segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

GUERRA - IRÃ - IRAQUE


CONTINUAÇÃO: ...

     Em 1980, o País entrou em guerra  com o Iraque, cujo governo havia ocupado umas áreas em litígio nas margens do Chatt El-Arab.
     O conflito causou grande destruição em ambos os países que terminou apenas em 1988. Mas as fronteiras que foram o objecto da disputa, permaneceram inalteradas. Estima-se que morreram cerca de 400 mil iranianos e 300 mil iraquianos.

A  INSTABILIDADE  POLÍTICA:

     A revolução Islâmica logo degenerou numa luta pelo poder em que se confrontaram  os aiatolás, partidários da instalação de um regime teocrático, e as forças civis, defensoras da separação entre o Estado e a Mesquita.

     Em Julho de 1981 ocorreram combates entre  a Guarda Revolucionária, e a milicia ligada aos aiatolás, e os Combatentes do Povo, mujahedin de esquerda. O presidente Bani-Sadr, que se havia aliado aos mujahedin, foi destituído pelo Parlamento e exilou-se na França. Os mujahedin tentaram  uma insurreição e foram esmagados num conflito em que morreram cerca de 13 mil pessoas.

     Os rebeldes reagiram com uma campanha terrorista na qual foram assassinadas altas autoridades. Em 1983, a repressão atingiu o Partido Comunista Tudeh, com o qual o regime de Khomeini convivia pacificamente. Os principais dirigentes comunistas foram presos e o partido foi declarado ilegal.

A INSTABILIDADE ECONÓMICA:

     Os problemas económicos, agravados pela queda do preço do petróleo, trouxeram à tona as divergências entre os aiatolás. A ala mais moderada os chamados  pragmáticos, pregavam o abandono da política isolacionista e a aproximação ao Ocidente, visando obter recursos para desenvolver o País. A corrente radical opunha-se às influências externas. O predomínio dos radicais expressou-se na sentença de morte decretada pelo aiatolá Khomeini, em 20 de Fevereiro de 1989, contra o escritor anglo-indiano Salman Rushdie, cujo livro, Versos Satânicos, foi considerado ofensivo ao Islã.
CONTINUA: ...

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