terça-feira, 19 de maio de 2015

OS POVOS DA LUSITÂNIA


AS GRANDES VIAS DA LUSITÂNIA

     A Lusitânia era limitada a norte pelo rio Douro, a leste pela actual fronteira de Leão, a sul pelo rio Tejo até ao Oceano Atlântico.

     À parte oriental estendiam-se os Vetões, que foram incluídos na Província. A estes Vetões pertenciam no entanto, os Lancienses Oppidanos, com a sua séde Lancia Oppidana, ocupantes de uma boa parte da Lusitânia restrita. São eles o segundo povo do rol, sendo igaeditanos o primeiro.

     Os lancienses, quer de Lancia Oppidana (Serra d'Opa), quer de Ocellum (Castelo Branco ?), estes também chamados Lancienses, que davam  a norte e a oeste dos igaeditanos,  até ao cimo da Estrela. Do outro lado, a dar sobre o Mondego, estendia-se o povo dos Lancienses Transcudanos e, para além do Mondego, os Tálores, que melhor escreveriamos Tálures, usando a desinência usual verificável em Astures, Pérsures, etc.

     A capital dos Tálures era Talabrica (Viseu). Não antecipemos, porém. Norba Caesariana, da gens Quirina, centrada em Idenha, estendia-se para sul e sueste até à ponte de Alcântara, e ainda para além da ponte, sobre Cáceres e Trujillo que entre os romanos, foram respectivamente Castra Caecilia (Castri Célices ou simplesmente Castris) e Castro Júlia, duas cidades tributárias da colónia Norbense.

     A metrópole da colónia era, evidentemente, Idenha (Civitas Igaeditanorum), imediatamente a norte do rio Tejo.

     Cáceres figura no itinerário de Antonino Pio debaixo da forma Castris Célices, na via militar de Emerita à legio VII Gemina (Leão) com passagem do Tejo em Garrovillas onde, próximo, devemos situar Turmulos; e com passagem por Galisteo (ao pé de Plasência) onde verificamos as ruinas romanas de Rusticiana. Logo adiante, Banhos de Montemayor, junto a Bejar, onde teria existido a lusitana Capara. Depois Salamanca, Zamora, Leão.

     A via de Mérida a Leão transpunha longitudinalmente o país dos Vetões de que Ptolomeu falava.  

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