sexta-feira, 19 de setembro de 2014

                                  HISTÓRIA DE MANUEL MARIA BARBOSA DO BOCAGE

Manuel Maria Barbosa do Bocage, nasceu a 15 de Setembro de 1765, na cidade de Setubal e fixou residência em Lisboa em 21 de Dezembro de 1805, era neto materno de um marinheiro francês e assentou praça em 1781 e dois anos depois passou a servir na Marinha, tendo depois embarcado para Goa em 1786, Era irrequieto e aventureiro, fugiu para Macau, tendo regressado posteriormente a Lisboa em 1790. Aqui entregou-se à vida Boémia, tendo entrado para a Nova Arcádia, adaptando o nome de Elmano Sadino, desordenado nos costumes, foi preso em 1797, por desrespeito ao Rei e à Igreja, cumprindo a pena no Hospício das Necessidades, a cargo dos Oratorianos. Em 1799, recupera a liberdade, passando a viver de expedientes honestos. Teve uma dolorosa mas consciente e regeneradora despedida da vida. Morreu de um aneurisma. (Irmão de Camões na má fortuna, nas andanças pelo Oriente, nos amores infelizes, foi o maior poeta português do século XVIII. De 1791 a 1804, publicou três volumes de Rimas) as suas obras completas formaram sete volumes  na edição de 1849-1850. A moldura formal é a Árcade, e a temática é pré-romântica, que mostra o homem marcado pelo destino e pela desventura, esforçando-se por vencer a fatalidade, conciliando o amor e o ódio, céu e inferno, morte e liberdade. O aspecto satírico da sua personalidade e a vida boémia que o estigmatizou ocultam o ser que nele sofria atormentado pelo desejo de aperfeiçoamento interior.

     Existiu ainda outro  de nome JOSÉ VICENTE BARBOSA DO BOCAGE, nascido em 2/5/1823, natural do Funchal (Zoólogo), era primo do poeta do mesmo apelido. Bacharel em Medicina pela Universidade de Coimbra em 1846, exerceu clínica em Lisboa, no Hospital de S. José. Depois em 1849, passou a ensinar Zoologia na Escola Politécnica.  Foi filiado no Partido Regenerador, foi deputado, par do reino, Ministro da Marinha e do Ultramar e Ministro dos Negócios Estrangeiros. Salientou-se como naturalista. De 1857 a 1904, escreveu 177 memórias, nas quais se encontra a descrição de 200 espécies até então desconhecidas nas ciências e abrangendo diversos grupos Zoológicos nomeadamente aves, répteis, peixes, moluscos e espongiários não só de Angola e Congo, mas também de Daomé, Fernão do Pó, Madagáscar, Nova Caldónea e Austrália. Fundou o Museu Zoológico e a Sociedade de Geografia. Escreveu as obras principais Ornitologia de Angola, em 1877-1881, e Herpetologia de Angola e do Congo, 1895.    




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