domingo, 30 de agosto de 2015

DOSSIÉ DO EGIPTO

CONTINUAÇÃO:...

     Uma nova tecnologia nas escavações.
A busca de um monumento mal localizada pode acarretar pesados fardos. Todo o canteiro de escavações envolve consideráveis remoções de terra: na ausência de investigações prévias, muito tempo e recursos correm o risco de ser desperdiçados. Foi preciso recorrer a novos métodos geófisicos, que foram aplicados pela primeira vez na egiptologia, em 1987 a equipa do mecenato Tecnológico de Eléctricidade  da França ofereceu ajuda á pesquisa, assim como o grupo da Companhia de propecção Geofisica Francesa. Essas equipas  puderam fornecer à missão uma ajuda técnologica a partir de importantes resultados obtidos com as várias sondagens do subsolo realizadas na época da construção de barragens, para isso, engenheiro e arquiólogos trabalharam  em conjunto, utilizando os resultados da várias tecnologias simultâniamente- eletromagnetismo, sondagens eleéctricas em ondas curtas, baixa frequencia e análise pelo magnetómetro de prótons da variações do campo magnético terrestre. Após uma semana de medições efectuadas no deserto, cinco locais que podiam conter estruturas de pedra, correspondendo a esquemas prováveis , foram indicados aos arquiologos. Pouco depois , uma sondagem revelou o ângulo de uma pequena pirâmide conservada de uma altura de três andares.

TANIS REVELADA.... GRAÇAS À FORÇA AÉRIA

     Por Philippe Brissaud, Engenheiro de Pesquisa na EPHE
A colina de Tanis ergue a sua enorme massa acima das terras circundantes. Poucos edificios ainda estão de pé. Entretanto, neste imenso terreno descobre-se a cidade dos faraós que reinaram no início do primeiro milénio da nossa era.
     Tanis ilustra bem as grandes variações que afetaram o nordeste do delta há três milénios. As colinas de areia originais foram integradas, após as modificações do regime de afluentes do Nilo, a terrenos favoráveis ao desenvolvimento de uma grande cidade. Durante a XXI dinastia de 1070 a 945 antes de Cristo, tornou-se a capital do Egipto. Metrópole religiosa e funerária durante a XXII dinastia de 945 a 712, antes de Cristo, conserva a sua inquestionável importância até ao fim do período ptolomaico.

     Durante o Novo Império, a região foi uma espécie de cidade mercado, expressa pelo termo egípcio itmt que significa "entreposto fechado, camara forte". Mais ao longe, no lado leste, a missão da Universidade de Beershéva, liderada pelo professor Orem, descobriu alguns sitios do Novo Império, principalmente os vestígios de dois pequenos fortes, situados em Bir el-Abd e Harrouvit. As escavações efectuadas no sitio permitiram demonstrar a mais antiga construção identificada remonta ao fim do século 6º ou ao início do século 5º antes de Cristo, ou seja  ao início da primeira denominação persa no Egipto.

     Sem dúvida, pouco tempo da batalha de Pelusa, em 525 antes de Cristo, que teve a vitória  de Cambises sobre as forças egipcias e que marca o início da ocupação aqueménida no país, uma guarnição multiétnica foi construída na porta oriental dessa nova provícia.

     Essa fortalesa, arrasada na passagem do século 5º para o século 4º, antes de Cristo, foi substituida por uma nova, com mais ou menos 140 metros de lado, construída sobre o mesmo local no século 4º, isto é, durante as últimas dinastias nativas que retomaram o poder no Egipto de 404 a 343.     

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