quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

POLÍTICA ASSÍRIA


     As classes dominantes na Assíria eram formadas pelos comandantes militares que enriqueceram com os espólios de guerras. A Assíria era um País guerreiro, até por necessidade de sobrevivência

     Os conquistadores assírios inventaram uma nova política com relação aos povos conquistados; para prevenir revoltas nacionalistas os assírios obrigavam o povo conquistado a migrar em grande quantidade para outras áreas do império

     Isso, além de garantir a segurança do império construído sobre povos de culturas e línguas diferentes, tornou a região, com essa deportação em massa, num caldeirão de diversas culturas, religiões e línguas. Os povos conquistados foram-se misturando no Oriente Médio, Mesopotâmia e Arménia.

     Embora houvesse pouco contacto cultural entre conquistados e conquistadores no início da história da Mesopotâmia sob os assírios, todo o território se transformou uma grande mistura cultural.

     Foi o rei assírio Sargão II que obrigou os hebreus a mudar de lugar após a conquista de Israel, o reino mais ao norte dos hebreus. Embora essa tenha sido, comparativamente, uma pequena deportação e estivesse de acordo com a política assíria, ela marca o início histórico da diáspora judaica.

     O exército assírio era maior, jamais visto no Oriente Mádio ou na Mesopotâmia. As exigências da guerra  criavam inovações tecnológicas e isso fazia dos assírios um povo praticamente imbatível: espadas de ferro, longas lanças, armaduras de metal e machados de guerra, aríetes, escudos, tornavam-se inimigos temidos nas batalhas.

ARTES

     A arquitetura tem o seu momento mais importante com Assurbanipal II que, transformou a cidade de Nimrod em capital militar. Temos grandes muralhas, e no seu interior ficava a cidadela com as construções reais. Os palácios eram construídos, em geral sobre uma plataforma, suas portas eram ladeadas por colossais esculturas de pedra e aposentos decorados com relevos. Entre eles, vale citar os de Nimrod, Khorsabad e Nínive.

     As esculturas mencionadas acima eram guardiães do portais, figuras enormes, geralmente representando touros ou leões com cabeça humana, ficavam uma de cada lado dos portais arqueados. São chamadas Lamassu.

     Os templos e ziguartes sofreram grande influência da cultura suméria.

     Ainda na arquitetura é preciso mencionar a cidade criada por  Sargão II, a actual Khorsabad, rodeada por uma muralha com sete portas três delas decoradas com relevos e tijolos vitrificados. No interior da muralha estava o palácio de Sargão II,  um grande templo, as residências e os templos  menores. Seu filho e sucessor, Senaqueribe, mudou a capital para Nínive, onde construiu seu próprio palácio, chamado de palácio sem rival.

     Nos relevos podemos observar cenas de conquistas e de caça. Os animais  são desenhados com muitos detalhes e as cenas mostram vitalidade.
     
     Outra demonstração da arte refinada dos assírios são os entalhes de selos e esculturas em marfim. Em Nimrod foram encontradas milhares de pequenas figuras de elefantes. Nos entalhes aparecem símbolos dos deuses.

     A cultura babilónica exerceu grande influência na literatura assíria. Assurbanipal guardava na sua biblioteca, cópias de exemplares da literatura babilónica.  
    

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