terça-feira, 3 de março de 2015

CIVILIZAÇÃO EGEIA


MINOANO  ANTIGO

     A introdução do cobre e seu uso para ferramentas e armas, marca o fim do neolítico em Creta. Aldade do Bronze em Creta começou em 2700 antes de Cristo. A tese de Arthur Evans de que a introdução de metais em Creta é devido a imigrantes do Egipto agora é passado. Outras teorias argumentam em favor da instalação de colónias no norte da África e na Ásia Menor, no entanto, os dados arqueológicos não suportam estas hipóteses, nem mesmo os dados antropopógicos não suportam a chegada de novas populações naquela época.

     A teoria actual é a favor de que a região do mar Egeu inteiro estava naquela época habitada por um povo chamado de pré-helénico ou egeano. O Egipto parece estar muito longe de exercer uma grande influencia naquela época. Pelo contrário, a Anatólia foi quem desempenhou um papel convincente no início da arte dos metais em Creta.

     A disseminação do uso do bronze no mar Egeu está ligada a grandes movimentos populacionais na costa  da Ásia Menor para Creta, ciclades e o sul da Grécia. Essas regiões estavam entrando em uma fase de desenvolvimento social e cultural, marcado principalmente pela expansão das relações comerciais com a Ásia Menor e Chipre.

     No entanto, a civilização neolítica continuou especialmente na primeira parte do período. Assim podemos ver, especialmente, as mudanças mais em termos de organização, melhoria das condições de vida e em termos de tecnologia.

     A partir deste momento, Creta viveu a transição de uma economia puramente agrícola para uma mais evoluída, o resultado do comércio marítimo com outras regiões do Egeu e do Mediterrâneo Ocidental. Com a sua frota marinha, Creta ocupa um lugar de destaque no Mar Egeu. A utilização de metais aumenta a transação com os países produtores.

     Os cretenses procuravam cobre do Chipre, ouro do Egipto, prata e obsidiana das Ciclades. Os portos estavam crescendo para grandes centros sob influência do aumento das actividades comerciais com a Ásia Menos. A importância do mesmo para Creta explica a preponderância da parte oriental da Ilha. Centros na parte oriental da Ilha (Vasiliki e Mália) começam a notabilizar-se. Sua influência espalha-se pelo resto da Ilha dando origem a novos centros, entre eles Amnisos, Cnossos e Festo.

     Os centros de Cnossos, Festo e Calatina são ligados por uma estrada erigida ao longo da Ilha. Parece que a partir do minoano antigo, aldeias e pequenas cidades tornaram-se abundantes e as fazendas isoladas são raras.

     No final do III milénio antes de Cristo, várias localidades na Ilha desenvolveram-se em centros de comércio e trabalho manual, devido a introdução do torno na cerâmica e na metalurgia de bronze, a qual se acrescenta um aumento da população (densamente povoada), especialmente no centro-oeste. Além disso, o estanho da Espanha e Gália, assim  como a chegada na Cornualha da Secília e do Mar Adriático e o comércio com estas regiões, começaram afrear o comércio oriental.

     No âmbito da agricultura, é conhecido através das escavações que quase todas as espécies conhecidas de cereais e leguminosas são cultivados e todos os produtos agricolas ainda hoje conhecidos como o vinho, uvas, óleo, azeitonas, já ocorriam nessa época. O uso da tração animal na agricultura é introduzida. As habitações mais características do período são encontradas em Vasiliki e em Mirtos de lerápetra. Foram encontradas necrópoles em Arjanes, Crysólaco, Mália, Palaécastron e Zakros.

     Túmulos abobados, conhecidos como tolo, são encontrados principalmente no sul da Ilha, especialmente no Planalto Messara,  onde 75 (sendo 95 ao todo) túmulos deste tipo foram detectados. Da idade do Bronze inferior (3500 antes de Cristo a 2500 antes de Cristo), a  Civilização Minoica em Creta mostrou um promessa de grandeza.  

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