quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

CAMBISES TORNA-SE REI DA PÉRSIA


Com a morte de Ciro II, o Império Aqueménida passou legalmente para o filho mais velho do conquistador, Cambises ou Cambúsia, homem maduro quando da morte do seu pai. Ele já havia governado a Babilónia, porém era outra coisa governar o maior reino do mundo.

     Para lhe criar o contexto adequado, dois acontecimentos  preliminares foram necessários: Um foi garantir para ele a sucessão contra os rivais; o outro, assegurar a continuidade da linhagem, no advento da sua própria morte. Ambos eram questões de familia. O principal desafiante  do seu governo era o irmão mais novo, Esmérdis,  ou Bárdia, pelo visto com demasiada popularidade para a tranquilidade  de Cambises, homem severo e pouco apreciado. 

     Conta-se que Cambises mandou  esfolar um dos seus juíses por corrupção e fez  com que a pele do homem fosse esticada sobre a sua cátedra de juíz. Para um homem de semelhante reputação, não era difícil resolver a questão de um irmão problemático. Esmérdis desapareceu sigilosamente. O escabroso facto estava na tradição real do assassinato, mas o caso foi silenciado.

     Enquanto isso, a segunda consideração, a produção de um herdeiro cujos laços estivessem inteiramente dentro da familia, foi regulada por outro reputado costume tradicional. Os reis persas, como, aliás, outros predecessores, frequentemente se casavam com as suas próprias irmãs, na busca de uma descendência pura. Cambises casou-se com duas suas irmãs, Atossa e Roxana.

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