sábado, 15 de novembro de 2014

HISTÓRIA E FORMAÇÃO DE PORTUGAL

     Os Muçulmanos ou Mouros chegaram à Península Ibérica no século VIII depois de Cristo (ano de 711), provocando, juntamente com outros povos bárbaros, o declínio do Império Romano.

     Os monarcas dos reinos cristãos que conseguiram resistir à invasão, organizaram-se a Norte a fim de expulsarem os Muçulmanos para o Norte de África. E então começou a reconquista.

     A Reconquista Cristã  foi feita a partir das Astúrias e outros núcleos de resistência que se formaram junto dos Pirenéus e foi feita com o objectivo de recuperar/reconquistar as terras perdidas para os Muçulmanos.

     A Reconquista foi lenta , com muitos avanços e recuos, com muitos períodos de guerra  mas também de paz, momentos em que havia convivência entre os dois povos. 
     No início do século XI já se tinham formado vários reinos cristãos:  Tais como Leão, Castela Navarra e Aragão.
     Os Reis cristãos estavam fracos militarmente e para os auxiliar nas lutas contra os Muçulmanos pediram o auxilio a outros monarcas europeus, os quais lhes enviaram homens para os ajudar no combate aos Mouros.

     Entre os muitos guerreiros que os vieram auxiliar, destacaram-se dois: D. Henrique e D. Raimundo, que auxiliaram o rei de Leão D. Afonso VI. E como recompensa. D. Afonso VI, deu a mão de sua filha D. Teresa a D. Henrique e um território para ele governar - o Condado Portucalense, e deu a mão de sua filha D. Urraca a D. Raimundo e o Condado da Galiza para ele Governar.

     O Condado Portucalense, durante vários anos, D. Henrique governou o Condado Portucalense, mas sempre subjugado ao rei de Castela D. Afonso VI. Tentou tornar-se independente, mas morreu sem o conseguir (1112), e quem ficou a governar o Condado Portucalense foi Dª. Teresa, uma vez que o filho de ambos, Afonso Henriques, ainda  era muito novo para governar (tinha apenas 4 anos).

     No início, todos aceitaram que Dª. Teresa ficasse a governar. Mas as suas decisões não agradavam a todos, uma vez que Dª. Teresa pretendia formar uma aliança com a Galiza, o que provocou o descontentamento de muitos nobres portucalenses. Assim D. Afonso Henriques organizou um pequeno exército e derrotou o exército de sua mãe na Batalha de S. Mamede, em 1128, perto de Guimarães.

     A Autonomia do Condado Portucalense, após derrotar o exército de sua mãe, D. Afonso Henriques passou a governar o Condado Portucalense, Tinha como principais objectivos:
     A Independência do Condado Portucalense, em relação ao Reino de Leão e Castela , tinha para isso de lutar contra o seu primo D. Afonso VII.
     O alargamento do território do Condado Portucalense para sul , conquistando terras aos Mouros, D. Afonso VII, não queria que o Condado Portucalense se tornasse um reino independente. Mas depois de muitas lutas com D. Afonso Henriques, assinam um tratado ( O TRATADO DE ZAMORA em 1143), em que D. Afonso VII, reconheceu a independência do Condado Portucalense e D. Afonso Henriques como seu Rei. Estava assim formado um novo reino - O reino de Portugal, que tinha em D. Afonso Henriques o seu primeiro Rei.

     Quando se formava o reino, era necessário que o Papa reconhecesse a sua independência e confirmasse o título de rei ao primeiro monarca. O reconhecimento papal só aconteceu em 1179, com o  Papa Alexandre III, através do documento Bula Manifestis Probatum.

   O Alargamento do Território, tendo atingido um dos objectivos, o reconhecimento de Portugal como reino por seu primo D. Afonso VII, era altura  de D. Afonso Henriques atingir outros dos seus objectivos - O alargamento do território do reino para o sul.
     Assim no reinado de D. Afonso Henriques ocorreram várias conquistas como: a Conquista de Leiria em 1145, conquista de Santaré e de Lisboa em 1147, a de Alcaçer do Sal em 1158, a de Beja em 1162 e a de Évora em 1165.
     Quando D. Afonso Henriques morreu em 1185, eram já muitos os territórios conquistados aos Muçulmanos.  E.M.

      

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