segunda-feira, 24 de novembro de 2014

PRIMEIRAS EXPEDIÇÕES NO ATLÂNTICO


A conquista de Ceuta em 1415, é geralmente referida como o início dos "descobrimentos Portugueses".  Nela participaram os Infantes D. Duarte, D. Pedro e o Infante D. Henrique que a partir de então dirige as primeiras expedições no Atlântico, como  investimento do Reino de Portugal através de templária Ordem de Cristo e do seu próprio património pessoal.

     As primeiras navegações estão associadas à sua figura a partir da base que, saindo do porto de Castro Marim que tinha sido a primeira sede da referida ordem militar e da qual  ele era o grão-mestre, estabeleceu em Lagos e em Sagres, onde foi acompanhado por um grupo de cartógrafos, astrónomos e pilotos.

     Além dos interesses materiais, o príncipe cristão ambicionava ao estabelecer uma aliança com o Preste João, um príncipe cristão que governava as terras da Etiópia Graças a essa aliança, pensava-se recomeçar as cruzadas, mas numa escala planetária, alcançar o Paraíso (o Eden) do qual esse rei africano era o guardião e expulsar os muçulmanos da Terra Santa para alcançar a Idade do Ouro e Jerusalém Celeste. Após a conquista os infantes foram armados cavaleiros pelo rei.

     Por trás deste movimento, como dirigente governativo, estava seu irmão infante D. Pedro, 1º.
duque de Coimbra assim como um vasto grupo de religiosos cristãos e judeus,  mercadores e armadores profissionais, interessados e participantes nas navegações, responsáveis  por uma série importante de iniciativas a que o navegador aderiu. Entre eles o seu aventureiro sobrinho navegador, Infante D. Fernando, duque de Beja, pai de D. Manuel I, que deu toda a continuidade a esses intentos.

     Descoberta da Ilha da Madeira em 1418, ainda no reinado de D. João I,  e sob o comando do Infante D. Henrique dá-se o descobrimento da ilha de Porto Santo por João Gonçalves Zarco e mais tarde da ilha  da Madeira por Tristão Vaz Teixeira. Trata-se de um redescobrimento pois já havia conhecimento da existência dessas ilhas no século XIV, segundo revela a cartografia da mesma época, principalmente em mapas italianos e catalães. Tratava-se de ilhas desabitadas que pelo seu clima, ofereciam possibilidades de povoamento aos portugueses e reuniam condições para exploração agrícola.

     Os arquipélagos da Madeira e das Canárias despertaram, desde cedo, o interesse tanto dos Portugueses como dos Castelhanos, por serem vizinhos da costa africana, representavam fortes potencialidades económicas e estratégicas. A disputa destes territórios deu origem ao primeiro conflito ibérico motivado por razões expansionistas que só terminou com a assinatura do tratado das Alcáçovas-Toledo em 1479.

     Os Açores em 1427, dão-se os primeiros contactos com o arquipélago dos Açores por Diogo de Silves. Ainda nesse ano é descoberto o grupo oriental  dos Açores, São Miguel e Santa Maria. Segue-se o descobrimento do grupo central - Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial). Em 1452 o grupo ocidental (Flores e Corvo) é descoberto por Diogo de Teive.       

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