A surpresa foi geral: D. Afonso Henriques fixou-se em Coimbra. Uma sondagem para conhecer a opinião publica sobre o assunto, conduziu aos seguintes resultados:
O infante afastou-se de Guimarães, para se libertar da pressão da grande nobreza senhorial do Norte Para conduzir melhor a guerra contra os infiéis e ficar mais perto do teatro das operações militares.
Para fortalecer a ligação do território do sul do Douro: Para ali melhor lutar contra o moçarabismo, que é muito intenso naquela região.
Para proteger os concelhos do Sul na luta contra os mouros. Mas ficamos com a impressão de que a maioria considerava positiva esta medida do Infante, porque vai contribuir para uma maior estabilidade territorial e para uma crescente influência das gentes dos concelhos (cavaleiros-vilãos e peões), os que combatem a cavalo e os que combatem a pé.
Tudo indica que foi um passo decisivo para a unificação dos condados de Portucale e de Coimbra.
DOIS PRIMOS RIVAIS
Em 26 de Maio de 1135, o Rei de Castela e Leão Afonso VII, foi solenemente coroado imperador, na catedral de Leão, onde compareceram os Reis da Península, só o seu primo Afonso Henriques não esteve presente, esta coroação reveste-se da maior importância política. O monarca submeteu os grandes senhores de Castela. Ocupou várias terras do Reino de Aragão. Obteve vassalagem do Rei de Navarra, dos condes de Barcelona e dos condes de Tolosa e Montpellier. Consolidou fortemente a sua autoridade.
Segue-se com a maior atenção a atitude de seu primo Afonso Henriques, que sempre se tem mostrado rebelde.
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