quarta-feira, 4 de março de 2015

CIVILIZAÇÃO EGEIA


MINOANO MÉDIO

     Em torno de 2000 antes de Cristo, foram construídos os primeiros palácios minoicos. Estes edifícios são a principal mudança do minoano médio. Como resultado da fundação dos palácios, houve a concentração de poder em alguns centros, impulsionando tanto acontecimentos externos, como o desenvolvimento económico e social.

     Os primeiros palácios são Cnossos, Festo e Mália e estão localizados nas planícies mais férteis da Ilha, permitindo que seus proprietários acumulassem riquezas, especialmente agrícolas, como evidenciados pelos grandes armazéns para produtos  agrícolas encontrados nos palácios.

     Esse período de mudanças permitiu que as classes superiores continuamente praticassem actividades de liderança e ampliassem a sua influência. É provável que a original hierarquia das elites locais foi substituída por uma estrutura monárquica do poder, onde os palácios eram controlados por reis - uma pré-condição para a criação de grandes palácios. O sistema social era provavelmente teocrático, sendo o rei de cada palácio o chefe supremo oficial e religioso.

     Fontes escritas dos povos do Oriente indicam  que o mar Egeu  e a Ásia Menor passaram por uma reviravolta causando uma reação cretense. Com o poder concentrado, os minoicos poderiam melhor lutar contra os perigos de fora.

     A aparição dos palácios contrasta com o aparente declive das civilizações cicládica e heládica, e surpreende em uma ilha que não havia tido o desenvolvimento artístico das Cidades, nem a organização económica de certos lugares do Peloponeso, como  Lerna. A localização dos palácios corresponde a grandes cidades que existiram durante o pré-palaciano.

     Cnossos controlava a região rica do centro-norte de Creta, Festo dominou a área de várzea em Messara, e Mália o centro-leste. Nos últimos anos os arqueólogos falam de territórios  bem delimitados ou estados, um fenómeno novo na área grega.

     A realização de trabalhos importantes são indícios de que os minoicos tinham uma divisão bem sucedida do trabalho, e tinham uma grande quantidade deles. Escravidão e práticas de trabalho forçado exercidas no Oriente eram, provavelmente, utilizadas em Creta. Finalmente o sistema borocrático e a necessidade de um melhor controle de entrada e saída de mercadorias formaram as bases  sólidas para esta civilizaçãol.

     Com o tempo o poder dos centros orientais começa a eclipsar, sendo estes substituídos pelo ascendente poderio dos centros interioranos e ocidentais. Isto ocorreu, principalmente, por distúrbios politicos na Ásia (invasão cassita na Babilónia, expansão hitita e invasão hicsa no Egipto) que enfraqueceram o mercado oriental, motivando um maior contacto com a Grécia continental e as Ciclades.

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