terça-feira, 25 de agosto de 2015

DOSSIÉ DO EGIPTO

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UM PEQUENO FORTE QUE NADA TEM DE EGÍPCIO;

     Por Dominique Velbelle, Diretora do Instituto de Egiptologia de Lille.
Na zona fronteiriça entre o Sinai do Nilo, encontramos vestígios de conflitos entre o Egipto e os seus vizinhos orientais. O sítio fortificado de Tell el-Herr mostra os indícios de uma primeira dominação persa no século 50 antes de Cristo.
     O sítio fortificado de Tell el-Herr aparece sobre uma parede do hipostilo sala, cujo tetoé sustentado por colunas, do templo de Amon, em Kamak, como uma etapa do itenerário percorrido por Seti I durante a sua campanha rumo ao Oriente Próximo.

     Situada no limite de uma região continental formada pela península do Sinai, na proximidade imediata de uma área do Delta, Tell  el-Herr tinha interesse estratégico para as épocas contemporâneas dos seus primcipais níveis de ocupação, no fim do século 60 antes de Cristo e até ao século 6º da nossa era.

     Durante o Novo Império, a região foi uma espécie de cidade mercado, expressada pelo termo egípcio itmt que significa, entreposto fechado, câmara forte. Mais ao longe, no lado leste, a missão da Universidade de Beershéva, liderada pelo professor Oren, descobriu alguns sítios  do Novo Império, principalmente os vestigios de dois pequenos fortes, situados em Bir el-Abd e Harrouvit.
     As escavações efectuadas no sitio permitiram demonstrar a mais antiga construção identificada remonta ao fim do século 60 ou ao início do século 50 antes de Cristo, ou seja , ao início da primeira denominação persa no Egipto.

     Sem dúvida, pouco tempo depois da batalha de Pelusa, em 525 antes de Cristo, que teve a vitória de Cambises sobre as forças egípcias e que marca o início da ocupação aqueménida no país uma guarnição multiétnica foi construida na porta oriental dessa nova província.

     Essa fortaleza, arrasada na virada do século 50, para o século 40 antes de Cristo, foi substituida por uma nova, mais vasta, com mais ou menos 140 metros de lado, construída sobre o mesmo local no século 40, isto é, durante as últimas dinastias nativas que retomaram o poder no Egipto de 404 a 343.

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