segunda-feira, 10 de agosto de 2015

HISTÓRIA DO MUNDO


     Quando falamos na idade Média, é quase impossivel não se lembrar da antiga definição que costuma designar esse período histórico como sendo a idade das trevas. Geralmente, este tipo de conceito pretende atrelar uma perspetctiva negativista ao tempo medieval, como sendo uma experiência de pouco valor e que em nada póde acrescentar ao desenvolvimento do homens.

     Para entendermos tamanha depreciação, é necessário que investiguemos os responsáveis pela critica  à idade Média. Foi durante o Renascimento, do movimento intelectual do período Moderno, que observamos a progressiva consolidação desta visão histórica. Para os renascentistas, o expresso fervor religioso dos medievais representou um grave retrocesso para a ciência.

     Seguindo esta linha de pensamento, vemos que a idade Média é simplificada à condição de mero oposto aos ditames e valores que dominaram  a civilização greco-romana. Não por acaso, os renascentistas se colocavam  na posição de sugeitos que se deram ao trabalho de sequenciar um conjunto de traços culturais, estéticos e cientificos que foram primados na Antiguidade Clássica e melancolicamente abandonados entre os séculos V e XV.

     Entretanto, um breve e mais atento olhar ao mundo medieval nos revela que estas considerações estão distantes dos vários acontecimentos dessa época. Afinal  de contas, se estivessem  vivendo nas trevas, como seriam os mediévais os responsáveis pela criação das primeiras Universidades. Essa seria apenas a primeira questão que pode colocar a idade Mádia sob outra  perspectiva, mais coerente e despida dos vérios preconceitos perpetuados desde a idade Moderna.

     O desenvolvimento da cultura cristã, as heresias, as peculiaridades de um  contexto político descentralizado, a percepção do tempo no interior das feudais festas carnavalescas são apenas um dos temas que podem revelar claramente que esse vasto período histórico é bem mais complexo e interessante. Ainda há tempo para que estas e outras luzes permitam a reconstrução que os tempos medievais, de forma bastante justa merecem.

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