sábado, 28 de fevereiro de 2015

CIVILIZAÇÃO EGEIA


CULTURA CEROS-SIROS

     O período é caracterizado por uma grande quantidade de sítios  pequenos e de curta duração. Cada sítio parece possuir um cemitério extramural. Os edifícios escavados foram construídos com alvenaria pura e possuem dois andares. Também foram evidenciados (em Delos) edifícios menores organizados em quartos com os cantos arredondados. Alguns edifícios foram  construídos fora dos muros das fortificações.

     Os túmulos foram semelhantes aos da cultura Grota-Pelos,  no entanto, foram maiores. As tumbas são planas e variam de circulares para retangulares. Todas são construídas inteiramente na pedra e possuem uma entrada falsa de um dos lados. Os túmulos são fechados com grandes tampas. A maioria dos túmulos eram pobres. Em Amorgos foram encontradas armas nas sepulturas. Os mortos foram enterrados de forma contraída, geralmente para o lado esquerdo. Há preferência pela inumação simples, no entanto, inumações múltiplas foram atestadas.

     A cerâmica e a escultura foram inspiradas e desenvolvidas a partir de culturas adjacentes.
Existem três tipos de cerâmica: Cerâmica de padrão pintado: Cerâmica pintada em estilo preto e branco com ornamentos geométricos. As formas comuns  são a melhoria, a jarra de bico, o pixis e a xicara com pé; Cerâmica solidamente pintada: as formas típicas são molheiras e pequenas xicaras com pires; Cerâmica estampada e/ou incisa com preto e polida: cerâmica com ornamentos mais curvilíneos produzidos por carimbos circulares concêntricos, espirais e triangulares. As formas comuns são as jarras com pé, pixis globulares e as frigideiras do tipo "Siros" (não decorada com lado côncavo;  com alça dupla; decoração na parte principal com carimbos circulares concêntricos ou espirais, muitas vezes acompanhados por incisões de barcos e genitálias femininas). Vasos zoomórficos são atestados.

     Figurinhas com os braços dobrados aparecem pela primeira vez. Também foram encontrados harpistas masculinos sentados, jogadores masculinos sentados, jogadores masculinos de pé com tubos, mulheres sentadas em cadeiras ou bancos, um homem num banco com um copo levantado, guerreiros  vestindo um cinturão de couro sobre seus ombros e por vezes, segurando um punhal  e alguns tipos anómalos.

     Também foram produzidos vasos de pedra (xicaras com pé, etc.) e poucos vasos em forma de quadrúpedes ou aves. . Mármore branco e mármore cinza-azulado foram usados para a confecção frigideiras ou molheiras. Jadaítapolida foi a matéria-prima para xicaras em miniatura. A chamada xisto clorido era usada em vasos decorados com motivos em relevo baixo,  com espirais ou padrões de incisão, como espinhas de peixe e triângulos. Tais vasos assumiam a forma de pequenas caixas com tampa e pixides que imitam edifícios de vários tipos.

     Pinças, punhais, enxós, formões de anzóis foram produzidos com metais. Chumbo, cobre e prata foram os metais utilizados como matéria-prima.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

CIVILIZAÇÃO EGEIA


A  CIVILIZAÇÃO  EGEIA

     É um termo geral aplicado para as civilizações da idade do bronze da Grécia ao redor do mar Egeu. Há de factos quatro civilizações distintas, que se comunicaram  e interagiram-se a partir de suas regiões geográficas: Creta, Ciclades, Grécia continental  e Costa Anatólica.

CÍCLADES

CULTURA GROTA-PELOS

     A cultura Grota-Pelos foi a primeira cultura atestada nas cidades. Desenvolveu-se entre 3100/3000 - 2650 antes de Cristo. Esta cultura produziu os assentamentos Filácopi (Melos) e Grota (Pelos).

     Os edifícios desta cultura eram retangulares, com uma ou duas salas com paredes de pedra e argila. Os assentamentos foram pequenos povoados agrícolas. Os cemitérios da cultura são compostos por agrupamentos de até  cinquenta cistas (sepulturas). Estes grupos de túmulos representam grupos de parentescos de pequeno porte, na maioria dos casos, provavelmente, não mais que oa membros de uma única família, durante um período de cerca de 2 a 6 gerações. As inumações simples são comuns, no entanto, foram atestadas inumações múltiplas. Os corpos são enterrados contraídos, geralmente deitados para o lado direito.

     A cerâmica era escura e polida. As formas típicas eram tigelas com bordas enroladas e furadas horizontalmente, frigideiras (lateral reta decorada com uma ou mais linhas incisas enquadrando espirais; retangular com alça transversal; parte circular principal decorada com incisões em espiral em torno de uma estrela central), e pixides (vasos) cilíndricos.

     É grande a presença de vasos e estatuetas de mármore. Os tipos mais comuns de vasos são tigelas rasas, copos planos e frascos com pé. As estatuetas dividem-se em três tipos característicos: tipo Plastiras: as orelhas e rótulas  são proeminentes e as mãos permanecem sobre o estomago e os braços não são dobrados; tipo Louros braços curtos e fortes estendidos horizontalmente ao nível do ombro; tipo Esquemático: seixos ovoides ou elípticos, com forma de violino, haste como pescoço e sem cabeça reconhecível.
     Foram encontrados alguns fios de cobre, quatro furadores quadrangulares e um colar de contas de prata.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

CIVILIZAÇÃO AQUEMÉNIDA


ARSES OU ARTAXERXES IV

     Não se sabe muito a respeito, embora exista a possibilidade de que ele tenha morrido envenenado. 
     Durante o seu governo aumentaram as ameaças nas fronteiras com a Macedónia.

DARIO  III (Codomano)

     Subiu ao trono, dizem que, escolhido pelo vizir que envenenou o rei Arses. Era parente distante da família real.

     O rei adotou o nome Dario III e logo se tornou independente, governando por sua própria vontade. O problema é que o momento era de grande perigo por causa do poder macedónio.

     O rei Filipe II tomou as cidades gregas que estavam sob o domínio persa, mas foi assassinado e então parou o avanço  dos macedónios.

     Dario III foi derrotado pelo filho de Filipe da Macedónia, Alexandre Magno. E Alexandre tomou a Pérsia.
     Depois disso, em Gaugamela Dario III perdeu o controle da Babilónia. E ele fugiu, foi deposto e assassinado.

O FIM DO IMPÉRIO

     O império Aqueménida, com os seus primeiros governantes foi responsável por uma política até então desconhecida.

     Foi o primeiro dos grandes impérios e respeitar os direitos humanos, os direitos dos povos conquistados, sua religião e cultura.

     Esses primeiros reis governaram com justiça, paz e diplomacia, procurando crescer dentro de uma visão ampla e mais tolerante.

     É claro que não há conquistas sem guerras, sem derramamento de sangue, sem sofrimento dos vencidos.

     Os últimos governantes já não tiveram o mesmo brilho e não havia como resistir ao grande poder que surgia em suas fronteiras, chamado Macedónia.

     Em maio de 334 antes de Cristo Alexandre Magno foi vitorioso na batalha de Granico, daí em diante foi dominando as cidades persas até Dario III, rei da Pérsia, foi enfrentá-lo. Na batalha de Isso (333 antes de Cristo) Alexandre finalmente submeteu por completo o império persa.
     Afinal, não havia mesmo como resistir frente a um dos maiores génios militares da história
      

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

CIVILIZAÇÃO AQUEMÉNIDA


XERXES  II

     Filho e sucessor de Artaxerxes I, reinou apenas durante 45 dias e foi assassinado por seu irmão Sogdianus, que, por sua vez foi morto por Dario II.

DARIO  II (Notus)

     Notus, do grego, significa bastardo. Ocorre que com a morte de Xerxes II pelo irmão Sogdianus, esse irmão ilegítimo que era sátrapa na Hircânia (ao norte, no Mar Cáspio), se rebela e luta com Sogdianus até o matar.

     Ele adota o nome de Dario e nos registos de Nippur o seu reinado vem imediatamente após Artaxerxes.

ARTAXERXES  II

     Filho de Dario II.Que se envolveu em algumas guerras e revoltas, foi foi bem sucedido contra os gregos, mas teve sérios problemas com os egípcios.

     No seu reinado, o Egipto recuperou a independência com Amyrtaios e o império Aqueménida começou a ficar enfraquecido.

ARTAXERXES  III (Ochus)

     O seu reinado coincide com o de Filipe II da Macedónia e com o de Nectanebo II do Egipto. Ele foi um  sátrapa e comandante do exército antes de reinar.

     Inflismente, Artaxerxes  III já não praticava a politica dos primeiros governantes, usava de violência e crueldade.

     Lançou duas campanhas contra o Egipto, foi derrotado na primeira e isso causou-lhe uma série de problemas com os distúrbios no oeste do império.

     Na segunda investida ele derrotou o faraó, Nectanebo II que fugiu do Egipto para Núbia. No final do seu governo, a Macedónia de Filipe II já era uma grande ameaça às fronteiras do império Persa.

     É dito que Artaxerxes III morreu envenenado, mas há um tablete no Museu Britânico que regista a sua morte de causas naturais.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

CIVILIZAÇÃO AQUEMÉNIDA


ZOROASTRISMO

     Religião fundada por Zoroastro que também é conhecido como Zaratustra (grego). Zoroastro foi um profeta nascido na Pérsia na região de Ragha. O Zoroastrismo foi fundado por ele, baseado na existência de um deus único, e a luta eterna entre o bem  e o mal. Essa religião veio a substituir o Mazdeísmo praticado pelas tribos  que se espalhavam na região.

     Pregando a fé num deus supremo que tudo criou e a tudo guia, lançou as bases das grandes religiões monoteístas como o judaísmo, cristianismo e islamismo,

     Zoroastro foi perseguido, mas manteve a sua fé e a difundiu até que ela foi adotada pelos persas. No reinado de Dario I foi redigido o livro sagrado do zoroastrismo que se chama Avesta o Zend-Avesta.

CONHECENDO OUTROS REIS PERSAS

     XERXES I, era filho de Dario I. Enfrentou uma revolta no Egipto assim que subiu ao trono. Conseguiu debelar a revolta mas nunca deu importância ao Egipto, deixando o governo por conta de regentes e sátrapas. Ficou conhecido pelas tentativas frustradas de conquistar a Grécia.

     Na verdade , ele venceu os gregos na batalha das Termópilas, entrou em atenas onde saqueou e incendiou os santuários. Já se vê que esse rei não praticava a política de seu pai, de respeito e diplomacia. 

     Na batalha de Salamina a frota persa foi destruída e ele abandonou a sede de conquistas. Xerxes I morreu assassinado junto com seu filho Dário em 465 antes de Cristo.

ARTAXERXES I

     Era assim chamado por ter a mão direita mais comprida do que a esquerda, era filho de Xerxes. Artaxerxes é a forma grega do nome Ardashir o Persa. Esse rei enfrentou muitas revoltas, sendo que a rebelião no Egipto durou por volta de cinco anos.

     Ele foi morto na batalha de Papremis mas os persas mantiveram o controle do alto Egipto. No seu governo foram comuns os intercâmbios culturais com a Grécia e ele é lembrado com carinho nos livros de Ezra e Nehemias, porque autorizou a restauração do judaísmo. 

      

     

domingo, 22 de fevereiro de 2015

CIVILIZAÇÃO AQUEMÉNIDA


POLÍTICA, RESPEITO E ORGANIZAÇÃO

     O império persa, quando governado pelos reis mencionados  anteriormente, praticaram uma política completamente diferente daquilo que se conhecia na época. Os assírios, por exemplo, dominaram sempre usando a violência.

     Na época, o império persa aqueménida, foi o maior e mais poderoso, englobando uma quantidade de territórios, etnias, religiões e costumes que tornavam muito complicada a sua administração.

     Dario I foi o rei que teve a grande idéia de dividir o imenso território em satrapias (provícias). O número de satrapias vai variar durante um tempo, mas o seu principio foi a base do governo. O poder é delegado aos sátrapas, que são escolhidos pelo rei.

     Uma satrapia, de modo geral, era determinada por região ocupada por um povo especifico, por cidades autónomas ou outras características, era um governo dentro de outro governo. Por isso, os reis persas eram chamados Reis dos Reis.

     Havia  respeito pela religião, leis, costumes, língua de cada satrapia. Seu chefe deveria receber os impostos, promover a justiça e zelar pelo território sob sua responsabilidade, inclusive formando um exército para servir às necessidades do rei.

     Um sátrapa era auxiliado por um escriba e um general, ambos de confiança do rei  e que só obedeciam ao próprio rei. O rei também elege pessoas enviadas para observar e relatar tudo o que acontece em seu imenso reino. Essas pessoas são chamadas os olhos e ouvidos do rei.

     Sua obrigação é prestar contas do que acontece em cada satrapia. Portanto, esse homem de confiança de observar a política , a justiça e as finanças, mas também a limpeza, a qualidade de vida  do povo, a conservação das estradas, enfim o progresso do lugar.

     A partir de suas conclusões, o rei tanto podia premiar e elogiar um sátrapa pela boa administração, como punir, até  mesmo  com a morte, aquele que não estivesse desempenhando bem as suas funções ou estivesse tramando algo contra o trono.

     Dário I é ainda o resposável pela construção da Entrada Real, que ligava o império, pela  unificação da moeda e além de respeitar as religiões existentes, ele  também adotou o zoroastrismo.   

sábado, 21 de fevereiro de 2015

CIVILIZAÇÃO AQUEMÉNIDA


O EXÉRCITO DESAPARECIDO DE CAMBISES

     Ainda de acordo com  Heródoto, Cambises enviou um exército para sitiar o Oráculo de Amon no Oásis de Siwa. O exército de 50 000 homens estava no meio do caminho, em pleno deserto quando uma violenta tempestade de areia se formou e soterrou todos os homens, com seus armamentos e equipamentos e nunca mais  se soube deles.

     Ainda que muitos egiptóllogos veja essa história como lenda, muita gente procurou e ainda procura restos dos soldados.
     Com as escavações em busca de petróleo no deserto ocidental, os geólogos da Universidade Helwan encontraram as dunas próximas ao oásis literalmente cobertas de fragmentos de tecidos, adagas pontas de flechas e ossos humanos.

     Mohammed al-Saghir do Conselho Supremo de Antiguidades a quem os geólogos levaram a descoberta, acredita que podem ter pertencido ao exército desaparecido de Cambises. Caso seja verdade, será uma fonte de pesquisa sobre os guerreiros persas.

DARIO  I

     Era comandante no Egipto quando Cambises II governava, embora não fosse o sucessor oficial, quando o rei faleceu ele tomou o trono. Como guerreiro que era e parente distante de Ciro II, o conselho de nobres o reconheceu como rei.

     O início do seu reinado foi dedicado a pacificar o grande território e consolidar o seu poder. Aliando a força à diplomacia ele fortaleceu os seus domínios. Depois partiu para as conquistas, anexou o território onde hoje é o Paquistão, conquistou a Trácia e invadiu a Grécia mas foi derrotado em Maratona.

     Para os egípcios foi um bom governante, o segundo da 27ª dinastia, mas quando os persas foram derrotados em Maratona ficou claro que eles não eram invencíveis. Assim as rebeliões se intensificaram no Egipto, isso permitiu aos gregos  um descanso, pois Dario I estava ocupado em outra frente. O facto é que Dario I,  O Grande,  morreu em 480 antes de Cristo e não teve tempo de realizar mais conquistas.  

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

CIVILIZAÇÃO AQUEMÉNIDA


CONQUISTAS DE CIRO II

     Os medos e os persas eram indo-arianos e falavam línguas muito parecidas, portanto, quando Ciro II se rebela contra os medos, derrota  Astíages e se apodera do trono, para a população não há muita diferença.

     Os persas agora são os senhores de todo o território que formava o império da Média. Mas para Ciro II, é pouco. Ele conquista a Anatólia ocidental e o reino da Lídia e com a habilidade de um  grande estrategista, captura o país e mais tarde toma as cidades gregas.

     Agora, Ciro II, O Grande, deseja a Babilónia, a magnifica cidade que domina a Mesopotâmia. O rei da Babilónia, nessa época era Nabónidas, que além de impopular havia abandonado a capital e o culto a Marduk.

     Dessa forma, foi fácil para um governante e conquistador do calibre de Ciro II. Ele  se apresentou ao clero de Marduk como o escolhido para governar, prestando grandes homenagens ao deus  e com o apoio dos sacerdotes foi aclamado.

     A primeira capital  da Pérsia foi Pasárgada, hoje na província de Fars, Irão. Os persas mantinham várias capitais como Persépolis, Ecbatana, Susa.

     A construção de Pasárgada foiiniciada por Ciro, O Grande, e depois de sua morte ficou inacabada. A tumba de Ciro é o Monumento mais importante que restou, embora ninguém tenha provas de que a tumba foi de facto construída para o grande governante. Esse foi o bisneto de Aqueménes e fundador do império persa.

CAMBISES II

     Filho e sucessor de Ciro II, o Grande. Soldado assim como o pai e como era exigido de todos os reis persas aqueménidas.
     Havia um conselho de nobres  para confirmar o rei que privilegiava os guerreiros. O titulo do rei era Khshathra (guerreiro). Cambises já era um homem maduro ao subir ao trono.
     O Egipto que ele conquistou na Batalha de Pelusa. Tomou Méfins, a capital, aprisionou e deportou o faraó Psamético III.

     Heródoto conta histórias terríveis sobre esse rei, diz que foi um tirano, que destruiu os templos. Hoje, revista a história, é possível  que Heródoto como grego odiasse os persas e por  isso os tenha tratado de forma injusta.

     Ele teve inclusive o seu nome inscrito num cartucho como um faraó. Cambises foi o primeiro governante da 27ª dinastia egípcia, a dinastia de reis persas.

     Porém, é possível que Cambises tivesse algum problema mental porque a sua reputação histórica é das piores, inclusive como um maníaco que mandou assassinar seu irmão postulante ao trono e assassinou a própria esposa.

     Pode ser que as derrotas sofridas como no deserto da Núbia, onde as suas tropas morreram de fome sem sequer lutar e por ser um governante fraco, por não ter conseguido lutar contra  Cartago, isso tudo tenha desestabilizado mentalmente o rei. Diz Heródoto que Cambises II morreu em Ecbatana (Síria), hoje Hamath.   

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

CIVILIZAÇÃO AQUEMÉNIDA - PÉRSA


AQUEMÉNIDA

     Aqueménida é chamada a dinastia fundada pelo rei Aqueménes da Pérsia. No século VII antes de Cristo, na área onde hoje fica o Irão, houve um grande reino, o reino da Média. O rei Aqueménes era um governante menor que prestava tributo ao rei Média.

ELES CHEGARAM

     A região em questão é o planalto do Irão, entre o mar Cáspio e o golfo Pérsico. Por esta região já haviam passado diversos povos - os gutis, os cassitas, os elamitas e outros. No inicio do primeiro milénio antes de Cristo, diversas tribos indo-arianas vindasda região da Ásia central (onde estão hoje o Uzbequistão, Tadjiquistão e parte do Casaquistão) e do Cáucaso, entram no planalto do Irão e entre elas estavam os medos e os persas.

     As tribos medas ocuparam o norte do planalto, Ecbatana (actual Hamadã a sudoeste de Teerão) e os persas ocuparam  o sul, mais precisamente Fars ou Pars, de onde deriva a palavra Pérsia (hoje é uma das províncias do Irão, capital Shiraz).

     Há um registo assírio de 844 antes de Cristo, que se refere aos persas como parsu e aos medas como madai, localizando ambos na área do Lago Urmia (que fica na cidade do mesmo nome e hoje é capital da província do Azerbaijão).

     O facto é que os medas tinham sido dominados durante anos, tanto pelos citas como pelos assírios e como acontece às vezes, um grande homem, um guerreiro, um comandante carismático surge para mudar a história.

     Entre os medas, esse homem foi Ciaxares, que reinou entre 625-585 antes de Cristo. Ele uniu o seu povo, formou um exército e aliou-se ao caldeu Nabopolassar. Desta forma destruíram  Nínive a capital da Assíria. Medos e babilónios então dividiram o território assírio.

OS PERSAS

     Como já foi dito, as tribos persas ocuparam o sul do planalto do Irão. Na cidade de Anshan (hoje Tepe Malyan), o filho do rei Aqueménes, chamado Teispes, fundou um reino para ele e seu povo, mas continuavam dependentes dos medos.

     Após teispes, governaram Ciro I e CambisesI.
Cambises I casou-se com uma neta do famoso Ciaxares (governantes medo) e o filho deles foi Ciro II chamado o grande. Mas esta é outra história.

     Nesse momento, o grande império assírio ainda estava dividido entre medos e babilónios . Quem governava os domínios medos era Astíages, seu território ocupava o planalto do Irão, parte da Anatólia e da Libia.

     Nesse momento, por volta de 550 antes de Cristo o governante dos persas era Ciro II, um chefe que se destaca e vai ser o responsável por grandes conquistas. 

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

CIVILIZAÇÃO MICÉNICA


     ARQUITETURA

     O traço principal da arquitetura micénica são as cidadelas cercadas por muralhas imensas (chamadas ciclópicas). Argos, Micenas, Tirinto e Pilos eram cidades que tinham palácios fortificados e edifícios funerários.
     Como forma de defesa, só havia um caminho a seguir para chegar aos portões das cidades. Um belo exemplo é a Porta dos Leões, o mais famoso acesso a Micenas.

     As tumbas também são típicos exemplos da arquitetura desse povo, chamadas tholoi, são edifícios escavados na rocha, em planta circular e teto em forma de cúpula.

     O mais famoso túmulo do género é o Tesouro de Atreu, nome dado por Schliemann em 1876-1877, e lá, foram encontrados copos, colares e máscaras mortuárias em ouro.

     Em outras tumbas também foram encontradas adagas, espadas, escudos e capacetes.

ARTES

     A civilização micénica sofreu grande influência de minóica em Creta, nos motivos naturalistas e no estilo dos palácios. Acredita-se que havia artistas cretenses entre os micénicos pelo estilo de arte nas cerâmicas e na pintura.

     Tipicamente micénicas, foram as cenas de guerra, as cenas heróicas ou as caçadas do rei e as mascaras mortuárias em âmbar e ouro.

RELIGIÃO

     Ao que parece, foram os micénicos que aboliram a figura da deusa-mãe como principal divindade de culto.
     Para os micénicos o deus  maior era Poseidon, que, curiosamente, eles adoravam como deus da terra. As divindades femininas eram respeitadas cada qual dentro da sua atribuição, como vamos ver mais tarde na Grécia, Atenas, Hera, etc.

     No final da época micénica, o deus principal passou a ser Zeus que era o protetor da dinastia real de Micenas.

DECLÍNIO

     É possivel que a expansão da civilização micénica tenha sido causada pela aridez da península grega, a dificuldade de lidar com a agricultura deve ter impulsionado esse povo a procurar novas paragens. Assim, chegando a Creta, eles tiveram oportunidade de crescer e difundir a sua cultura.

     A decadência micénica pode ter sido causada por povos invasores, talvez por causas naturais ou crises internas, na realidade, não se sabe ao certo.

     A tradição atribui o desaparecimento dos micénicos à chegada dos dórios. O que ocorre é que com a decadência da civilização micénica, acada o poder marítimo de Creta, a ilha divide-se em cidades-estado e torna-se uma parte sem importância no mundo grego. 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

SOCIEDADE


     Havia um rei ou senhor e um militar no comando.
Aparentemente, havia logo abaixo do rei uma aristocracia militar, que era dona de vastas extensões de terras.

     A base da sociedade micénica eram os trabalhadores livres e os escravos. Nas tabuinhas não há menção aos comerciantes, portanto ainda não se sabe onde eles se encaixavam na pirâmide social. O que se sabe é que a sociedade micénica era essencialmente guerreira e seus palácios e cidades rodeados de altos muros.

ECONOMIA

     As sua riquezas principais eram o trigo, o azeite e o vinho. Havia indústria textil de linho e lã, a metalurgia do bronze (armas) e também a cerâmica. Sem dúvida a agricultura era básica. A economia era centralizada na figura do rei.

COMERCIANTES E GUERREIROS

     Através dos achados arqueológicos, sabemos que havia um comércio desenvolvido uma vez que as vasilhas micénicas foram encontradas na Ásia Menor, Síria, Egipto e na Itália e também na Península Ibérica.
     Os micénicos destacaram-se na navegação, aprendida primeiro em Creta com os minóicos, inclusive nas suas embarcações eram no início, muito parecidas.

     Com o tempo, o povo guerreiro adaptou os barcos de carga de modo que, com cascos mais longos e mais finos, serviam  perfeitamente como embarcações de combate. Construíram até mesmo quiquerremes, navios de guerra com cinquenta remos.
     Na metalurgia, o ferro começava a substituir o bronze em armas e ferramentas.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

MICENAS


     Micenas, a cidade de Agamenon que, de acordo com Homero, foi o mais importante dos reis gregos que lutaram contra Tróia, que foi encontrada por Heinrich Schliemann em 1876.

     A fé desse fabuloso explorador alemão, nas tradições de Esquilo e de Pausânias, que havia deixado uma descrição do lugar, fizeram com que escavasse num local onde ninguém  esperava encontrar nada.

     No entanto, ele encontrou esqueletos, jóias, armas, taças e vasos, um enorme tesouro que na verdade, pertencia de facto a Micenas, mas era muito anterior a Adamenon. Mesmo assim, ele acreditou que a máscara de ouro de algum príncipe micénico fosse  a cópia do rosto de Agamenon, e assim até hoje ela é conhecida.

     O facto é que estava descoberta Micenas e os estudiosos puderam trazer à luz do dia, toda a toda a história de uma civilização.

     O povo micénico esta documentado em Creta entre 1450 e 1400 anos antes de Cristo, Esse povo é originário da Grécia continental e já se relacionava comercialmente com os minóicos que viviam em Creta.

     Em aproximadamente 2000 anos antes de Cristo na Ilha de Creta havia aldeias de camponeses, em cada aldeia havia um chefe, que era respeitado por todos e que cobrava os impostos.

     Um povo indo-europeu, os Aqueus, vindos à Grécia Continental ajudou  no declìnio do poder dos reis além da catástrofe ocoprrida em 1750 anos antes de Cristo que impediu o crescimento de vários palácios.

     Aqueus e Cretenses entraram  em contacto e os aqueus aprenderam além da escrita agricultura e navegação. Esse período foi chamado  de Creto-Micínico por causa da criação das civilizações de Crta e Micénica.

LINEAR  B

     Foi nesta língua que os micénicos deixaram seus arquivos de tabuinhas. Encontrados em Pilos, esses arquivos foram decifrados pelo perito Michael Ventris, que durante a Segunda Guerra Mundial haviam trabalhado para a descodificação.

     Em 1952 ele decifrou o Linear B,  a língua dos micénicos que ficou provado que se tratava de uma forma inicial do grego.

     É possível que o povo micénico tenha adaptado a língua dos minóicos (linear A) para escrever o grego, sua língua original.

     Tememos então, que essas tabuinhas descobertas em Pilos e em Cnossos demonstraram ser registos de produtos distribuídos, listas de subordinados, inventário da matéria prima que saía do palácio para voltar como bens manufacturados. Também há registos de armas e até carros de guerra. 

  

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

DECLÍNIO


     Como vimos acima, o Egipto sofreu diversos períodos conturbados, viveu sob povos  invasores e mesmo assim conseguiu se reerguer algumas vezes.

     Mas, depois da invasão dos assírios  e dos persas, especialmente depois da segunda ocupação persa, já não havia restado quase nada do magnífico império egípcio.

     Infelizmente Alexandre Magno não viveu para governar o Egipto e a dinastia dos Ptolomeus nada tinha a ver com os gloriosos faraós egípcios.

     Dessa forma o país foi dominado definitivamente por Roma, deixando apenas a história para contar as suas glórias passadas.

CIVILIZAÇÃO MICÉNICA

     O Micénicos vieram do centro da Europa para a península grega. foi um longo caminho, atravessando  montanhas, para chegar a uma terra que nem era tão extensa e era pouco propícia para ser cultivada.

     Como uma grande área era ocupada por campos,  que quase não tinham pasto para a criação de gado, o que havia eram as oliveiras e as vinhas.

     De certo, para assegurar a sua sobrevivência e o seu futuro, o povo micénico voltou-se para o mar. Afinal a Grécia é uma terra que entre pelo mar e isso fez com que o mar fosse o caminho  natural a seguir.

     Assim, os micénicos conquistaram Creta e aos poucos tornaram-se poderosos e grandes  comerciantes, sendo que a cidade de Micenas, que dá nome à civilização que se tornou a mais poderosa cidade grega.

     Muito do que se sabe sobre a cultura micénica sobreviveu na Ilíada e na Odisseia, foi graças a Homero, Esquilo e Pausânias, que Micenas foi encontrada, assim como Tróia, com quem os micènicos mantinham intenso comércio.  

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

ARTES E CIÊNCIAS


          Vamos começar pela arquitetura, que salta aos olhos pela sua beleza e monumentalidade. Os egípcios foram construtores inigualáveis, basta olhar para a única maravilha do mundo antigo ainda de pé: as pirâmides de Giza. A grande esfinge, também é um monumento que inspira uma série de dúvidas e hipóteses.

     Os templos são um exemplo de  arquitetura magestosa voltada para o divino, Karmak o maior deles, Abu Simbel, Kom Ombo, o Templo de Luxor e outros.

     A escultura foi durante a civilização egípcia uma forma de glorificar os deuses e o faraó. Ramesés II foi responsável por estátuas imensas como os colossos de Memnon, suas estátuas na frente do templo de Abu Simbel, e a sua estátua no Ramesseum. Existe um legado deslumbrante em estátuas de deuses e faraós de diversos períodos, que demonstram o talento artístico do povo.

     Não se pode deixar de citar o túmulo da rainha faraó Hatshepsut, chamado de Djeser Djeseru ou o Esplendor dos Esplendores, é  considerado uma das obras mais importantes da arquitetura do antigo Egipto.

     A pintura foi muito explorada na decoração dos túmulos e templos. Os egípcios sabiam como usar as cores com gosto e trataram os factos do dia a dia com detalhes. Os túmulos são os locais onde as pinturas ficaram mais preservadas e podem ser apreciadas em toda a sua glória.

     Os egípcios foram mestres na fabricação de vasos e tigelas, tabuleiros para jogos, recepientes para maquilhagem, jóias finas e delicadas usando pedras coloridas, amuletos, pequenas figuras usadas para colocar nos túmulos chamados ushabtis.

     A literatura, por sorte, sobreviveu ao tempo de modo que temos  vários textos do Livro dos Mortos, algumas obras como hinos religiosos, romançes e concelhos. Havia o desenho  satírico e critica social, além de documentos com listas de impostos e oferendas.

     Na fase de Amarna ou no reinado de Akhenaton, a arte pictórica se mostra mais naturalista, completamente diferente do que havia sido feito até então. Dessa fase temos uma das mais belas e admiradas esculturas do mundo que é o busto de Nefertiti, esculpido pelo artesão Tuthmose (Museu de Berlim).

     Nas ciências é preciso citar a astronomia: criaram o calendário de 365 dias, sabiam o movimento de algumas estrelas. Construíram reservatórios de água e canais de irrigação para levar as águas do Nilo para locais distantes, fizeram diques e nilómetros para medir as cheias do rio.

     Na medicina os egípcios deixaram diversos tratados e estudos que comprovam o avanço dos tratamentos, havendo até mesmo especialistas em algumas áreas. 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

FARAÓS E DINASTIAS


     Na realidade os egípcios não chamavam o seu rei de faraó. A palavra faraó é a pronúncia do hebreus para a palavra egípcia per-aa que significa Casa Grande.
  
     O título do Rei do Egipto era Nisu.

O rei, com poucas execuções na história era sempre do sexo masculino, mas herdava o título de sua esposa, portanto a legitimação ao trono vinha através da mulher, que podia até ser irmã do rei. Vamos datar a primeira dinastia de 3000-2650, antes de Cristo até o ultimo período mencionado que é o período greco-romano, vai de 332 antes de Cristo a 642 Depois de Cristo. Existem muitas discussões sobre as datas e os reis de cada dinastia mas vamos partir do princípio de que durante esse tempo, decorreram todos os períodos mencionados acima, sendo que algumas dinastias foram interrompidas por disputas internas ou invasões estrangeiras.

RELIGIÃO E TÚMULOS

     Parte determinante da cultura egípcia, graças aos hábitos e crenças religiosas temos hoje informações precisas sobre a vida no antigo Egípto. Os túmulos dos mortos  contam  a história da vida.

     Desde o início da ocupação do vale do Nilo, o povo já acreditava em deuses, que eram forças da natureza, assim  como o próprio rio. Com o desenvolvimento da civilização, esses deuses foram tomando forma e se criou toda uma metodologia em tornos deles.

     Assim, para reverenciá-los  foram construídos templos e toda uma casta de sacerdotes era tratada de forma especial. Os  sacerdotes tornaram-se tão poderosos que interferiam nos assuntos do Estado e possuíam grande riqueza, muitas das terras e sem dúvida o respeito do povo, pois lidavam  com o que era divino.

     Devido a crença numa vida após a morte, era preciso  preparar uma sepultura com todo o conforto para o morto poder desfrutar da vida noutro plano. Era primordial conservar o corpo físico em perfeito estado e era preciso também receber as bênçãos dos sacerdotes foi esse o grande motivo para fazer a mumificação, e eles foram  tão preciosos nessa  técnica que há muitos corpos bem conservados até hoje.

     Os faraós foram sepultados com grandes tesouros, que possivelmente foram todos roubados pouco depois  do sepultamento.

     As famosas pirâmides são conhecidas como túmulos embora isto não seja provado.