terça-feira, 15 de setembro de 2015

CIVILIZAÇÃO DO VALE DO INDO


CONTINUAÇÃO:...

     Dos quatro principais focos de civilização (Egipto, China,Suméria e Grécia), o Vale do Indo constituia a mais extensa zona Geográfica. Abarcava uma zona mais ampla que o Egipto e a Mesopotâmia juntas e as suas fronteiras iam muito além da bacia do rio Indo. No seu conjunto, a área cultural do Indo estendia-se por 1170 Km de este a oeste e 1290 Km de norte a sul. Com efeito, não ocorreram alterações significativas entre 2400 e 1800 antes de Cristo, período em que se desenvolveram as cidades. Os habitantes do Indo foram inclusivamente mais conservadores que os Egípcios.

     As cidades do Indo foram construídas sobre um plano quadriculado de rua retas. As vias principais orientavam-se para norte-sul e as ruas transversais cortavam-nas em Angulo reto. Em Kalibangan, a rua principal, que percorria a cidade no sentido norte-sul, tinha 6,7 metros de largura e em Mohenjo-Daro 9,1 metros. O aparecimento de casas com uma só divisão na interseções aponta para a existência de vigilantes ou polícias noturnos.

     As casas privadas de Harappa e Mohenjo-Daro construiram-se com tijolos; em Kalibangan e no porto de Lothal, a maior parte das residências utilizavam como material de construção o tijolos crus ou adobe, enquanto que para os esgotos, os poços, os banhos e molhes se usava apenas tijolos crus. As casas desenvolviam-se à de um pátio interior, sem nenhuma janela para a via publica. A existência de escadas e espessas paredes na parte de baixo revelam a construção de dois ou três andares e, provavelmente, existiam varandas de madeira que davam para o pátio. Cada casa possuía uma fonte e a casa de banho estava ligada aos sistema de esgotos públicos.

     Esta organização da vida da cidade implicava a existencia de um governo autoritário. Ao mesmo tempo, a uniformalidade da planificação das ruas e dos sistemas de esgotos num território tão amplo supõe a existência de um estado unificado.   

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