sexta-feira, 28 de agosto de 2015

DOSSIÉ DO EGIPTO

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     Até à descoberta da pirâmides, nada se sabia sobre as tumbas das esposas de Pepi I. Os únicos elementos atribuíveis a uma rainha provinham de elementos reempregados no templo funerário do rei e referiam-se à rainha Sechséchet, mãe de Teti. Em dez campanhas de escavações, quatro esposas de Pepi I foram reveladas com as pirâmides de Inenek e Noubounet e com menções à rainha Méhaa, mãe do príncipe Horneterikhet, e a uma filha primógénita do rei. Há também as pirâmides de duas outras rainhas de gerações posteriores, Ankhesenpepi III, uma esposa de Pepi II, e Meretités II, esposa de um rei Néferkaré. Por fim, há a menção a uma rainha Nedjefet em despersos. Resta ainda descobrir seis tumbas de rainhas.

     A última campanha de escavações da missão francesa, realizada no início do ano 2000, corou de maneira extraordinária os resultados já obtidos, com a descoberta crucial de textos das Pirâmides na tumba da rainha mãe Ankhesenppepi II. Esse privilégio imortalidade, aparentemente reservado até aqui ao rei, surge pela primeira vez vinculado a uma esposa real. A personalidade da rainha Ankhesenpepi II, esposa de dois reis, mãe de um terceiro e regente do reino, uma mulher de inegável destaque nessa época, pode ter contribuído largamente para o facto.

     Os textos das pirâmides, descobertos em 1880 pelo egiptólogo francês Gaston Marpero, eles constituem a mais antiga compilação de preceitos religiosos da humanidade. Os textos são uma série de fórmulas mágicas destinadas a assegurar a ressurreição do soberano: o rei pode transformar-se em passaro, estrela etc. Muitas inscrições permanecem inéditas.

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