Coisas pequenas e grandes, simples e complexas, que fazemos e usamos sem pensar duas vezes, surgiram há tanto tempo atrás em terras tão distantes
Ninguém imagina sair de casa sem trancar a porta; foi na Assíria que tanto as fechaduras como as chaves foram usadas pela primeira vez.
Não há como viver sem saber que horas são, e foi na Assíria que o sistema sexagesimal de contar o tempo foi desenvolvido.
Como imaginar dirigir em ruas não pavimentadas? Foi na Assíria que primeiro se usou a pavimentação.
E a lista continua: o primeiro sistema postal, o primeiro uso do ferro, os primeiros óculos de aumento, as primeiras bibliotecas, as primeiras descargas privadas, as primeiras pilhas, as primeiras guitarras, os primeiros aquedutos, os primeiros arcos e por aí fora.
Não se pode deixar de mencionar a importância da biblioteca deixada por Assurbanipal, porque é através do estudo das tabuinhas que se pode reconstituir muito da história da Assíria. Esse é um legado inestimável.
Mas, na Assíria não surgiram apenas coisas materiais, surgiram idéias, idéias que iriam moldar o mundo futuro.
Por exemplo, a idéia de uma administração imperial, dividindo as terras em territórios, Administrativos por governadores locais, que se reportavam a uma autoridade central, o rei da Assíria. Esse modelo de Administração sobrevive até hoje.
Os fundamentos do antigo e do novo testamentos são encontrados na Assíria, mitologicamente.
Foi lá que a historia do dilúvio universal se originou dois mil anos antes do velho testamento ser escrito. Foi lá que o primeiro épico foi escrito, o Épico de Gilgamessh (ou Epopeia de Gilgamesh), com seu tema universal e eterno das lutas e objetivos da humanidade.
Foi lá que a própria civilização se desenvolveu e deixou frutos para as futuras gerações.
Na Assíria foram dados os primeiros passos rumo a Unificação cultural do Oriente Médio, trazendo para a esfera de poder assírio grupos diversos do Irã ao Egipto, quebrando barreiras étnicas e nacionais e preparando caminho para uma unificação cultural, que facilitou a expansão do Helenismo, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.
DECLÍNIO
Embora Assurbanipal tivesse conquistado o Egipto, não conseguiu impedir que o país voltasse a ser independente. Após o Egipto houve rebeliões na Fenícia, Babilónia e no Elam. Começava assim o declínio da Assíria.
Em 625 antes de Cristo os caldeus conquistaram a sua indepêndencia e tomaram a Babilónia.
Em 612 antes de Cristo o rei assírio era Assur-Uballit II e seu exército não resistiu à aliança entre o rei da Média, Ciáxares, e o rei dos caldeus, Nabopolassar.
Os assírios foram derrotados em Harran e os dois povos aliados destruíram Nínive e Assur.
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