domingo, 28 de maio de 2017

CONTINUAÇÃO DO PALEÓLITICO DA PENÍSULA IBÉRICA


     Há cerca de 200 000 anos, durante o paleolítico inferior, os neandertais chegaram à penísula, por volta  do ano 70 000 antes de Cristo, no paleolitico Médio, iniciou-se a última glaciação e a cultura mousteriana neandertal estabeleceu-se, a cerca de 35000 anos antes de Cristo, durante o paleolitico superior, a cultura neandertal  Châtelperroniana vinda do sul de França estendeu-se ao norte da Penísula Ibérica. 
     Esta cultura perdurou  até 28000 antes de Cristo, quando o homem do neandertal  se extinguiu, sendo o seu último refúgio o território do actual Portugal. O homo sapiens continuaria a ocupar a península ao longo dos períodos Mesolitico e Neolitico.
     Foi sobretudo no Paleolitico Superior que se desenvolveram as primeiras expressões artísticas em solo português devido a um rigoroso período de glaciação que se verificou nesta época.
     Em 1994, foi achado em Portugal o maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje: Há 20 000 anos, o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do vale do Côa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal, os Sítios  de arte  rupestre do Vale do Côa  situam-se ao longo das margens  do rio Côa, sobretudo  no municipio de Vila Nova de Foz Côa.
     Formam uma rara concentração de arte rupestre composta por gravuras em pedra datadas do Paleolitico Superior (22000 - 10000 antes de Cristo), constituindo o mais antigo registo de actividade humana de gravação existente no mundo.
     Entre os achados mais importantes está a gruta de Altamira, na Cantábria (Espanha), na qual se conserva um dos comjuntos pictóricos mais importantes de toda a Prá-História. Pertence  aos chamados períodos Magdaleniano, entre 16 500 e 14 000 anos atrás e o Solutreano de 18 500 anos  atrás, dentro do Paleolitico Superior, o seu estilo artistico constitui a denominada escola franco-cantábrica, de que faz parte a notável gruta de Lascaux, caractrizada pelo realismo das figuras representadas.
     À parte destes existem outros locais onde a arte das cavernas e ao ar livre se destacam, concentrando-se, na sua maioria, na Estremadura, mais precisamente na Penìsula de Lisboa, tais como a gruta do Escoural, Montemor o Novo, Mazouco. Temática da pintura foca sobretudo episódios do dia-a-dia, como por exemplo uma caçada ou uma batalha com uma tribo inimiga. As gravuras são muito simples, zoomorficas e monocromáticas. Durante este período não existem quaisquer vestígios arquitectónicos devido à natureza nómadadas tribos. 

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