domingo, 3 de janeiro de 2016

A CONQUISTA DO EGIPTO

CONTINUAÇÃO: ...

     Como expediente militar, buscar refúgio num baluarte só faz sentido quando se pode contar com reforços, ou quando o inimigo setá despreparado para prolongar o enfrentamento. Senão, é simplesmente levar ao xeque-mate. Psamético não tinha esperança de receber reforço e nem de que os persas, com os recursos da terra ao seu dispor, fossem debandar. Em Sardes, e contra as cidades jónicas, eles tinham demonstrado a sua aptidão para a guerra de assédio. Agora, embora Mênfis se abstinasse na resistência, eles apertaram o cerco e aguardaram. E o fim foi inevitável.

     A queda da cidade em 525 antes de Cristo foi a queda do Egipto. De certa forma, a conquista foi ainda mais dramática que a da Babilónia ou a da Libia, porque a magnificiência da história egípcia ultrapassava os sonhos de qualquer persa, e o esplendor dos seus simbolos devem ter enchido de assombro a poderosa euforia dos toscos guerreiros de Cambises. Ter conquistado o Egipto era ter dominado o último dos grandes reinos independentes do mundo antigo.

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