sábado, 20 de setembro de 2014

                                                              LUÍS VAZ DE CAMÕES

     Poeta Português de ascendência galega, ramificada em Coimbra, Alenquer e outras povoações limítrofes, ignora-se qual a povoação da sua naturalidade. Apenas se sabe que nasceu em 1525,  e tudo indica que tenha estudado em Coimbra, onde era chanceler da Universidade  seu tio D. Bento de Camões, prior do Mosteiro de Santa Cruz, Já em Lisboa conviveu com personagens importantes da corte, pois era cavaleiro-fidalgo da casa Real, tendo sido provavelmente , receptor do filho do Conde de Linhares. Combateu em Ceuta, onde perdeu um dos olhos. 
     Entregue posteriormente a uma vida boémia, numa procissão do Corpo de Deus feriu gravemente em 1552, o funcionário da Corte Gonçalo Borges, sendo por isso preso. Foi depois libertado em 01MAR53, embarcou para a Índia, onde chegou a Goa em 15/09/1553, . Foi soldado nas armadas que patrulhavam as costas de Malabar, mar Vermelho e Golfo Pérsico. Chegou às Molucas em 1555 e em 1557/1558 à China, onde teve o cargo de provedor do defuntos e ausentes. Depois de ter naufragado no Tonquim, regressou a Goa em 1560, onde esteve preso. Ali privou com o Vice-Rei D. Francisco Coutinho, Conde de Redondo, e o cientista Garcia de Horta. De regresso a Portugal, Diogo do Couto encontrou em 1567 em Moçambique tão pobre que vivia da ajuda dos amigos. Chegou a Lisboa em 1569. Publicou em 1572 OS LUSIADAS, concedendo-lhe D. Sebastião uma tença de 15 000 réis em atenção ao poema e aos serviços prestados na Índia. 
     Então ainda em vida, exceptuando a epopeia (escreveu).
    

Alma minha gentil, que te partiste,
Tão cedo, desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E eu viva cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etério onde subiste,
Memória desta vida se consente, 
Não te esqueças daquele amor ardente,
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te,
Alguma coisa a dor que me ficou,
Da mágoa sem remédio de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo dos meus olhos te levou.
 (lírica - Luís Váz de Camões)      

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