUSITÂNIA


     Meidúbrica ou Meidóbrica, se não era o cabeço dp Vouga, de ruínas romanas, era a estância profusamente arqueológica de  Ul, com Vale de Cambra a seu lado,  bairros de Oliveira de Azeméis, a cujo concelho pertencem, e de que são urbanamente precursores. Plínio informou: "Meidubricenses, qui plumbaril".

     São aqui, entre Vouga e Antuã as mais  importantes minas de chumbo de Portugal, como da Lusitânia. Uma via romana da Idanha, sinalada com colunas miliárias, ou legionárias, passava por Viseu e atingia o Alto das Talhardas, sobre o mar, no curso terminal do Vouga,  e daí se dividia em ramos sobre a região do chumbo. Era a mais notável via da ponte de Alcântara.

     Aos Meidubricenses (oitavo povo) em ordem, que ocuparia o distrito de Aveiro, até mesmo a partir de Coimbra,  segue-se o povo dos Artabricenses, se bem lemos o termo. Estes são os Artabros ou Arotrebas, de Ptolomeu, que circundavam a baia do seu nome no noroeste de Calecia. O recanto noroeste da Lusitânia, chegado à foz do Douro, era ocupado pelo mesmo povo, que outrossim, ocuparia a margem setentrional do rio, inclusa a cidade do Porto.

     Segue-se o confinante povo dos Banienses, já não Lusitano, pois que pertencia à margem direita do rio Douro e por ela se estendia ao longo do rio, ocupando, designadamente, o território de Baião, e bem assim o da arqueológica e religiosa Panóias, ao pé de Vila Real; como o da mineira Torre de Moncorvo com sua serra de Reboredo.

     Em inscrição de Moncorvo se alude  à Civitas Baniensium que nós relacionamos com a designação regional de Baião, limitada a sul pelo Douro e a oeste pelo Tâmega.

     Na margem esquerda do rio Douro, em confinação com os Banienses e com os Tálures de Viseu e a leste com os Áravos de Marialva, habitavam os Pésures, último povo da ponte de Alcântara.       
                                   

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